SEM SABER O PORQUÊ

Quando o peito aperta sem saber o porquê
Se tudo parece nublado sem razão de ser
A energia fica seca como areia no deserto
E nem se sabe se quer alguém por perto

Que se pode fazer?

Falta uma conexão importante, especial
Desejo de embrenhar no fundo do quintal
Em meio às folhas e galhos pós-vendaval
Ali parece ser acolhedor,  nada convencional

Que se pode fazer?

Um vazio que, paradoxalmente, é pesado
Uma angústia que nos deixa à parte, de lado
Questiona-se a razão de tudo isso aqui
E bate um desejo grande de partir

Que se pode fazer?

A vida vai sempre ensinando o caminho
Mostrando por onde seguir, mesmo sozinho
Abrindo trilhas em nossas matas fechadas
Se possível, levando boas almas aliadas

Assim, talvez, se encontre a razão de ser
E, finalmente, se saiba o que fazer…

Alda M S Santos