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Provisões

PROVISÕES
Em tempos difíceis recorremos ao que guardamos como provisões
Aquelas que acumulamos em tempos de vacas mais gordinhas
Sabiamente, muitas vezes nos preparamos para tempos de carestia
Com as reservas que fazemos até mesmo sem perceber
Quer seja na gordura corporal para usar em tempos de frio e doenças
No dinheirinho reservado com sacrifício na poupança
Ou nas boas emoções e lembranças guardadas no coração…
Na hora da dificuldade, da doença, da fome, do desalento ou solidão
Precisamos acessar nossas despensas internas e fazer resgate
Da energia, do dinheiro, do alimento, das lembranças saudáveis
Feliz aquele que soube acumular lindezas e doçuras na alma
Que fez estoque de amor, boas ações e gentilezas
Que guardou um abraço, um beijo, um carinho, um amor
Que traz consigo protegido das tormentas uma reserva de paz
São elas que irão agora nos salvar
Que saibamos usar e compartilhar…
Alda M S Santos

Maturidade

MATURIDADE

A maturidade nos premia com algumas habilidades

Alguns bônus que nos fazem compensar os ônus

A capacidade de ter para o mundo um novo olhar

De poder em cada beleza nos demorar

Enquanto a vida se impõe e nos exige ação até sem pensar

Viver, criar família, correr, trabalhar

Mecanização do viver, do dever, do fazer

A maturidade nos permite mais o refletir, o curtir, o ser

Não é crítica ou olhar de censura à juventude

Tampouco de supervalorização da maturidade

É apenas um repensar, uma mudança de atitude

Aquela que nos faz ter com tudo mais boa vontade

Tudo, no final das contas, depende de onde se olha

O quanto da vida é intensidade ou “chove e não molha”

Para saber aquilo que em cada fase se pode ver

Não há outro jeito a não ser naquele lugar poder viver

Alda M S Santos

Morada

MORADA

Gosto de viver a poesia

Que há em cada sorriso

Sentir essa magia que encanta, inebria

Nesse mundo tantas vezes indeciso

A poesia é minha casa, minha morada

Nela posso deitar, rolar, me esbaldar

Viver a vida nem sempre animada

Mas nela buscar um jeito de me encontrar

Morada é uma coisa bem abençoada,

Morada é onde a gente é feliz e disposto,

E além de linda e muito bem arrumada,

A poesia, ela sim nos traz gosto.

Isso tudo a gente encontra na poesia,

Ela nos alegra, nos fortalece a cada dia,

Se não fosse a poesia, a vida a graça perdia,

Ah, Deus fez tudo de bom e colocou na poesia.

Alda M S Santos

João Leles Martins

Dueto no desafio num sarau

Encantado

ENCANTADO

Diz que sabe, que sente, que percebe

Que é algo estranho, incomum, pura intuição

Não sabe de onde vem, se afastar não dá não

Sabe que quando surge mexe com a emoção

Atraente como pôr do sol, envolvente como lua cheia

Imponente como bruxa, fada, mago ou sereia

Mexe com a mente, o corpo, o coração

Ora é sossego e paz, ora é tormento e paixão

É mistério, encanto, feitiço, magia, sedução

Em noite enluarada ou chuva no sertão

É casinha no rancho de madeira

Ou banho em pelo na cachoeira

É amor na areia da praia, nas ondas sorrateira

É um ser mágico de um mundo encantado

Perdido por aqui, louco, apaixonado

Uma hora voltará para casa

Cheio de luz, amor e aprendizado

Nessa hora quero estar ao seu lado…

Alda M S Santos

Um brinde

UM BRINDE

O efeito do álcool pode ser muito relaxante

Mas em exagero pode ser frustrante

Não resolve problema, não apaga nenhum mal

E ainda pode causar vexame sem igual

Mas se vier numa boa dose

Alegra, relaxa, harmoniza, afasta neurose

Vinho, cerveja, champanhe, cachaça

Deixa a alma leve e a vida cheia de graça

Já me disseram que sou alegre e animada

Que se eu bebesse ninguém me seguraria

Afirmam que até sobre a mesa eu dançaria

Não bebo porque não gosto, intriga da oposição

Mas animada sou mesmo, preciso de álcool não

Mas me alegro com quem sabe beber e se diverte de montão

Alda M S Santos

Onde você queria estar?

ONDE VOCÊ QUERIA ESTAR?

Feche os olhos do corpo vagarosamente

Abra os olhos da alma suavemente

Inspire fundo, traga algo de bom para a mente

Expire e deixe sair o cansaço lentamente

Sinta a brisa na pele a arrepiar

O coração batendo no ritmo de amar

Onde você gostaria de estar?

Seria capaz de pra lá se transportar?

