MISÉRIAS HUMANAS
Medo: a maior de todas as misérias humanas
Se bem dosado nos protege, sem medidas nos assombra
Medo de ser assaltado, de adoecer, de ser traído, de perder alguém querido
Medo de não conseguir proteger o amor, a vida, de causar a dor, o mal
Capaz de nos confundir, distorcer fatos, embaralhar memórias, criar incapacidades e fantasmas
Leva-nos a duvidar de nossas forças, de nosso eu, a fantasiar monstros ultra poderosos
Em nome dele acabamos desconfiando de tudo, imaginando e legitimando barbáries
E o pior, fazendo acepção de pessoas, excluindo o diferente de nós que nos enriqueceria
Desacreditamos do poder do amor puro, universal, fraterno, do perdão
Vemos Deus sob a nossa ótica humana limitada, medrosa, culpada e distorcida
Aquele que julga e castiga cruelmente nossas falhas, nossos erros
O medo que venda nossos olhos, que nos paralisa, impede de ver toda a natureza do entorno, nossa natureza, é uma armadilha atroz
É extremamente negativo, afasta-nos do melhor de nós:
Nossa capacidade de confiar e amar, de recomeçar com esperança
Essa é a face contraditória do amor
O medo de sermos dele privados nos distancia bastante de sua essência gratuita, incondicional
O medo de perder, de ser julgado e condenado, nos condena por antecipação
Nos afasta de Deus, do amor…
E, lamentavelmente, isso já é a própria condenação!
Alda M S Santos
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