PARA VER MELHOR

Está escuro e cinzento lá fora
Em pequenas gotas o mundo chora
Insistente desagua, sem demora
Parece não se preocupar com a hora

Tons de cinza de outras cores apagam nuances
Mexe com nosso interior, questiona alguns lances
Que há no cinza lá fora, no exterior
Que insiste em também acinzentar o interior?

Caminho por minhas trilhas internas
Umas já conhecidas, desbravadas
Outras ainda virgens a serem desvendadas

Fecho os olhos para ver bem e melhor
A pele arrepia, sinto a energia, a poesia
E mergulho em mim mesma, sonhos de magia

Alda M S Santos