RADICAIS?
Precisamos de humanos que saibam ouvir, não só falar
Que saibam conversar, sem com isso brigar
A capacidade de interagir e compreender
Permite nosso evoluir, nosso florescer
Cada qual em seu canto radicalizado
Não possibilita um diálogo civilizado
Apontar o dedo, julgar, fazer acusações
Cria um mundo nocivo, cheio de aberrações
É preciso ter o coração e mente abertos
Manter a civilidade e sabedoria por perto
Bate-boca e insultos ferem, desrespeito não é certo
Quando eu me permito mergulho interior, autoconhecimento
Abro espaço para razão e sentimento
Assim, posso entender melhor no outro o pensamento
Alda M S Santos
SOBRE CONVERSAR
Quando está doendo parece bom poder falar
Se está machucando seria legal poder compartilhar
É saudável ter alguém quando a solidão apertar
Quando não houver caminho é bom poder conversar
Seres sociais que somos dialogar pode ajudar
Encontrar no outro a compreensão pode acalmar
Quando eu falo eu me permito refletir
Refletindo sobre meu sentir, posso melhor agir
A vida tem momentos de sombras, todos sabemos
Nem sempre estaremos bem, entendemos
Dividir isso pode aliviar, melhor seguiremos
Quando se sentir só, sem apoio ou sem chão
Permita-se ter alguém que ouça seu coração
Sem juízo de valor, com respeito e compreensão
Alda M S Santos
#cvv.org.br #disque188
É SETEMBRO!
Há o momento para ver o broto crescer
Em seu tempo, cada qual rompe o alvorecer
Vai em direção ao Sol, ao calor, à luz
Tal qual botão de rosa que seduz
É setembro, primavera é flor que venceu o inverno
Chegou até aqui cuidando do que é interno
Como flores, também alimentamos nossas raízes
Para resplandecer em cores, brilho e vernizes
Como flores, temos também espinhos
Delicadezas, perfumes, carecemos de carinhos
Para vencer nossos invernos e não sermos sozinhos
Fazemos parte de um grande jardim
Cada flor com sua beleza age assim
Atrai, encanta, embeleza, é plena, enfim…
Alda M S Santos
MINHAS GUERRAS
Quero das águas o poder curativo e purificador
Aquele que acalma, relaxa e alivia a dor
Quer seja num gole, banho ou brincadeira
No rio, no mar, no.lago ou na cachoeira
Quero seu som ou silêncio, sua calma ou sua bravura
Quero que me invada, me abençoe, me afaste a amargura
Que leve para longe aquilo que for decepção
E mantenha intacto o que fizer bem ao coração
Aquele olhar ao longe, perdido no horizonte
Fazendo as pazes com erros e acertos
E livrando a alma de todos os apertos
Água que vem do mar, que brota da terra
Cai do céu, me atinge em cheio, não erra
Faça-me uma mulher valente em minhas guerras
Alda M S Santos
NÃO ESTAMOS SOZINHOS
Somos humanos cercados por outros humanos
Numa casa rodeada por outras casas
Numa cidade fronteiriça de outra cidade
Dentro de uma nação que se avizinha de outras nações
Habitantes do planeta Terra, ao lado de outros planetas e astros
Membros de uma galáxia gigantesca
Não estamos sozinhos!
Mesmo quando não nos sentimos mais que pequeninos grãos de areia
E parecemos estar muito sós, não estamos
Em nossa mais intensa introspecção temos a nós mesmos
E quando encontramos a nós mesmos
Somos capazes de identificar o outro tão perto de nós
E estender a mão, pegar uma mão…
Alda M S Santos
NÃO HÁ VACINAS!
Entre tantos os machucados e feridas
Das mais superficiais até as mais profundas
Daquelas que ficam secas até as que mais sangram
Das que causam dor aguda ou crônica
Que precisam suturas ou anestesias
Que causam pranto ou, num canto, solidão
Além do medo de se machucar novamente
Entre todos eles, o machucado mais doloroso
A ferida mais difícil de cicatrizar
Que demanda mais tempo e coragem
É aquela causada pelo (des) amor, ingratidão
Simplesmente, porque é de onde a gente menos espera o golpe
Pega-nos desprevenidos, distraídos, confiantes.
Aí atinge fundo, rasga, mutila, deixa marcas, cicatrizes.
Mas quando se convalesce, se recupera, fica mais forte
E recomeça tudo… Novos riscos!
Contra o (des)amor não há vacinas!