Inspire novamente, sinta o amor de dentro fluir

Pense em alguém que desejaria que pra lá pudesse ir

Num pensamento pacifico sinta-se para lá partir

Chegando lá tudo é encanto, delicadeza

Reinam a paz, a magia da criação, muita beleza

É o encontro de almas, do amor junto à natureza

Alda M S Santos

Curas

CURAS

Somos como uma casa cheia de remendos

Trincas abertas, fechadas, cicatrizes e fendas

Troca daqui, troca dali, põe, repõe, substitui

E a casa fica com uma aparência de nova

Só quem nela mora sabe de todas as reformas

Cada base reconstruída, vigas levantadas

Estrutura a duras penas renovada

Como nossas dores, alma machucada

Lágrimas molhando a massa da nova fachada

Amizades substituindo amizades falidas

Amores curando feridas de outros amores

Brilhos e sorrisos eliminando medos e dores

A vida se renovando em novos jardins, novas flores

Medicamentos que vão tratando corpo, alma, coração

Só não dá pra ficar dependente, não

Remédio bom, que cura, ilumina, vitaliza

Não pode escurecer ou matar um coração…

Alda M S Santos

Que bom seria

QUE BOM SERIA

Que bom seria se pudéssemos

Sintonizar nosso timer interno

Com o Sol que brilha no externo

Harmonizando verão e inverno

Que bom seria se pudéssemos

Num banho de Sol ou de Lua

Deixar ir qualquer coisa que não seja sua

E, em paz, encarar a vida de alma nua

Que bom seria se pudéssemos

Abrir os olhos, a janela, o sorriso

Ao mesmo tempo, sempre que preciso

Mas bom mesmo seria

Se pudesse haver total sintonia

Entre o sonhado, o real, e a fantasia

Alda M S Santos

Piloto automático

PILOTO AUTOMÁTICO

Deixando o barco correr, o avião plainar

A carroça ranger, a vida nos levar

Seguimos deixando o piloto automático acionado

Sem notar qualquer esforço que foi adicionado

A vida segue e nos arrasta sem piedade

O viver se impõe, tentamos manter a sanidade

O piloto automático alivia muitas vezes o cansaço

Dá uma trégua para apertarmos alguns laços

O risco de viver no automático é esquecer como se faz

Quando for necessário retomar a direção manual

Ser capaz de pegar o leme, usar o próprio potencial

Voltar a assumir o timão, direcionar as velas da vida

Implica em rever e aceitar pontos falhos dessa lida

Lembrar que somos nós os comandantes até a despedida

Alda M S Santos

Banhos de Lua

BANHOS DE LUA

Lua: símbolo dos amantes, símbolo dos namorados

Inspiração de todo apaixonado

Lá do alto a tudo observar, tudo iluminar

Em cada coração planta o desejo de amar

Lua: tema de lendas, de oferendas

Fases que interferem em nós, doces contendas

É a força da vida, tem poder de remover problemas

Seu encanto quebra do coração as algemas

Lua: embriagante, hipnotizante

Objetiva enfeitiçar, banhar os amantes

Mas no amor somos aprendizes, infantes

Lua: por ela somos levados

Não nos importamos, vamos calados

Sabemos que do amor seremos aliados

Alda M S Santos

Talismã

TALISMÃ

Quero um pequeno talismã comigo carregar

Para fazer minha coragem retornar

Que me faça sorrir quando a vontade for chorar

Ou até que me deixe chorar sem tanto me incomodar

Quero um talismã que tenha boas energias a espalhar

Que me permita sem medos continuar a amar

Que me acompanhe e me impeça de errar

E que faça encontrar no coração do outro bom lugar

Quero um talismã, não só por, às vezes, ser frágil

Mas por nem sempre poder ser forte

Nesse mundo de batalhas entre a vida e a morte

Quero um talismã que me renove a esperança

Num futuro bonito e iluminado em minhas andanças

Com mais alegria, paz, amor, e uma vida de mais alianças

Alda M S Santos

Adivinhação

ADIVINHAÇÃO

Sonhei que tinha acordado com o poder de adivinhar

Bastava olhar alguém e sua alma podia enxergar

Rapidinho percebia de quem poderia gostar

Ou no coração de quem eu já tinha bom lugar

Para uns eu olhava e dava vontade de chorar

De outros eu queria apenas me distanciar

Havia aqueles que queria muito abraçar e beijar

E outros, tão ternos, o que fazer melhor nem contar

Parecia coisa boa ter poder de adivinhação

Saber de longe o que se passa em um coração

Mas, afinal, não é assim grande coisa, não

Só valeria a pena se a adivinhação

Viesse acompanhada com poder de ação

Aquela que no coração do outro faz transformação

Alda M S Santos

Humanidade

HUMANIDADE

Uma juventude que morre, que mata

Que luta, que busca, que se maltrata

Que se perde e não mais se acha

Que podemos fazer nesse viver cheio de racha?

Um mundo cheio de ofertas

Daquelas bem enganadoras

Será que dá para estarmos alertas

E escolhermos uma mais pacificadora?

