NATURAL É QUERER VIVER…
O saudável é querer viver
O natural, até instintivo, é preservar a vida
A alegria em se renovar, em gerar brotos e buscar o sol
Em renascer em cores a cada decepção cinzenta
Em querer brilhar ainda que haja sombras
Em buscar oxigênio quando se sentir sufocar
Em estender raízes em busca de hidratação e nutrientes
Quando tudo parecer seco e sem esperanças
Perder umas folhas e galhos e manter raízes
É típico de tudo que vive, mesmo depois de parecer morrer …
O corpo se reabastece, fecha feridas, cicatriza, se fortalece
A mente se refaz em inúmeros circuitos, conecta-se com o bem
A alma resplandece de prazer, paz e luz
O coração clama por amor!
Uns momentos, horas, dias, temporadas de tristeza são normais
Talvez até necessários para tornar a vida mais valiosa
O que não é normal é desprezar o viver
Fazer dele um tanto faz como tanto fez
O que não é natural ou saudável é preferir o morrer
Isso é patológico, carece tratamento, não é fraqueza
É uma doença das mais cruéis: a da alma
Lutar pela vida é dever de todos nós
Pela nossa e pela dos outros que nos são caros
Ou simplesmente que estão por perto…
Somos todos responsáveis!
Alda M S Santos
#setembroamarelo💛
COMO VAI VOCÊ?
CVV- Como vai você?
O ouvido amigo, a palavra atenciosa
A doce “presença”, a parceria, a empatia
Num momento de nostalgia, tristeza, apatia
Quando a força mina, falta a energia
Como vai você?
Eu estou aqui para ouvir
Não quero julgar, tampouco remir
Quero que enxergue saídas para o agir
E boas razões para seu existir
Como vai você?
Há solidão, não há para quem dizer
Aquilo que te faz sofrer?
Ou se as companhias que tem não são o melhor ouvido
Conte comigo, posso ser um ouvido amigo
Aquele que talvez te faça encontrar um bom abrigo
Como vai você?
Não se feche, fale do que te incomoda
A cura talvez esteja aí, no silêncio que te sufoca
Que te fere a alma como uma broca
CVV- como vai você?
Conversar pode ser o caminho para se refazer
Para te levar de volta até você!
Alda M S Santos
Homenagem ao CVV- Centro de Valorização da Vida-188 cvv.org.br
SEJA EMPATIA
Dor que se apresenta, se agiganta
Aperta o peito, fecha a garganta
Os olhos minam, a voz não sai
Não há um propósito, só um ai
Viver parece difícil, um descaminho
Passa a ver o fim como caminho
Não se vê importante, tudo dói
Ou é a indiferença que corrói?
E a pergunta persiste: para quê viver?
Mas nao quer morrer, quer entender
Buscar meios de fazer a dor desaparecer
Reencontrar por aqui a sensação de pertencer
Tanta dor, solidão e incompreensão
Falta afeto, carinho, audição
Ter alguém presente, mais que corpo
Que seja empatia, não olhe torto
A palavra, o olhar, o acolher são a cura
Do desejo de morte, fonte de amargura
Olhe seu entorno, para frente, para trás
Ofereça atenção, carinho, leve a paz
Quase sempre basta, é eficaz
Pois a vida é um bem que não se desfaz
#SetembroAmarelo
Alda M S Santos
SEJA EMPATIA
Dor que se apresenta, se agiganta
Aperta o peito, fecha a garganta
Os olhos minam, a voz não sai
Não há um propósito, só um ai
Viver parece difícil, um descaminho
Passa a ver o fim como caminho
Não se vê importante, tudo dói
Ou é a indiferença que corrói?
E a pergunta persiste: para quê viver?
Mas nao quer morrer, quer entender
Buscar meios de fazer a dor desaparecer
Reencontrar por aqui a sensação de pertencer
Tanta dor, solidão e incompreensão
Falta afeto, carinho, audição
Ter alguém presente, mais que corpo
Que seja empatia, não olhe torto
A palavra, o olhar, o acolher são a cura
Do desejo de morte, fonte de amargura
Olhe seu entorno, para frente, para trás
Ofereça atenção, carinho, leve a paz
Quase sempre basta, é eficaz
Pois a vida é um bem que não se desfaz
SetembroAmarelo
Alda M S Santos
COMO VAI VOCÊ?
CVV- Como vai você?
O ouvido amigo, a palavra atenciosa
A doce “presença”, a parceria, a empatia
Num momento de nostalgia, tristeza, apatia
Quando a força mina, falta a energia
Como vai você?
Eu estou aqui para ouvir
Não quero julgar, tampouco remir
Quero que enxergue saídas para o agir
E boas razões para seu existir
Como vai você?
Há solidão, não há para quem dizer
Aquilo que te faz sofrer?
Ou se as companhias que tem não são o melhor ouvido
Conte comigo, posso ser um ouvido amigo
Aquele que talvez te faça encontrar um bom abrigo
Como vai você?
Não se feche, fale do que te incomoda
A cura talvez esteja aí, no silêncio que te sufoca
Que te fere a alma como uma broca
CVV- como vai você?
Conversar pode ser o caminho para se refazer
Para te levar de volta até você!