Alda M S Santos
QUANDO EU ERA…
Quando eu era infância, criança
Tempo de sorvetes, doces, lambança
Eu era pura levadeza, sapequice, brincadeira
Subia em árvores, nadava no rio, sem canseira
Quando eu era criança, pureza me definia…
Quando eu era adolescência, juventude
Era ansiedade, sonhos, inquietude
Um mundo inteiro para conquistar
Um coração cheio, pronto para amar
Quando eu era jovem, esperança me movia…
Quando adulteci, a vida falou por si
Família, trabalho, estudo, em mil ocupações me envolvi
Paradoxalmente, quase sem tempo para mim
Foi onde a vida se impôs, deixei assim
Vida adulta, em realização me envolvia…
Na maturidade ainda sou eu
A criança levada ressignificada
Em novas árvores dependurada
A jovem de alma sonhadora, lavada
Quer amor, novas esperanças, quietude,
Ora companhia, ora solidão, ora solitude
Maturidade sou eu, na maior amplitude…
Alda M S Santos
NUNCA DESISTIR DE MIM
Não desistir de mim, esse é o trato
Não importa o que eu fizer
Ou o estado de minhas emoções
Se estiver forte e vitoriosa
Ou frágil e chorosa
Se estiver contente e esperançosa
Ou carente e nada amorosa
Se agir com sabedoria ou cometer uma burrada apocalíptica
Não desistir de mim, esse é o trato
Quando sou a fortaleza em que os outros se apoiam
Ou quando sequer tenho forças para chorar
Ser minha maior amiga sempre
Daquelas que acariciam, elogiam, incentivam
Mas que também ralham, puxam as orelhas, e nunca abandonam
Não desistir de mim, esse é o trato
Não posso parar, estacionar
Preciso prosseguir, cuidando para não cair
Consciente que estarei dando o melhor de mim…
Pois só assim poderei merecer o melhor dos outros
Não desistir de mim, nunca!
Esse é o trato!
Alda M S Santos
NÃO ME CABE
Nessa caixa não me cabe
Não é que eu não seja flexível
É que ela tende a me moldar
Colocar num padrão que me machuca
E que não vai me agradar
Nessa caixa não me cabe
Dobra daqui, dobra dali
Tira um pedaço desse lado
Aperta o outro, transfere de lugar
Até eu não mais me identificar
Nessa caixa não me cabe
E mesmo se coubesse eu não gostaria
É que prezo a liberdade de ser o que sou
Colocar-me ali me mataria
Nessa caixa não me cabe
Não sou boneca para viver em caixa, preciso de ar
Prefiro jardim, mata, rio, mar ou cachoeira
E assim quero viver a vida inteira…
Alda M S Santos
MINHA POLÍTICA
Não, eu não discuto política
Ela me entristece, magoa, fere, me tira do eixo
Faz-me perder as esperanças num mundo melhor
Prefiro viver a política como posso: agindo
Tentando ser a leveza onde tudo pesa
A balança para equilibrar desigualdades
A mão que se estende a quem está só
O colo que abraça e acolhe quem está perdido
Mesmo que eu mesma precise de colo também
Que chore, perca as esperanças ou a fé
Que também ache que não tem mais jeito muitas vezes
Agindo como posso na posição que estou
Não gosto de radicalismos
E é só isso que tenho visto em ambas as partes
Óbvio que tenho minha posição
Eu sou pelo amor, sempre
Eu o utilizo como minha régua, minha ferramenta
Minha medida para qualquer coisa ou situação
“O quanto há de amor nisso?- sempre me questiono
Avalio a qualidade das pessoas pelo amor
Ele me permite ter a tolerância suficiente com os diferentes
Ele me permite tentar entender quem pensa diferente de mim
Ele me ajuda a olhar pela perspectiva do outro
Ele me faz questionar até que ponto estou certa
Minha política é viver o amor, levar o amor
Portanto, sou contra qualquer exclusão, de qualquer tipo
Minha política é amar e fazer o bem, sempre
Qualquer coisa que fugir a isso, não me interessa
Não terá meu apoio ou aprovação!
Qual sua medida, sua régua?
Alda M S Santos
NÃO É SORTE!
A mim dizem que é sorte
O acaso que agiu a favor
Mas ao avaliar o empenho empregado
Afirmo que conquistei tal valor
Insistem que sou mulher de sorte
Esse adjetivo não é o mais adequado
Lutei, busquei, confiei, conquistei
Nada foi subtraído ou roubado
Prefiro dizer que meu mundo foi abençoado
Podem afirmar que é sorte
Mas melhor acreditar que é dedicação
Um tanto de trabalho e amor
E coragem para enfrentar qualquer atribulação
Sorte ou azar são obras do acaso, da dúvida, do temor
Bênção é obra da fé, do trabalho e do amor
Não é sorte, é Deus!
