NA CALADA DA NOITE
Tudo é silêncio, parece silêncio
Na escuridão o mal se agiganta
Medos e traumas antigos parecem maiores
Forças minam, a fé luta para prevalecer
Gatos miam, tomam o que julgam seu sobre os telhados
Gatas dão o que fingem “amarrar”
Cães ladram e tentam proteger o que parece perdido, ameaçado
Casais se amam, namoram sob os telhados
Uns nascem, renascem, outros matam, morrem
Munidos das mais variadas armas: brancas, de fogo, da confiança, da desesperança
Gatunos de colarinhos brancos, becas, batas, ternos
Disfarçados, vestidos de seres do bem, mascarados de “amor” e bondade
Invadem casas, veículos, escolas, igrejas, pessoas
Quebram janelas, estouram fechaduras, aproveitam uma fissura qualquer
Às vezes arrombam, outras são convidados a entrar
Nas TVs abertas ou fechadas, nas ondas do rádio, na web conquistam adeptos e seguidores
Pilham, roubam, amarram, matam
Amealham dia a dia tudo que se tem de bom
Sequestram o corpo, torturam a mente
Aliciam corações e almas carentes, sofridas
“Protegidos” pelas sombras o mal age calado
Na calada da noite…
Usurpam a vida, destroem sonhos
Roubam a inocência de infantes e adultos, ameaçam
Desestruturam famílias, passam-se por amigos, por anjos de Deus
Enquanto os anjos dormem…
Será que dormem?
Será que ainda haveria vida por aqui se não estivessem acordados, agindo?
Na calada da noite o mal se agiganta
Na calada da noite é que os anjos mais trabalham…
Na calada da noite não podemos nos calar
À luz do dia devemos nos fortalecer e gritar…
Alda M S Santos
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