SEJA EMPATIA
Dor que se apresenta, se agiganta
Aperta o peito, fecha a garganta
Os olhos minam, a voz não sai
Não há um propósito, só um ai
Viver parece difícil, um descaminho
Passa a ver o fim como caminho
Não se vê importante, tudo dói
Ou é a indiferença que corrói?
E a pergunta persiste: para quê viver?
Mas nao quer morrer, quer entender
Buscar meios de fazer a dor desaparecer
Reencontrar por aqui a sensação de pertencer
Tanta dor, solidão e incompreensão
Falta afeto, carinho, audição
Ter alguém presente, mais que corpo
Que seja empatia, não olhe torto
A palavra, o olhar, o acolher são a cura
Do desejo de morte, fonte de amargura
Olhe seu entorno, para frente, para trás
Ofereça atenção, carinho, leve a paz
Quase sempre basta, é eficaz
Pois a vida é um bem que não se desfaz
#SetembroAmarelo
Alda M S Santos

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