OLHE PARA MIM
Olhe para mim, mas olhe devagar
Preste atenção, demore-se…
Olhe e me enxergue verdadeiramente como sou
Um alguém que precisa de você, de carinho e atenção
Não me deixe ir embora, silenciar
Não quero fugir para dentro de mim, me afastar
Quero estar com você, sentir você
Sentir-me uma pessoa amada…
Não quero mergulhar no meu mundo
Quero fazer parte do seu mundo também
Sinto-me só, um ninguém nesse mundo
Do qual tantas vezes quis ir embora
Nesse seu mundo tão “perfeitinho” sinto-me um nada
Olhe para mim! Me abrace!
Por favor, me enxergue, faça-me ver propósito nessa vida
Que eu possa ser importante, necessária ao menos pra você
Preocupe-se comigo, me imponha limites de amor e cuidado
Olhe para mim!- é o grito silencioso de tantas crianças e jovens
Ao se rebelarem, enfurnarem-se no quarto
Quebrarem regras, ultrapassarem limites
Tantas vezes têm “tudo”, mas falta-lhes o essencial
Sentir-se alguém no mundo de alguém
Falta amor em atitudes simples
O amor é que nos faz ter prazer no viver
Aquele amor demonstrado no cuidado e atenção diários
O amor é que impede que tantos queiram acabar com a vida, com o inexistir
“Olhe para mim!”
Alguém perto de nós está gritando esse pedido…
Prestemos atenção!
Alda M S Santos
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