Uma terra fértil, uma semente boa

Regada com carinho, de afeto adubada, não será à toa

Crescerá alma de luz, de amor em pessoa

Uns cuidando dos outros, estamos todos nessa nau

Respondemos pelo bem ou pelo mal em busca do paraíso afinal

Amar, cuidar, tratar para um mundo menos desigual…

Alda M S Santos

Espaço aéreo

ESPAÇO AÉREO

No céu das possibilidades é possível voar

Um voo solo ou acompanhado

Traçar planos de voo, rota

Ou simplesmente seguir despreocupado

No céu das possibilidades a vista é linda

Aquela pensada, imaginada, sonhada

Não há limites, não há medos ou sanções

O voo é pacífico, não há luta armada

Nesse espaço aéreo nunca me perco de mim

Naquela atitude tudo parece tão claro

O que quero, posso, desejo são perguntas ao mesmo sim

No céu das possibilidades voo devagar

Não há pressa, não há destino a alcançar

Largada e chegada são apenas pontos do mesmo viajar…

Alda M S Santos

A morte

A MORTE

Sempre parecerá mórbido falar de morte

Enquanto ela for vista como um fim, uma punição

O desconhecimento do porvir causa apreensão

Quando o legado que se tem não traz satisfação

É preciso saber viver, diz a canção

E isso inclui também saber morrer

Ainda que machuque o coração

É a única certeza nesse mundão

Aprender, crescer, encarar tudo como lição

Captar tudo que ela puder nos ensinar

E aproveitar esse momento para evolução

Aceitar a morte como transição

Deve fazer parte de nosso caminhar

Para uma vida que continua noutro lugar

Alda M S Santos

Não sei

NÃO SEI

Não sei em qual parte do caminho eu estou

Sei que o que vivi já é bem mais do que restou

Quantativa ou qualitativamente

Não dá para saber acertadamente

Sei que por muito já passei, alegrias vivenciei

Trouxe vidas ao mundo, trabalhei, magoei, amei

Já ganhei, perdi, tive momento frustrante

Já fui amada, necessária, importante

Não sei se cumpri o script a mim designado

Se fiz ao menos boa parte do combinado

Ou se ficarei devendo algo para momento mais afortunado

Uma coisa afirmo com toda certeza, eu me entreguei

Sou humana, errei, acertei, desanimei, continuei

Mas em tudo dedicação e amor coloquei, nisso não falhei

Alda M S Santos

Lendo a minha mão

LENDO A MINHA MÃO

A cigana quis ler a minha mão

Antes, porém, me pediu autorização

Ela olhou-me nos olhos, confiei

Seu olhar transmitia sabedoria, acreditei

Um pouco ansiosa, meio tensa, aguardei

Ela olhava minha mão, passava os dedos nas linhas

Olhou de novo em meu rosto, suspirei

Que será que ela tanto via que a detinha?

Disse que eu era firme em meus propósitos

Sabia bem o que queria ou não

E quando amava, amava de montão

Até aí estava tudo certo, então

Vais passar por mudança, perrengue sério

Não dá ainda para saber qual é o mistério

Mas depende só de você saber lidar com tal revertério

Assustei, preocupei, medrei, na oração busquei refrigério

Alda M S Santos

Mudanças

MUDANÇAS

De nada adianta negar, fugir ou temer

As mudanças sempre irão acontecer

Na natureza, no espaço, dentro do ser

Felizmente isso faz parte do viver

A Lua, o vento, as marés são grandes agentes de mudanças

Derrubam, constroem e destroem em suas andanças

Formam dunas de areia, unem ou separam localidades

E atingem a todos nós em qualquer idade

Bom mesmo quando decidimos o que mudar

Ou o que devemos não mais aceitar, permitir

O que vale a pena manter, investir

Ir fundo em nós mesmos, crescer, evoluir

Somos um barco e não devemos ficar à deriva

Assumir o controle para onde ir é essencial

Essa é a mudança mais importante, fundamental

Um ser que muda a si mesmo faz do mundo um lugar bem especial

Alda M S Santos

Espinhos

ESPINHOS

Eles sempre vão existir

Fazem parte da vida, da natureza

Com os espinhos vamos aprendendo

A curtir o que há de encanto, de beleza

Não adianta deles fugir

Sempre estarão por aqui

Estamos de passagem por essa nau

E devemos descobrir o bom em cada mau

Bom é enxergar a luz em cada ponto de escuridão

A pétala macia em cada espinho que machuca a mão

O amor que se esconde em cada coração

Somos privilegiados, abençoados

Tudo isso nos foi doado, presenteado

Não há mal que não possa ser remediado

Alda M S Santos

Confiança

CONFIANÇA

A confiança funciona assim:

Primeiro você olha, observa

Olha de novo

Se aproxima, não resiste

Tem medo, insiste

Vai assim mesmo

Olha nos olhos

Vai chegando devagar

Um pé, outro pé

Uma asa que bate meio insegura

Mais uns pulinhos

Quando vê já está perto

Está dentro, está entregue

Está nas mãos, no coração

Assim funciona a confiança

Assim funciona o amor

E fica para sempre…

Alda M S Santos

A língua do amor

A LÍNGUA DO AMOR

A linguagem do amor é universal

Pode ser sintonizada em qualquer canal

Sempre será falada e entendida

Pelos mais necessitados, gente sofrida

Ela grita no silêncio das carências

Ela se cala na angústia das dependências

Ela se aninha no carinho do acolhimento

Ela se faz entender em cada sofrimento

Abraço fala, beijo fala, colo fala

Falam a linguagem dos anjos, do amor

Todos aqueles que sabem acalentar uma dor

Linguagem inata, mas que pode também ser aprendida

Por toda uma geração tão perdida

Que não encontra em ninguém uma guarida

Alda M S Santos

Como tudo começou …

COMO TUDO COMEÇOU…

Não há ninguém no colo

Tampouco na poltrona da frente ou de trás

Ninguém para eu me preocupar se está bem

Se tem fome, sede, sono ou medo

Se precisarei segurar a mão

Deixar que fique na janela pra apreciar a vista

Negociar os desejos e vontades

Apartar brigas e incentivar a parceria

Parece que a vida deu uma volta quase completa

E retornou ao começo…

Há pouco tempo eles caminhavam conosco

Os sonhos e planos eram similares aos nossos

O ponto de partida e chegada eram os mesmos

Ainda dependiam de nós…

Hoje já fazem seus próprios voos

Solo ou com novas companhias

Felizmente? Certamente!

Pode não ter sido o suficiente

Mas foram abastecidos do que tínhamos de melhor

Acrescentaram o que oferecemos ao que já possuíam

Já podem voar sozinhos, alcançarão novos ares

Conquistarão seus próprios espaços

Farão seus próprios ninhos

Mas por que parece tão estranho?

Por que ainda sentimos um vazio

A sensação de que está faltando alguém?

Precisamos reaprender a viver sozinhos

A viver com o círculo quase se fechando

Início e fim se aproximando

Que acontece quando a volta se completa?

Termina ou recomeça?

Já que não temos acesso a essa informação

Precisamos seguir voando

Mesmo com as asas já gastas, alcançando novos ares

Confiando que tudo acabará como tem que ser

Que esse plano de voo já foi feito noutra dimensão…

Boa viagem a todos os tripulantes e passageiros

Sozinhos ou acompanhados, isso é só um detalhe

Sempre voarão conosco em nossas mentes

Eternamente em nossos corações e orações…

Alda M S Santos

Revelação

REVELAÇÃO

Um dia iremos acordar

Abrir não só os olhos para o dia

Abrir a alma para realmente despertar

Ser luz, paz, o amor que a todos contagia

Nesse dia tudo irá fazer sentido

Tudo que por aqui foi sofrido

Os percalços, as companhias, a solidão

Os momentos em que ouvimos um não

Quando esse dia de revelação chegar

Ou a gente irá chorar ou muito se alegrar

Pelo tempo que soubemos usar ou desperdiçar

Quiséramos nada ter a lamentar

Poder apenas agradecer, abraçar

E, feliz, ter a certeza que valeu a pena amar

Alda M S Santos

Um coração de cada vez

UM CORAÇÃO DE CADA VEZ

Se quisermos mudar o mundo

Devemos começar bem devagar

De pouco em pouco, um coração de cada vez

Não adianta querer apressar

Um coração de cada vez

Oferecemos carinho, tempo, dedicação

Logo não haverá de amor, escassez

Se para com cada um tivermos atenção

De nada adianta vestir o corpo

Pouco vale oferecer o pão

Nossa carência maior alimentar a alma

Uma delicadeza para o coração

Coração bem tratado, bem curado

Espalha amor de montão

E, um coração de cada vez,

Saímos da solidão, vamos mudando esse mundão!

Alda M S Santos

Contabilizando

CONTABILIZANDO

Quantos nãos sua felicidade, sem minguar, suporta

Quantos sins sua tristeza precisa para fechar comportas

Quantos talvez sua segurança aguenta sem desfalecer

Quantos tanto faz você aguenta antes de morrer?

Quantos sorrisos te fazem das lágrimas esquecer

Quantos abraços são necessários para a dor desaparecer

Quanta luz você precisa para deixar de escurecer

Quanta saudade você tolera sem enlouquecer?

Quanta fé é necessária para você, das cinzas, renascer

Quanto milagre precisa acontecer para você aprender

Que quanto mais amor doar, mais irá receber?

Quanto?

Alda M S Santos

Transição

TRANSIÇÃO

Se você está aqui, você já faz parte

Já terá papel preponderante nessa arte

Já está incluído nas mudanças, no porvir

Fique atento, cuide de suas andanças, seu existir

A transição planetária está aí, é para evoluir

É tempo de fazer algo, não se eximir

Abrace o bem, seja o bem, espalhe o bem

Não seja por aqui apenas mais um alguém

A natureza grita, seres extraterrenos estão na jogada

Crianças já vêm renovadas, intensas, preparadas

Abra-se, fique na parada, deixe sua alma ser lavada

A vida flui e nos convida ao batente

A mudança está ocorrendo, você está contente?

Acorde, lute, vá para a linha de frente!

