BRINCADEIRA DE CRIANÇA
Do inferno ao céu na Amarelinha de ontem
Aos desafios infernais da Baleia Azul de hoje
Dos contos de fadas e histórias de doces vovós
A vovós bruxas que torturam e aterrorizam netas
De corridas descalços e suados nas ruas
A uma tarde e noite hipnotizados em frente ao vídeo-game
De amigos reais que brigavam e se amavam
A amigos virtuais que nada de bom oferecem
De mães e pais que, presentes, castigavam e amavam
A pais permissivos e, quase sempre, ausentes
De uma cabeça leve, livre e ativa
A uma mente confusa, dependente e desequilibrada.
Dizem: “ah, não, morri”!
Não sabem o quanto isso tem sido literal!
Quero game-over, reiniciar…
Começando de umas cinco décadas atrás.
Alda M S Santos