Alda M S Santos
O QUE TE SALVA
Quanto mais coisas se perde
Mais valor têm as que ficam
Quanto mais pessoas vão embora, desistem
Mais valor têm as que ficam, insistem
O que vem fácil sempre vai facilmente também
O que é difícil, demorado
Quase sempre é mais duradouro, valorizado
Portanto, não é bom desanimar
Algo extraordinário pode-se conquistar
Clichê ou démodé, tanto faz
Mas uma verdade não se desfaz:
A felicidade não está na quantidade
Mas naquilo que possuímos com qualidade
Entre idas e vindas, ganhos e perdas
Decepções e superações, derrotas e vitórias
A admiração que tem por si mesmo nunca deixe desaparecer
Porque é ela que te salva
Quando tudo parecer se perder…
Alda M S Santos
MAIOR AMIGO
Bolhas, feridas, cicatrizes e calos
Cada qual uma fase de recuperação
O que não mata deixa marcas
Que serão eternas no coração
Não brigue, não negue, não lamente
Apenas tenha consigo mais cuidado, mais atenção
Viva, enfrente, siga o caminho, simplesmente
Fuja dos tropeços nas mesmas pedras ou parar na mesma estação
Perdoe-se, não seja seu próprio carrasco
Tampouco seu maior inimigo
Para viver bem e alcançar o objetivo
É preciso tornar-se seu aliado, seu maior amigo
Alda M S Santos
FEITO MENINA
Feito criança pequenina quero receber a vida
Acolher com prazer o amanhecer que ela me oferece
Como menina, abrir os grandes olhos brilhantes e sorrir
Não me importar com os cabelos ou a vida bagunçados
Andar descalça, correr na grama, cair, esfolar os joelhos
Aceitar os cuidados que me forem ofertados
Desembrulhar o dia como um grande presente
Aproveitar o sol e quintal lá fora para brincar
Sentir o frio na barriga do calor de viver
Feito menina quero curtir cada minuto que tiver
Sabendo que o entardecer chega, o anoitecer idem
Mas ser leve, sem preocupações excessivas
Chorar quando sentir vontade
Mas nunca deixar de sorrir, de sonhar, de acreditar
Confiante que novo amanhecer chegará
E tudo se repetirá, ou não, (in)finitamente
Mas que ele sempre será bom como tem que ser
E, feito menina, confiar e balançar ao sabor da vida…
Alda M S Santos
LIÇÕES INFANTIS?
Se bagunçar, arrume, deixe melhor que encontrou
Se não pode ou não sabe arrumar, não mexa
Ande, se correr poderá cair
Não pegue o que não é seu, nem tudo é coletivo
Não derrube o “castelo” de seu irmão, construa o seu
Não fale com estranhos, nem todos são amigos
Confie sempre na sua família, ela sempre estará contigo
Não procure briga, mas não apanhe
Aprenda com seus erros para não repetí-los
Se cair, levante, engula o choro, receba um carinho e siga
Nem toda porta aberta te cabe, não entre sem ser convidado
Respeite o espaço do outro, cultive o seu
Seja grato!
Lições infantis?
Talvez retomar essas lições
Nos salve de nossos próprios atropelos
De atropelar nosso irmão
Nos salve uns dos outros…
Lições infantis?
Alda M S Santos
MUDANÇAS
Mudar causa medo, insegurança
Expectativa, dores, desalento, esperança…
Mas não mudar pode ser muito pior
Quando tudo a nossa volta muda
Permanecer estático e agarrado ao passado
É deixar a derrota chegar sem lutar
Ninguém vive totalmente no presente
Dizem que vivemos 40% apenas no presente
O restante ficamos entre a saudade do passado e expectativas do futuro
E buscar esse equilíbrio é que é saudável
Mas nem sempre é fácil
Uns crescem, se vão, se viram sozinhos
Outros não mais precisam de nós ou nunca precisaram
Precisamos reaprender a viver dia a dia
A lidar com (des)amor,(in)gratidão, (in)felicidade
Concentrando um pouco mais em nós mesmos
Pois até pra seguir em frente e ajudar
Precisamos estar bem…
Alda M S Santos
TAMBÉM SOMOS RESPONSÁVEIS
Quando não ouvimos os gritos que imploram por socorro
Também somos responsáveis
Quando não entendemos o olhar que nos implora atenção
Também somos responsáveis
Quando nos calamos diante do silêncio sugestivo e de alerta
Também somos responsáveis
Quando ignoramos um pedido de perdão
Também somos responsáveis
Quando fechamos os olhos para a escuridão que se avizinha
Também somos responsáveis
Quando usufruímos do objeto/produto que possa causar dor ao outro
Também somos responsáveis
Quando não gritamos, não entendemos, não agimos
Quando somos tomados pelo comodismo e pela inércia
Também somos responsáveis
Não importa de onde venha a lama ou a tragédia
Ou de onde os escombros caiam
Se ocorre no trabalho, na igreja, na vizinhança
Em nosso próprio lar ou dentro de nós mesmos
Somos, no mínimo, corresponsáveis
Que cada qual possa assumir sua cota de culpa
E mudar…
Alda M S Santos
NUNCA DESISTIR DE MIM
Seguir em frente, lutar sempre
Essa é minha promessa
Nem sempre fácil de manter
Curtir um dia de raios de sol que me aquecem
Mas também aceitar quando meu sol se esconder
Amar sob um céu estrelado e inspirador ou sobre nuvens de algodão
Mas aproveitar quando a Lua não aparecer e tudo for escuridão
Dançar na chuva entre abraços apertados e beijos molhados, aquecida
Mas saber suportar as fagulhas ameaçadoras das tempestades de gelo, sofrida
Enquanto nova alvorada não surge em mim, renascida
Retribuir o amor e carinho daqueles que me cercam e apoiam
Mas aceitar e respeitar o direito daqueles que não me querem por perto, não me amam
Sobretudo, amar a mim mesma, sempre
Ainda ou principalmente quando outros me abandonarem
Mesmo em minhas fragilidades, medos e carências
Ainda que erre, caia e não consiga levantar tão facilmente
Ou que nem sempre seja minha maior fã
E queira ficar escondida debaixo das cobertas…
Pois a promessa fundamental é, independente do que acontecer,
Cuidar do meu coração
E nunca desistir de mim mesma!