Alda M S Santos

Devagarzinho

DEVAGARZINHO

Chegou devagar, entrou, ficou na antessala

Foi avaliando o espaço, se aproximando

Trazia grande bagagem, estava cheia a mala

Ia aos poucos seu lugarzinho conquistando

Não quis saber de nada de falsidade

Seu desejo era de apenas partilhar o viver

Em busca de paz e tranquilidade

E de uma doce e recíproca amizade

Nos sonhos ela entrou, conquistou, ficou

Não quis mais fugir, seu coração se encantou

E daquele lugarzinho se apossou

Uma fada, um anjo protetor

Todos nós precisamos na vida

Na realidade, nos sonhos, seja como for…

Alda M S Santos

Sorria!

SORRIA!

Se a vontade é de chorar

Se já está cansado de tentar

E ainda assim tudo parece sem lugar

Sorria, a alegria coloca tudo no lugar…

Se o amor nem sempre corresponde

Se a dor está pesada como um bonde

Se a felicidade brinca de esconde-esconde

Sorria, o sorriso é luz, não importa de onde

Se tudo está muito sério, sem critério

Se está faltando um refrigério

Se ser feliz é um mistério

Sorria, o sorriso desperta o amor e une dois hemisférios…

Alda M S Santos

Coração calado

CORAÇÃO CALADO

Uma angústia, uma sensação de pesar

Peito apertado, coração calado

Não sei de onde vem esse “inexistir”

Que às vezes dá vontade de sumir

Premonição, certeza de um porvir

Que nem sempre será belo, pode ferir

Mas talvez traga um certo avanço, crescimento

Que nos permita mais rápido evoluir

Sol meio incerto de sua posição

Parece saber que haverá momento de reclusão

Quando o coração for chamado à ação

Céu carregado, nuvens pesadas

Uma alma elevada, às vezes cansada

Mas segura de sua caminhada

Alda M S Santos

Quero um banho

QUERO UM BANHO

Quero um banho de cachoeira

Daqueles que lavem a alma inteira

Que provoquem gritos de alegria

E nos permitam ter com a vida melhor sintonia

Quero um banho de mar

Daqueles que nos tirem o ar

Que nos façam sentir noutro mundo

Onde haja um lugar especial para amar

Quero um banho de ducha quentinha

Onde eu possa deixar ir embora pelo ralo

Tudo aquilo que me aperta o calo

Quero um banho de rio

Onde eu possa me deitar num cantinho sob o luar

E junto a uma árvore amiga poder desabafar

Alda M S Santos

Terreno fecundo

TERRENO FECUNDO

Quanto mais coisa ruim eu percebo

Mais me impressiono com pequenas belezas

Se de um lado há dores e brigas de dar medo

Também há beijos e abraços, doces levezas

Para cada idoso abandonado

Penso na vovó que tem o neto ao seu lado

Para cada criança que perdeu a infância

Penso no amor que posso doar em abundância

Se quisemos equilibrar essa balança

É preciso ignorar a tristeza

E chamar a vida para uma contradança

Não dá para salvar o mundo

Mas um pouco de sabedoria

Faz do amor terreno fecundo

Alda M S Santos

Escalando

ESCALANDO

Um galho de cada vez, se estica

Faz força, gira, apoia o pé

Dependura-se mais em cima

E escala a árvore como chimpanzé

Parece criança, dizem, é muita sapequice

Se tá difícil pede ajuda, insiste

E vai subindo, pura meninice

Senta, lá em cima nada é triste

Plantou aquela árvore, boa sensação

Regou, cuidou, viu crescer, não foi em vão

Agora é acolhida em seus galhos, seu coração

Em cima é encanto, embaixo é paraíso

Sombra que refresca, que acalma

E diverte-se na gangorra que traz leveza à alma

Alda M S Santos

Quem de mim irá cuidar?

QUEM DE MIM IRÁ CUIDAR?

Mexo para lá, mexo para cá

Cuido de um, cuido do outro

Entre tantas mexidas e cuidados

Fico a pensar: quem de mim um dia irá cuidar?

Não há como saber quem poderá a mim se dedicar

A vida é apenas um constante esperar

Enquanto só posso imaginar

Faço o que me cabe: de mim mesma vou cuidar

Enquanto a pergunta persiste e angustia

Melhor ir seguindo sendo energia

Buscando no viver essa doce magia …

Bom é que aprendendo do outro cuidar

Vou assimilando que a vida é doação

Na hora certa, Deus me mandará anjos cheios de compaixão….

Alda M S Santos

Aqueles dias

AQUELES DIAS

Aqueles dias em que ela sequer quer levantar

A luz do Sol passa pela janela, invasora

Os pássaros já cantam lá fora

Indiferentes ao que se passa dentro dela

Sonhos estranhos, medos, desejo de proteção

Movimento de gente cuja vida já começou

Seguindo a marcha…

Por que, às vezes, é tão difícil tocar em frente?

Não é preguiça, não é desânimo

É uma angústia estranha, que aperta

Ficar deitada até esse sentimento passar

Ou levantar e a vida enfrentar?