Alda M S Santos
Homenagem ao CVV- Centro de Valorização da Vida-188
PRECISAMOS FALAR DE DOR
Eles podem estar chorando
Mas também podem estar aí sorrindo, tentando
Podem estar dentro do quarto, alheios
Mas podem estar dentro de si mesmos, aí no seu meio
Podem estar gritando em silêncio sua dor
E nós não termos jeito para lidar com amor
Podem estar flertando com a morte
Não vendo na vida nenhum pouco de sorte
Não é fraqueza, não é frescura,
É patologia, é doença, precisa tratamento
É dor que tem no amor e atenção parte da cura
É não sentir da vida a beleza, a candura
É querer sumir para um universo paralelo
Onde não sinta mais tanto medo, tanto flagelo
A morte é natural, faz parte da vida
Mas desejá-la não é normal
O setembro amarelo é para sensibilização
Podemos salvar um irmão
Vamos buscar informação?
Alda M S Santos
QUANDO NADA TEM GRAÇA
O setembro é amarelo, amarelo-alerta
Alerta para um mundo cinzento e frio
Onde falta fome para poder se alimentar
Ânimo para se levantar, coragem para reagir
Não há desejo ou prazer para a vida colorir
Não há passado, não há futuro
Somente um presente pesado, frio, solitário e duro
Do qual o único desejo é fugir
Escapar desse mundo tão sofrido, sumir
Não falta Deus, não falta fé
Não falta o que fazer, falta tesão de viver
Sobra dor… e a fuga torna-se atraente, uma possibilidade
Para dentro do quarto, para dentro de si mesmo
Cada vez mais fundo mergulhar, total imersão
Encolhido e sufocado na própria depressão
Até a dor atingir o limite máximo, a exaustão
Aquele em que o instinto de sobrevivência falha
Nesse ponto nem sempre há como pedir ajuda, a dor estraçalha
O autoextermínio parece ser o fim do que machuca
É preciso que o mundo do entorno perceba
E resgate essas pessoas dessa morada escura
Que leve a um tratamento, busque a cura
Que possa devolver o prazer, a luz, o desejo de viver…
Já reparou nas pessoas que choram, se isolam, ou até sorriem a sua volta?
Podemos salvar uma vida em cinza, devolver a cor!
Podemos ser da vida o amor!
Viver deve ter graça, ser algo especial
Setembro Amarelo, porque querer morrer não é natural!
Alda M S Santos
#setembroamarelo
A AUSÊNCIA DE NÓS
Depressão é não sentir presente
O aliado que nunca poderia faltar: nós mesmos
Aquele sem o qual todos os outros perdem o valor
A ausência de nós mesmos nos impede de identificar outras presenças
Muitas vezes, e inclusive, a presença da vida
Depressão nos rouba de nós mesmos
Nos faz nos desconhecer
É o roubo mais cruel que pode haver
É retirar o fluido vital, a alegria, a satisfação, o prazer
De um corpo que insiste em ficar de pé sem combustível
Mas age robótica e mecanicamente
Curar um depressivo é encontrar e devolver a ele
Esse fluido essencial que não se sabe onde está ou para onde foi
Perdido dentro de si mesmo…
Alda M S Santos
#setembroamarelo
#prevencaoaosuicidio
#disque188
NATURAL É QUERER VIVER…
O saudável é querer viver
O natural, até instintivo, é preservar a vida
A alegria em se renovar, em gerar brotos e buscar o sol
Em renascer em cores a cada decepção cinzenta
Em querer brilhar ainda que haja sombras
Em buscar oxigênio quando se sentir sufocar
Em estender raízes em busca de hidratação e nutrientes
Quando tudo parecer seco e sem esperanças
Perder umas folhas e galhos e manter raízes
É típico de tudo que vive, mesmo depois de parecer morrer …
O corpo se reabastece, fecha feridas, cicatriza, se fortalece
A mente se refaz em inúmeros circuitos, conecta-se com o bem
A alma resplandece de prazer, paz e luz
O coração clama por amor!
Uns momentos, horas, dias, temporadas de tristeza são normais
Talvez até necessários para tornar a vida mais valiosa
O que não é normal é desprezar o viver
Fazer dele um tanto faz como tanto fez
O que não é natural ou saudável é preferir o morrer
Isso é patológico, carece tratamento, não é fraqueza
É uma doença das mais cruéis: a da alma
Lutar pela vida é dever de todos nós
Pela nossa e pela dos outros que nos são caros
Ou simplesmente que estão por perto…
Somos todos responsáveis!
Alda M S Santos
#setembroamarelo
SOCORRO
“Socorro! Help-me!”
Quantos pedidos de socorro ouvimos, atendemos
Quantos ignoramos, não entendemos?
Nem sempre tão traduzidos assim em palavras
Uns muito óbvios, gritados, implorados, verbalizados claramente,
Telefonemas, mensagens, bilhetes, lágrimas
Outros calados nos lábios, gritados nos olhos, nas ausências, no silêncio, nos vícios
Nas mudanças de comportamento, na depressão…
E notamos apenas em retrospectiva, quando algo grave ocorre
Como uma tempestade que dá muitos sinais antes do aguaceiro desabar e inundar tudo
Nuvens negras, raios, trovões, vendavais
E corremos a procurar abrigo…
Sabemos dos estragos de outros tsunamis!
Tempestades internas se formam perto de nós
Dentro daqueles que amamos, dentro de nós
E não somos tão astutos para fechar as janelas, recolher as roupas, desviar, fugir, nos preparar
Muitas vezes, sem perceber, nos expomos, deixamos que se exponham a elas
Não nos atentamos para os pedidos de socorro, os alertas do tempo…
A meteorologia pode ser uma boa aliada se quisermos salvar vidas!
Alda M S Santos
Foto: Everaldo Alvarenga