Alda M S Santos
CONFIANÇA, INGENUIDADE OU PUREZA?
Tão confiante que se aproxima daquele que o alimenta
Ingênuo o bastante para lamber a mão que se estende
Puro o suficiente para não perceber
Que aquele que o alimenta e cuida
Tem outros interesses que ele desconhece
Ambos apenas buscam suas necessidades básicas de sobrevivência
Uma certa empatia, olhar doce, focinho gelado
A mão que o alimenta, outro dia virá para lhe tirar a vida
Para alimentar outras vidas…
Sou meio covarde!
Até como a carne, mas desde que outro tire a vida
Que não precise encarar esse olhar todos os dias
Que não crie laços de afinidade
Não tenho coragem de tirar a vida!
Como se a carne que viesse do açougue
Não representasse uma vida como aquela
Que me olha terna ali…
É estranho pensar que uma vida precise se perder
Para outra poder permanecer…
Quem determina qual vida é mais valiosa?
Será mesmo necessário?
Humanos precisam mesmo disso?
Por que ao olhar dentro desse olhar
Tudo isso parece tão (des)humano?
Alda M S Santos
TESOUROS
De tudo que é passível de perdas na vida
Dinheiro, emprego, casa,
Carro, joias, objetos preciosos
Nada gera mais dor e arrependimento
Nada pesa mais nas costas e encurva o andar
Nada tira mais o brilho do sorriso ou ofusca o olhar
Que a perda dos tesouros que não têm preço
Cuja falta desvaloriza qualquer outro “bem” adquirido
E que muitas vezes foi oferecido gratuitamente, negligenciado
Ignorado, não conservado, inviabilizado
A saúde do corpo e da mente
A fé em algo maior e superior que olha por nós
A capacidade de ser grato à vida em nosso entorno
Nas mais variadas formas de luz e beleza
Um olhar de aceitação e bondade de alguém querido
A utilização de modo solidário dos dons
Uma amizade verdadeira, desinteressada e sempre solícita
Uma vida de dedicação e cuidado recebidos daqueles que nos cercam
Um amor incondicional, que sobrevive às adversidades
Utilizando-as como adubo para deixar o broto do bem fortificar
E gerenciar sabiamente, equilibradamente, a esperança
Apesar, ou por causa, dos balanços, do ir e vir
Dos ganhos e perdas que todos temos…
Os tesouros mais difíceis de se perder não se guardam em baús ou bancos
São aqueles que, bem leves, carregamos na alma e no coração…
Alda M S Santos
INTEIROS
Numa mansão numa ilha paradisíaca,
Numa casinha branca à beira do rio
Numa gangorra na roça, descalça
Num barracão no morro do cafezal
Pilotando uma lancha veloz,
Um barquinho de pescador
Ou na suíte de um transatlântico
Não importa… o local é secundário
Prioritário é estarmos em nós mesmos
Estarmos bem encaixados em nossos direitos e avessos
Lidando bem com feridas e cicatrizes
Aceitando nossas imperfeições e inadequações
Nos perdoando de confiança excessiva, exposição exagerada de sentimentos
Ou de medos e traumas que nos travam
Sabendo que, independente dos outros,
Nós precisamos nos entender e aceitar
Destrinchar alegrias e dores, mágoas e regozijos
Onde estivermos por completo, inteiros
Onde nos sentirmos em total sintonia conosco
Sem máscaras, sem falsas alegrias ou autopiedade
Onde pudermos ser verdadeiramente
Corpo, mente, alma, coração
É que estaremos bem de verdade…
Alda M S Santos
PREVISÃO DO TEMPO
Tempo propenso a grandes instabilidades físicas e emocionais
O ar úmido e quente vindo dos trópicos alheios pode nos atingir em cheio
Avariando corpo, mente, alma e coração
Maré alta em nossos oceanos acabam por provocar grandes tormentas, frustrantes e dolorosas ressacas
Umidade interna intensa e sujeita a transbordamento ocular
Nebulosidade ao longo do dia turvam a visão ocasionando temporais isolados e destrutivos
Ventos polares fortes trazem a conhecida, terrível e viral massa de ar frio
Causadoras de males pulmonares, circulatórios e cardíacos
Agasalhe suas emoções! Movimente-se!