O portão se abre, um carro sai

Uma oração, ela espreguiça como uma gata

Se estica toda na frente do espelho

Tem saúde, tem um caminho pela frente

Sorri, levanta, a vida segue

Eram só pesadelos…

Não é o fim, ela pensa e vai enfrentar os medos

Seguindo a marcha, a própria marcha

“Tocando em frente”…

Alda M S Santos

Nublado

NUBLADO

O Sol se cobriu, virou pro canto, escondeu seu rosto

Não quer amanhecer, tampouco aparecer

Hoje não estará brilhando em seu posto

Precisa de descanso, se recolher

Nuvens escuras são seu denso cobertor

Recolhido em si tudo está nublado

Ele necessita sossego, por favor

Não adianta insistir, não está animado

Talvez sua reflexão gere lágrimas, doa

E venha a chuva para tudo lavar

Talvez um vento assopre pra longe, devagar

E com um lindo sorriso amarelo abra o véu

E como fogo caloroso volte a brilhar no céu…

Alda M S Santos

Quase nada sabemos

QUASE NADA SABEMOS

O que se passa com quem se fecha no quarto

Com quem se esconde atrás de um sorriso

De atitudes que atraem ou afastam

Ou atrás de um comportamento diferente ou “antinatural”

Quase nada sabemos …

Todo excesso carrega em si uma falta

Se nos déssemos ao trabalho de investigar

Se tivéssemos habilidade para apurar, ajudar, sem julgar

Talvez não existissem tantas faltas

Quase nada sabemos…

Tantos mundos fechados nos quartos, claros ou escuros

Nos sorrisos, nos falsos abrigos

Quase nada sabemos…

Alda M S Santos

Identidade

IDENTIDADE

Quando a identidade está meio confusa

Não nos enxergamos, está desfocada

Perdemos a essência daquilo que somos

Bons amigos nos trazem de volta, dão uma animada

Sem pedir, nos relembram aquilo que fomos, que somos

Nos devolvem a luz do que nos é essencial

Fazem-nos ver sob o olhar do amor

Aquilo que deixamos se perder no corriqueiro, no trivial

Nada melhor que quem conosco conviveu

De nós trabalho, alegria e amor recebeu

Para nos fazer crer que ainda existimos

Que pelas dificuldades não nos consumimos

O outro é o espelho amigo que reflete o melhor de nós

Quando precisamos reativar nossa identidade

Ser para nós mesmos mais amor, mais bondade!

Alda M S Santos

O que me toca fundo

O QUE ME TOCA FUNDO

O que me toca mais fundo?

A sinfonia de pássaros numa árvore na janela

O desabrochar de um botão de rosa

O som suave no leito de um rio

A força torrencial das águas de uma cachoeira

O constante vai-e-vem das ondas do mar

Uma canção feita de versos singelos

Uma valsa dançada por um par em sincronia

O sorriso puro de uma criança

Uma mãe que amamenta seu filho

Um jovem de joelhos a rezar

O abraço de um casal apaixonado

A saudade nos olhos de um idoso que sofre abandonado pela vida

A bondade no coração de quem se doa?

Não sei…

São muitas as coisas tristes na vida,

Mas são tantas as coisas tocantes e lindas,

Que por elas vale um esforço para viver!

Alda M S Santos

Certezas

CERTEZAS

Quantas certezas já tivemos

E se desfizeram com o vento

Quantas dúvidas nos consumimos

E ainda assim, seguimos?

Quantas certezas nos sustentaram

E depois nos derrubaram

Quantas dúvidas nos derrubaram

E finalmente nos levantaram?

Quantas certezas nos salvaram

E depois nos enganaram

Quantas dúvidas nos enrijeceram

E, enfim, nos amoleceram?

Certezas e dúvidas…

Na dúvida, melhor não se fiar nas certezas

Nas certezas, um pouco de questionamento é de extrema nobreza…

Alda M S Santos

(Re)encontro de almas

(RE)ENCONTRO DE ALMAS

Antes de virem para esse mundo

De um outro mundo bem diferente

Onde tudo é claro, nítido, sem subterfúgios

Será que as almas gêmeas ou afins

Fazem algum combinado para se reconhecerem por aqui?

Um olhar mais demorado

Um toque eletrizante, um poema emocionante

Talvez um sorriso sem igual

Ou até mesmo uma piscadela especial?

Um abraço mais demorado, um beijo assustado

Quem sabe uma palavra, como um código, abracadabra

Ou uma senha que só elas saberiam?

Poderia ser também um lugar marcado

Como uma cachoeira, local isolado

Onde se banhariam como no passado…

Saboreando sorvete no banco da praça

Na fila do cinema comprando pipoca, meio sem graça

Num hospital tomando uma injeção

Ganhando bala na festa de Cosme e Damião

Na igreja, na praia, na fazenda montada no alazão

Ou, simplesmente, no último lugar em que deitaram e rolaram

E, apaixonadamente, se amaram?

