EM CASA, ONDE QUER QUE SEJA
No meio do mato, perdida na mata
Ouvindo os sons do silêncio
Em casa, onde quer que seja…
Numa estrada de terra, margeada de buganvílias
Sentindo o cheiro das cores intensas
Em casa, onde quer que seja…
Mergulhada nas águas de um rio gelado
Dependurada de ponta a cabeça numa árvore centenária
Em casa, onde quer que seja…
Numa casinha de pau a pique, numa barraca de lona
Num colchonete sob céu estrelado
Em casa, onde quer que seja…
Debaixo de uma tempestade, sem energia
Ouvindo o tamborilar das gotas insistentes na janela
Em casa, onde quer que seja…
Num jardim florido e colorido, entre abelhas e borboletas
Ouvindo as cigarras agitadas e o “motor”dos beija-flores
Em casa, onde quer que seja…
No deserto, numa região árida e seca, sob sol escaldante
Em busca de um oásis sonhado
Em casa, onde quer que seja…
A sensação de estar em casa em qualquer lugar
Surge quando estamos bem conosco mesmos
Quando acalmamos nossos gritos, fazemos as pazes com nossos silêncios
Nossa verdadeira casa é aquela que carregamos conosco
Como caracóis…
Se essa casa abala alicerces, trinca paredes, desmorona, em qualquer lugar nos sentiremos intrusos
Todos queremos estar sempre
Em casa, onde quer que seja…
Alda M S Santos
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