No oeste há chuvas torrenciais, cuidado com inundações e os lixos trazidos
Lembre-se do guarda-chuvas!
Granizos de variados tamanhos podem machucar, causar grandes danos e deixar marcas
Aproveite para colocar na enxurrada o que não mais lhe serve
No leste, chuva fina intermitente, daquelas que aguam o passado, baixam a resistência no presente, comprometem o futuro
No Sul possibilidade de alta luminosidade, sol forte e calor
Abra as janelas da alma, deixe a brisa suave e o sol entrar, aqueça-se
Coloque os guardados para tomar um ar
Tome um ar você também, inspire fundo, expire…
O tempo é só o tempo: mutável e instável
O clima é o que fazemos dele…
Escolha um clima bom para você viver!
Alda M S Santos
ENSAIO DE GUERRA
Nada “melhor” que um ensaio de guerra para percebermos o que tínhamos
E, por cegueira temporária, não enxergávamos
Bastou parar caminhões, faltar combustível
Para faltar tudo aquilo que pensávamos “não ter”
Brasileiros, ao menos boa parte deles,
Vive na carência material, de saúde, educação, transporte, segurança …
Mas o medo de vir a minar o básico dos básicos
Levou os cidadãos à corrida para estocar alimentos, água, a economizar
Temos muita corrupção e roubalheira, submissão, inércia e letargia
Mas também temos, bem ou mal, alimentos, água, moradia, transporte…
Sem levar em conta os oportunistas e aproveitadores
Que olham do alto e se enxergam como únicos numa multidão de famintos
E, além do jeitinho malandro de sobreviver, temos bom humor para enfrentar o caos
Criatividade para buscar o que precisamos
Tudo isso nos fez focar no que ainda temos
Não apenas no que nos falta…
Crises despertam o que temos de mais animal e irracional em nós: o instinto de sobrevivência
Atiçam nossas características mais fortes, boas ou ruins
O grande paradoxo é que é com elas que acordamos e lutamos
E também nos matamos…
Alda M S Santos
SANGRANDO
Tão bela, tão delicada, tão perfumada
Singela, encantadora, frágil
Frágil? Às vezes!
Sabe se defender, tem espinhos, fere
Resiste às tempestades constantes
Perde folhas, galhos, flores, para manter a raiz
Assim são as roseiras, assim são as pessoas…
A diferença é que elas não ferem a si mesmas
Humanos ferem-se com os próprios espinhos
Se atrapalham, se automutilam, confundem-se
Machucam seus amigos, quem lhes quer bem,
Afastam o essencial, sangram…
Sangrando buscam um caminho menos nebuloso, menos árido
Mais aconchegante, tranquilo, pacífico, alegre
Para colorir, florir, encantar, viver, amar…
Alda M S Santos
QUANDO…
Quando alguém chegar, bater à sua porta, peça para se identificar
Exija um crachá, um cartão, um uniforme, um ingresso, um convite, uma credencial
Isso previne que você abra o portão para um ladrão
Além do documento oficial que pouco diz
Observe atentamente o olhar, que muito expressa, a “bagagem” que carrega nas costas
As expressões faciais que traduzem o que vai dentro
Deixe entrar no quintal, na varanda, aos poucos, ou dispense
Mas antes de adentrar sua casa você precisa saber:
Quem é esse alguém que se apresenta e chega assim tão perto?
Qual seu histórico de vida, seu Curriculum Vitae pessoal?
Que pode trazer de verdadeiramente bom para sua vida,
Que você pode contribuir para a vida dele?
Aceite a interação, ajude, permita-se ser ajudado
Mas, evite danos, seja guardião de seus tesouros
Internos e externos…
Independente da “casa” que possua!
“Na sociedade há muitas pessoas que colocam trancas nas portas,
Mas não têm proteção emocional”. (Augusto Cury)
Alda M S Santos
DESCARTÁVEL
Usou, sujou, não serve mais
Descarte!
Enguiçou, travou, deu defeito
Descarte!
Enferrujou, quebrou, queimou
Descarte!
Perdeu a utilidade, ficou velho, não agradou
Descarte!
Vai dar trabalho, “perder” tempo, cansar
Descarte! Compre um novo! Substitua!
“Coisa velha ou estragada não compensa arrumar”
É o raciocínio reinante na era descartável
Não importa se são coisas, objetos ou seres inanimados
Pessoas, sentimentos ou relações
Nada se conserta, tudo se descarta, substitui-se
E com tanto descarte por aí
Não há espaço nem para o “velho” e nem para o “novo”
Tudo é jogado fora!
