Há exatos 194 anos D. Pedro I deu o famoso grito de Independência ou Morte, às margens do rio Ipiranga, libertando o Brasil do jugo de Portugal. Sabemos bem que tal independência foi apenas para alguns segmentos abastados da população da época, e que até hoje somos dependentes política, econômica e financeiramente de nações mais desenvolvidas.
Isso apenas nos mostra que ser independente não é tarefa tão simples. Não basta um brado de independência ou morte. Somos nações e indivíduos interligados em vários setores.
Ser independente é ter liberdade de escolha, onde quer estar, com quem quer estar, o que fazer, onde fazer? Poder dizer sim ou não, prestando contas apenas à nossa consciência? Seria.
Porém, viver em família, em sociedade exige de nós tal satisfação e dependência. Nunca estaremos independentes das opiniões e desejos alheios. Mesmo que nos tornemos ermitões, vivendo isolados numa montanha gelada, ainda seremos dependentes das condições climáticas para termos alimento, aquecimento, etc.
Com o tempo, nos libertamos um pouco das opiniões alheias, preocupamo-nos mais com nossa consciência, mas daí a sonhar com “liberdade” total é associá-la à solidão. Sempre seremos dependentes daqueles que amamos. Enquanto nosso coração for morada do outro ou habitarmos em corações alheios, seremos dependentes.
Nesse 7 de setembro, em verde e amarelo, azul, rosa ou vermelho, qual o brado que nos caberia? Qual o brado do nosso coração? Esse é nosso grito de “independência”!
Alda M S Santos
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