A IMINÊNCIA DA PERDA
É na iminência da perda
Que enxergamos o que possuímos
É na possibilidade do fim
Seja ele do que ou de quem for
Que encontramos a humildade
É na incapacidade de lidar com a falta
Que a fartura ou presença se impõem, se valorizam
É na imaginação da destruição ou inexistência do habitual
Que percebemos que não somos indestrutíveis, que não somos infinitos
Aquela mania de notar apenas a parte vazia
Desaparece mediante o esvaziamento da parte cheia
A consciência de nossa finitude, paradoxalmente
É que nos torna capazes de nos eternizar…
Alda M S Santos
dezembro 21, 2018 at 9:52 pm
Desaparece mediante o esvaziamento da parte cheia… que verso realista e profundo…
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dezembro 21, 2018 at 10:02 pm
Muito verdadeiro! Obrigada!
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