PÃO DE MEIO
Pãozinho, “pão de sal”, pão de meio
Bisnaguinha, baguete, pão quentinho
Duas crianças correndo no caminho
Daquela padaria que era sua rotina
Uma paradinha e os nervosos dedinhos
Fazem um pequeno buraquinho
Nas pontas do pão tão cheiroso
Morno, recém-saído do forno
Fazem um oco no pão de meio
Que já não chega em casa tão inteiro
Levadeza, sapequice, que a mãe finge não ver
Pão com manteiga, com queijo
Recheado de lembranças e esperanças
Lembram abraço, carinho e beijo
Aconchego, família, colo, arrego
Acompanha uma história de vida
De avós, pais, filhos e netos
Escrita, sentida, falada ou declamada
Guardada, reservada ou aos quatro ventos lançada
É uma história de alimentos de amor
E o pãozinho sempre está ali
Dando um toque de calor, de união e frescor…
Alda M S Santos
outubro 25, 2020 at 9:33 am
Minha mãe jamais fingiria não ver… rsrsrsrs
CurtirCurtido por 1 pessoa
outubro 25, 2020 at 12:34 pm
Estevam, preferi não entrar em detalhes no poema, mas os minúsculos furos no saquinho de leite e o pão de meio que era enrolado com um papel ao centro e aquelas pontas convidativas para fora eram irresistíveis…
Mas… uns beliscões sempre rolavam… rsrs
CurtirCurtir