Só que na perspectiva da vida, da alma, não há fora
Tudo está dentro de nós!
As peças estão todas lá: fusíveis, porcas ou arruelas
E todas as ferramentas necessárias para construção do “novo”
A partir do conserto do “defeituoso”:
Chaves de fenda, martelos e alicates
Amor, disposição, fé e coragem …
Não adianta usarmos nada novo, objetos ou pessoas
Iremos danificá-los e torná-los inúteis logo, logo
Se nós mesmos não nos consertarmos, continuarmos velhos e defeituosos…
Alda M S Santos
ESQUECIMENTO
Esquecer…
Um alívio que muitos procuram
Apagar o que machuca, deixar para trás
Esquecer…
Necessidade real, do que às vezes parece tão irreal
Cargas pesadas, difíceis, dolorosas, mágoas
Esquecer…
O que deixou de fazer por covardia, o que fez sem querer, os medos
O que fizeram consigo, com ou sem permissão
O que você fez com os outros sem pensar bem
Esquecer…
Para isso, muitos buscam drogas, alucinógenos, leveza para o que pesa
Esquecer…
A verdade é que na tentativa de esquecer, busca-se entorpecimento
Cria-se, muitas vezes, mais lembranças dolorosas a serem esquecidas…
Esquecer…
Sem resolver dentro de si o que machuca
É como suturar uma ferida infeccionada que ainda sangra…
Alda M S Santos
RACHADURAS
Somos feitos de gretas, falhas, rachaduras, frestas
Pelas gretas é que entram os amores, desavisadamente
Num momento de distração ou fragilidade, tomam posse
E são a liga que une o que há de melhor em nós ao outro
Mantendo-nos estáveis, mesmo sob constantes balanços
Pelas rachaduras é que saem as decepções, amarguradamente
Quando estão nos sufocando buscam ar, aos goles, aos borbotões
E deixam extravasar os excessos, permitindo novo respirar, sobrevivência
Pelas frestas podemos antecipar maremotos e nos preparar
Essas falhas em nossa rocha permitem a água passar sem grandes danos
Tapar nossas gretas e rachaduras não é muito sábio
Uma estrutura sem gretas, sem rachaduras, sem frestas, sem “falhas”
Que permitam que nosso prédio interno se ajeite, se estabilize, se reorganize, dilate
Nos balanços das grandes tempestades
Pode ruir, implodir, explodir, desmoronar…
Alda M S Santos
EMBALADAS A VÁCUO
É sabido que as pessoas são diferentes
Consequentemente, lidam de modo diferente com ganhos e perdas
Mas queria entender como algumas pessoas
Conseguem parecer embaladas a vácuo
Parecem isoladas do mundo externo,
Quase nada as atinge,
Superam, esquecem qualquer coisa facilmente
Mesma postura, mesmo perfil
Passe uma brisa ou um furacão
Amor ou desamor, alegria ou decepção
Sucesso ou fracasso, vida ou morte
Nada muda para elas!
Como máquinas, acolhem ou descartam “dados” sem danos
E seguem…
Não é inveja ou despeito,
Nem que eu queira ser exatamente assim!
É para saber como “pegar” ao menos um pouquinho disso!
Alda M S Santos
APRENDENDO A VIVER
Quantas vezes é preciso cair para aprender a ficar de pé?
Quantas vezes precisamos passar pelo escuro para valorizar a luz?
Quantas vezes passaremos pela mesma pedra no caminho até aprender a dela desviar?
Quantas vezes cometeremos o mesmo erro até evitá-lo?
O cachorro chega devagar o focinho num canto onde foi sapecado por lagarta e se afasta veloz
Um bebê olha ressabiado para a tomada em que levou um choque
Quantas vezes precisamos passar por algo para entender?
Deus disse que deve-se perdoar 70 vezes 7
Supõe-se que se erre o mesmo tanto
Mas não precisa ser necessariamente o mesmo erro!
Isso se chama autoproteção, maturidade, experiência!
Nem é preciso muita racionalidade ou inteligência, apenas instinto, medo!
E assim a vida segue…
Deus tirando as pedras, a gente sendo atraído por elas
Entre erros, acertos, cuidado e proteção
Da gente mesmo, dos outros…
Vamos aprendendo a viver!
Alda M S Santos
BAGUNÇA EM MIM
Há dias que estou tão bagunçada
Como aqueles jardins em que todas as flores disputam espaço
Perfumes, cores e formas se misturam…
Como um quarto de adolescente com livros, eletrônicos, roupas, calçados e pratos e talheres para todo lado
Nada se encontra ali…
Como uma criança numa loja de brinquedos deslumbrada com tudo, quer tudo
Não consegue se decidir…
Quando a bagunça é muita, não basta uma faxina
Precisa reorganização total e alguns descartes
Minha casa anda tão bagunçada,
Que tropeço em mim mesma, caio, machuco, choro,
Quase desisto! Quase!
