NO TRIBUNAL DO AMOR…
Parecia uma grande catedral e várias pessoas estavam sentadas em semi-círculos
Jovens e velhos, homens e mulheres, de todas as raças e classes
Religiosos, ateus, políticos, cientistas, pensadores e trabalhadores braçais
Apenas as crianças passavam direto por uma catraca
E a pergunta que estava gigante num telão era: o que você fez com sua vida?
A princípio, as pessoas ficavam num burburinho nervoso
Em seguida, silenciavam contritas
Novas perguntas se desenrolavam no telão:
Como você usou os dons divinos que recebeu?
Soube amar e proteger a sua família?
“Desinquietou” as famílias dos outros inserindo a discórdia, traição, desconfianças, medos, drogas?
Soube usar o amor como Eu lhes ensinei?
Muitas e muitas perguntas se desenrolavam…
E cada uma despertava desculpas ou auto-acusações nos presentes.
Choros, tristezas e arrependimentos de alguns
Revolta, rebeldia e autopromoção de outros
Uma imagem de puro amor surgiu no telão
Os olhos brilhavam e atravessavam as pessoas ali hipnotizadas
Olhos silenciosos: “nada precisam dizer, pois Eu conheço os vossos corações
Não há necessidade de desculpas, não necessita defesas, Eu os conheço!“
Uma mulher se levantou: “existe algo que possa jogar uma vida inteira de amor por terra?
Ou algo que possa salvar uma vida de discórdia?”
“Somente o se doar por amor, valorizar a vida, a família…”
Respondeu um homem mais velho, chorando…
Na balança desse tribunal não havia barganha
Mas o amor que se doou era “moeda” capaz de neutralizar certas coisas ruins…
Somente o amor poderia ser usado em defesa própria, somente ele! -concluíram.
As ações realizadas por amor, com amor, em favor do amor.
E cada qual teve seu próprio veredicto nesse tribunal.
Tudo que reinava e ficou ali foi a verdade e o amor…
Os demais foram embora!
Alda M S Santos
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