Penso que há sim esse código, senha

Ou seja lá como se chame

Se ficarmos mesmo atentos

Talvez a gente até possa ouvir os sinos

Ou os anjos dizendo:

“Até que enfim, sinto perfume de jasmim”!

Você já (re)encontrou alguma alma assim?

Alda M S Santos

Quero a paz

QUERO A PAZ

Quero a paz de uma manhã de pássaros a cantar

Lembrando que a vida é breve, é bela

E que não vale a pena chorar

Quero a paz que sinto num abraço fraterno

Que diz “te amo” sem palavras

E faz todo meu mundo mais terno

Quero a paz que reina numa cachoeira

Um sorriso doce que ilumina até a alma

E na natureza, intensa à sua maneira

Quero a paz de um amor verdadeiro

Onde haja confiança, prazer, intensidade

Daqueles aos quais nos entregamos por inteiro…

Alda M S Santos

Cicatrizes

CICATRIZES

Cicatrizes carregam consigo uma trilha

Um caminho a lembrar do percorrido até ali

Caminho que nela teve fim

Da cicatriz para trás, o vivido, vencido, curado

Da cicatriz em diante nada há, exceto expectativas

Dali para a frente, novas trilhas, novos caminhos

Independentes do caminho anterior

As feridas passadas deixaram a marca

Mas não é ela que irá determinar para onde ir

Novos caminhos, novos aprendizados, novas feridas ou cicatrizes

Ou não!

É preciso seguir para descobrir …

Vamos?

Alda M S Santos

Lutos

LUTOS

Vivemos uma vida de lutos, de perdas

De despedidas, de adeus, de dores

Choramos, sofremos…

Mas toda morte e despedida trazem consigo um renascer

Um broto de vida, novo, lindo

Um recomeço…

Abrir a janela de nossos corações

Deixar a luz entrar, aquecer a terra fértil de nossa alma

Chorar, se preciso for, para irrigar

Deixar brotar nova flor, novo amor

Luto é fim de uma etapa

Recomeço de outra, nova semente pronta para crescer

Novo jardim florir, perfumar, encantar

Como ela será só depende dos jardineiros envolvidos

Sentir uma perda, viver o luto é natural e até necessário

Aceitar a mudança e cultivar o novo é essencial

Que sempre saibamos nos despedir

E acolher as novas sementes…

Alda M S Santos

Brilha mais

BRILHA MAIS

Inspire fundo, expire lentamente

Feche os olhos, afaste todos os pensamentos

Leve sua mente para um lugar de paz e serenidade

Onde haja apenas você consigo mesmo

Você e seu desejo de em nada pensar

Apenas sentir o ar entrando e saindo de si

O sangue circulando em suas veias

Levando oxigenação e vida a todo seu corpo

Irrigando a mente e a alma

O coração pulsando…

Que há em sua mente?

O que permanece ali

Brilhando ainda mais quando os olhos se fecham

Que se mantém a despeito de tudo

Isso que brilha na escuridão de seus olhos fechados

Que se torna mais nítido num mundo calado

É aquilo pelo qual vale a pena viver…

Alda M S Santos

Quando dói

QUANDO DÓI

Quando dói a cabeça, o ouvido

A coluna, o estômago, o joelho

Tomamos um analgésico qualquer e resolve

Mas quando a dor vem de um lugar

Que a gente não identifica qual é

Que fazer?

Investigar os sintomas: angústia, tristeza, desânimo

Raiva, passividade, solidão, medo?

Seja ele qual for a alma precisa de cuidado

Precisa de ter alguém especial ao lado

Em doses homeopáticas ou cavalares

Para a dor do corpo vamos à farmácia

Para a dor do coração recorremos ao abraço de um irmão …

Quer um abraço?

Alda M S Santos

Deixa

DEIXA

Deixa a luz entrar, devagar

Iluminar teu olhar, a todos encantar

Deixa a vida mexer, remexer

A dor arrefecer pra ninguém esmorecer

Deixa o mal virar pó

Todo ele, sem tempo, sem dó

Deixa o bem fluir, invadir

E a toda gente fazer sorrir

Deixa o amor acontecer

Não importa quando ou quanto

Seja prazer, faça aquecer

Da alvorada ao anoitecer

Deixa!

Alda M S Santos

Uma nova chance

UMA NOVA CHANCE

Ela ouvia a música no carro. Era noite, vidros semi abertos.

Cantarolava a canção pensando no mundo de coisas a fazer.

Dia seguinte seria o Dia das Mães, almoço, família…

Celular no colo para acionar GPS se precisasse. Ela se perdia facilmente.

O dia tinha sido puxado com a visita ao asilo. O porta-malas estava lotado de roupas para doação.

À noite tudo ficava mais confuso, lugares desconhecidos. Pegou umas fichas para o encontro de jovens na casa de um casal e já retornava para casa, queria descansar.

Descendo a rua o celular escorregou e caiu no chão do carro. Abaixou-se para pegar, reduziu a marcha e quando levantou já tinha uma arma apontada para a sua cabeça.