Alda M S Santos
APPs PARA FACILITAR AS RELAÇÕES
Tantos aplicativos para facilitar a vida digital
E se houvesse aplicativos para o ser humano,
Automaticamente ativados em ambas,
Quando duas pessoas se aproximassem, sem poder burlar?
Tipo em letras luminosas na testa, no olhar, na roupa…
“Totalmente confiável” ou ” Sou uma fraude”
“Se deixar posso te fazer feliz” ou “Só aceito se vier inteiro”
“Totalmente frágil, cuidado” ou “Não se aproxime, perigo”
“Necessitando reparos urgentes” ou “Casada/o e feliz”
“Não perca tempo comigo” ou “Estou precisando de amigos”
“Mantenha distância para nossa segurança” ou “Covarde, tenho medo de viver”
“Sou doação 100%, não aceito menos, consegue encarar?”ou “Não me apego a nada ou ninguém”
“Meu Deus é maior e me protege de toda maldade”…
Entre tantos outros….
Muitas pessoas incompatíveis não se aproximariam
E tantas outras em sintonia não perderiam tanto tempo!
Quantos problemas seriam evitados?
Alda M S Santos
RESPONSÁVEL PELO QUE CATIVAS
“Tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas!”
Meio pesado, porém, contém alguma verdade
Mal damos conta de nossas ações e sentimentos
Não podemos ser responsabilizados pelas ações dos outros
Tampouco pelo que sentem ou deixam de sentir
Mas, se bem avaliarmos, notaremos certa responsabilidade
Na esperança que ora alimentamos nos outros
Nas promessas que fizemos e deixamos de cumprir
No que fomos ou deixamos de ser para alguém
Ainda que sem saber…
Não somos totalmente “inocentes” no que despertamos no outro
Exupéry, então, tem razão com seu Pequeno Príncipe:
Somos, de certa forma, responsáveis pelo que cativamos!
Alda M S Santos
IM OU EXPLOSÃO?
Implosão, explosão, ambas destruidoras
Derrubam, desmancham, apagam, zeram
Em se tratando de pessoas
Qual a que causa menos mal?
Explodir, quase sempre com os outros
E tudo que nos incomoda, machucar
Queimar tudo!
Implodir, para dentro de nós mesmos,
Estourar para o nosso interior,
Arrefecer por falta de alimento, de oxigênio, ferir-se
Como aqueles espirros contidos…
Qual o menos danoso?
Im ou explodir?
Alda M S Santos
QUANDO NÃO ESTOU EM MIM
Procuro-me em todos os cantos
Tento me identificar, me localizar
Saber onde me encontro
Quando não estou em mim.
Se eu não estivesse mais aqui
Onde poderia ser mais facilmente encontrada?
O que remeteria as pessoas diretamente a mim?
O que olhariam e diriam: isso me faz lembrar dela!
Uma cachoeira, uma mata densa, pássaros, borboletas, flores?
O mar, um rio, a chuva, as estrelas, a Lua cheia?
Certamente, sinto-me em casa junto a tudo isso.
Um sorriso, um abraço, uma palavra, um poema? Identifico-me.
Meus filhos? Claro, partes mais lindas de mim.
Meus pais? Sim, sou parte deles.
Meu amor, meus amigos? Alguns deles, os que me amaram, me entenderam, sintonizaram comigo.
Em cada pessoa que passou por minha vida, que me agregou valores, me fez feliz, me fez sofrer?
Sim, foram também partes de mim.
Estou em muitos lugares, em cada pedaço de chão que pisei
No ar que respirei, mas, principalmente, no amor que doei.
Se quiserem me encontrar, procurem em tudo isso,
Também no sorriso de uma criança,
Na nostalgia de um idoso, no abraço de um casal apaixonado…
De preferência, num dia de chuva.
Eu estarei lá!
Quando não estou em mim estou naqueles que amo,
Onde quer que estejam.
E estar neles, é um modo de estar em mim.
Alda M S Santos
ONDE ME ENCONTRO?
Não importa onde eu esteja
Quer seja em casa, na rua, na academia, numa festa
Na visita a amigos, a um asilo ou hospital, na igreja,
Em alto mar, num voo internacional, num trem
No meio do mato, no lombo de um cavalo,
Posso estar onde estiver, com quem estiver
Independente de todos os caminhos que percorra
Só vou me encontrar dentro de mim mesma.
