LIBERDADE

Busco a liberdade que almejo

Esse bem raro e precioso

Na simplicidade que me cerca

Deitar numa rede ou numa relva

Olhar para o céu e deixar-me levar

Soltar a mente, permiti-la voar junto àquele gavião

Viajar nos versos ternos de um poema

Ou na história triste de uma prosa.

Janelas do carro abertas, música invadindo tudo, vento nos cabelos

Pisar fundo e sentir que poderia voar pra bem longe, sem destino

Correr, dançar, soltar tudo que puder e quiser no papel

Embrenhar-me numa mata, respirar fundo, cheiro de mato

Cor de mato, sons do mato, encanto do mato…

Banhar-me lentamente num rio caudaloso, numa cachoeira, ou num chuveiro quentinho

Meus pensamentos e eu…

Encostar a cabeça nos joelhos, fechar os olhos e sonhar…

Nosso maior ato de liberdade permitido.

Que ninguém jamais poderá nos tirar…

Alda M S Santos