Foi tudo muito rápido, ele já entrou empurrando-a para o outro banco.

Ela tremia e chorava, enquanto ele gritava para ela calar a boca. Olhos vermelhos, moletom enorme, capuz. Era jovem e muito magro!

Ela implorou para ser deixada para trás. Que poderia levar tudo, mas que a deixasse.

“Cala a boca, cala a boca, cala a boca”- ele gritava enquanto passava as mãos na cabeça soltando o volante e segurando desajeitadamente a arma.

Com um medo enorme e com muita pena dele ela disse:

“Amanhã é Dia das Mães, sou mãe, tenho filhos, tenho mãe, por favor me deixe aqui”.

“Cala a boca, cala a boca”- drogado, ele gritava!

“Por favor, tenho dois filhos, você tem mãe”?

Nessa hora ela sentiu a arma batendo com muita força em sua fronte. Não viu mais nada!

Voltou a si sem saber onde estava ou quanto tempo tinha passado. A cabeça latejava…

Tentou se levantar, tudo escuro, bateu a cabeça, as pernas não conseguiam se esticar. O cheiro de amaciante e uma luzinha por uma pequena fresta fizeram-na perceber que estava trancada no porta-malas.

Claustrofobia e medo tomaram conta dela. Onde estava?

Carros ao longe, cachorros latiam. Estava num lugar deserto.

Esperou um pouco e teve medo de que tocassem fogo no carro. Tinha acontecido isso muito por ali!

Começou a forçar a tranca batendo forte os pés. Chutava o canto dos faróis e gritava por socorro!

“Por favor, alguém me ajude, fui sequestrada, socorro”- gritava e chorava e chutava o carro fazendo muito barulho.

“Quem está aí?- ouviu uma voz lá de fora .

“Fui assaltada, estou trancada no porta-malas, por favor me tira daqui!”

E ela chorava mais ainda, de medo, frustração, dor, agonia…

Mas quando ouviu vozes perto do carro, alguém acionando a polícia, e a porta do carro se abrindo para ela sair por dentro, entre tantos sentimentos prevaleceu o da alegria.

Estava a salvo, ele a tinha deixado sobreviver por algum motivo.

Estava a muitos quilômetros de casa.

As lágrimas rolavam insistentes, mas só pensava na alegria de estar viva para o Dia das Mães.

Uma oração silenciosa: “Obrigada, Senhor”!

Alda M S Santos

O abismo

O ABISMO

A música tocava, ela seguia

Na estrada longa e vazia

Vez ou outra um carro surgia

E sumia…ela seguia

Pra onde não sabia, apenas ia…

O céu de intenso azul reluzia

Ela olhava, admirava, e a lágrima escorria

Que era aquilo lá longe na via

Algo naquele lugar a atraía

E, então, mais rápido ela seguia

Cansada, parou à margem de um abismo

Ele lá estava, muita agonia

Olhava lá para baixo, tão distante, intensa magia

Um medo estranho ela sentia

Ali ficou sentada, balançando os pés, nada resolvia

Sentindo o peso que o abatia

Olharam-se, um tácito acordo surgia

Por fim, olhou de novo para o sol que se punha no horizonte

Amanhã de novo ele nasceria

Então, decidiram-se: como o sol eles seriam

Todas as noites adormeceriam

Mas na manhã seguinte sempre acordariam

Dispostos a brilhar por mais um dia

E o abismo para trás deixariam…

Alda M S Santos

Com o coração

COM O CORAÇÃO

Quer que dê certo?

Coloque sempre o coração

Se ele se alegra, prossiga

Se ele chora, reavalie

Se faz alguém chorar

Mude de atitude

Se ele está só, dê-lhe atenção

Tantas vezes falta na solidão

É a própria companhia

Aquela da qual nunca podemos abrir mão

Sentar num cantinho qualquer

Vasculhar nossos cantinhos esquecidos

Cutucar mesmo onde dói, limpar as feridas

Deixar a luz entrar, arejar

E conversar conosco mesmos

Fazer as perguntas certas

Ser sincero nas respostas

E novas atitudes tomar:

Nunca desistir de nos amar!

Cuidar de nosso emocional

É fundamental…

Viver com o coração

É ter a melhor razão para nunca desistir de si

É ter munição de sobra para as batalhas cotidianas

Com o coração pode até demorar mais

Mas a vitória é garantida!

Alda M S Santos

Idosos: nosso passado, nosso futuro

IDOSOS: NOSSO PASSADO, NOSSO FUTURO

Carentes de amor, carentes de afeto

Uma memória repleta de passado

Um futuro distante, meio incerto

Um presente às vezes magoado

De quem quer alguém ao seu lado

São idosos, muitos anos idos

Tempo para o o idoso é algo duvidoso

A barra de rolagem está quase no fim

Querem amor, abrigo, amigos

São nosso passado e futuro, enfim…

Dia dos idosos para quê?

Para nos lembrar de que o tempo passa

Para nos fazer as mãos estender

E para finalmente entender

Que essa é parte importante do viver…

Alda M S Santos

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