E esse caminho só eu posso traçar
Só eu posso percorrer
Seja qual for o “transporte”,
Passando por atalhos ou não,
Regada a sorrisos ou lágrimas,
Sozinha ou acompanhada,
Só eu posso me encontrar,
E somente depois, talvez me encontre dentro de outro alguém…
Alda M S Santos
RETIRANDO CAMADAS
Muitas vezes precisamos retirar todas as camadas
Que recobrem nossa mente, nossa alma
Como alguém que retira peça por peça de roupa
Inclusive as íntimas, totalmente despidos
Para ficar mais leve na balança
Com menos pesos adicionais.
São muitas as coisas que podem pesar:
Culpas, fracassos, sonhos perdidos, desejos impossíveis.
Ainda que seja apenas na frente do próprio espelho
É preciso começarmos a nos despir
Retirar tudo, jogar no chão, deixar lágrimas rolarem
Mostrar nossa verdadeira face para nós mesmos,
Antes da coragem de mostrá-la ao mundo
Ou não!
E nos sentirmos verdadeiramente leves…
Alda M S Santos
BLINDAGEM
Blindar, revestir de armadura
Usar couraça visível ou invisível
Visando proteger a si mesmo
Dos “torpedos” que vêm de fora
Daquilo que é considerado negativo
Ou além das próprias forças.
Autoproteção!
Via perigosa, mão dupla
Todo cuidado e atenção são poucos!
Blindagem deve ser muito bem escolhida,
Ela deve proteger, porém não pode
Impedir a entrada do positivo,
Reduzir a capacidade vital,
Ou não deixar sair o que machuca.
A autoproteção errada também pode matar, ferir
Fechar o olhar e o coração para o belo
Zerar a capacidade de encanto
Ou deixar sérias cicatrizes e sequelas.
Alda M S Santos
IRRIGANDO COM LÁGRIMAS
Todo jardim precisa de água, sol e cuidados
Como levamos tudo isso para nossos jardins internos?
Sol, levamos com sorrisos e carinhos
Cuidados, levamos com amor e amigos
Uma dúvida surge: como irrigar?
Água das lágrimas servem para irrigá-los?
Ou acabarão por matá-los?
Alda M S Santos
AUTOPROTEÇÃO
Somos uma “máquina” inteligente
Cuja essência é a autoproteção
A preservação da vida
A saúde física e mental
À nossa revelia ela age, reage
Luta ou se recolhe
Quando entendemos isso,
Paramos de lutar conosco mesmos,
E deixamos nossa inteligência
Emocional, racional ou “irracional” agir,
Lavar corpo, mente e alma.
Há tempo para tudo no nosso interior…
Observar isso leva-nos ao autoconhecimento,
Leva-nos à vida plena!
Alda M S Santos
ULTRASSENSÍVEL
Aqueles dias que você sente que bastariam
A última gota d’água
Uma única faísca
Uma simples palavra
Um breve olhar
Um suave toque,
Um abraço singelo,
Para você:
Cair no choro, na gargalhada
Querer sumir no mundo, desaparecer,
Explodir de raiva
Alegria ou prazer…
Alda M S Santos
RUÍNAS
Um prédio ou monumento que desaba
Um navio que afunda,
Uma floresta que ardeu nas chamas…
Uma vida entregue à depressão e aos medos…
Tudo aparenta um cenário de pura destruição.
Mas quando menos se espera
Algo de valioso é retirado sob os escombros dos monumentos
Tesouros são encontrados nos navios,
Um pequeno broto surge na floresta em cinzas…
Medos são vencidos milagrosamente.
Deus age nas adversidades e nos mostra maravilhas.
De nossas fraquezas, cinzas e ruínas,
Faz surgir uma nova vida
Mais linda e mais forte.
Alda M S Santos
NA BOCA DOS TUBARÕES
Vivemos, muitas vezes, na boca dos leões
Tigres, tubarões, piranhas, lobos em pele de cordeiros…
Quase sempre nem percebemos
Apenas lutamos, saímos meio machucados
Mais fragilizados, meio cabisbaixos, esfolados.
Mas o saldo é, na maioria das vezes, positivo.
Sempre ficamos mais fortes,
E aprendemos novas táticas de defesa.
Alda M S Santos
NOSSA LUZ
A luz que brilha em nós
Ou as sombras que a interceptam
Só nós permitimos que se apaguem
Só nós podemos fazê-las voltar a brilhar.
Alguns podem até tentar,
Mas só conseguirão se autorizarmos
Ou dermos licença para tal.
A força que brilha em nós
É forte e soberana,
Sempre terá supremacia!
Alda M S Santos
GOLPES
Golpes: ensinamentos que só compreenderemos
A importância, o valor, a necessidade,
Quando nos levantarmos e olharmos para trás,
E vermos que, apesar de terem machucado muito e não doerem mais,
Nos tornaram quem somos:
Mais fortes, mais resistentes, mais sábios,
E, quem sabe, até mais felizes?
Enquanto isso, é se firmar e aguardar,
A sucessão de golpes se esgotar,
Tal qual flor que tudo recebe e sempre volta a brotar, a encantar…
Alda M S Santos