A ÚLTIMA CARTA
Lembra-se do que escreveu naquela última carta
Sem saber que seria a última?
Lembra-se daquele abraço, daquele sorriso
Sem ter consciência que não haveria outros?
Lembra-se de um simples tchau, um até mais, sem saber que eram um adeus?
Lembra-se das gargalhadas perdidas, brigas tolas
Sem considerar que poderia se arrepender, sentir tanta falta?
Se não houver mais chance
Dizemos o que queríamos ao escrever,
Abraçar, sorrir, brigar, nos despedir, amar?
A marca derradeira foi a que gostaríamos de ter deixado?
A memória pode falhar, o outro faltar, empecilhos mil surgirem
A vida se esvair como fumaça no céu
Quantos “últimos” e saudosos momentos temos vivido?
Haverá tempo de reviver alguma coisa?
Oportunidade para uma última carta?
Bom mesmo seria não esperar pela última carta
Mas sempre “escrever” como se fosse a última…
Alda M S Santos
fevereiro 27, 2018 at 5:25 pm
Que bom seria se vivêssemos na consciência de que o amanhã pode não existir, e nunca deixássemos para amanhã o que podemos perdoar hoje, abraçar hoje, tocar hoje, beijar hoje, dizer todos os Amo-te que sentimos…
CurtirCurtido por 1 pessoa
fevereiro 27, 2018 at 5:45 pm
Exatamente! Faço trabalho com idosos em asilos e vejo isso constantemente, mas nem precisa ir muito longe para saber que esses são os maiores arrependimentos dos que muito viveram. E não poder desfazer ou refazer algo é muito triste! Obrigada pela visita! 🙏
CurtirCurtido por 1 pessoa
fevereiro 27, 2018 at 6:47 pm
CurtirCurtido por 1 pessoa
fevereiro 27, 2018 at 7:37 pm
Como diz uma canção : “hoje é o primeiro dia / do resto da tua vida…”
HOJE é que o dia para tudo o que é essencial na nossa vida…
Mais uma vez gostei muito de seu poema. Parabéns !
CurtirCurtido por 1 pessoa
fevereiro 27, 2018 at 8:09 pm
É o primeiro, pode ser o último, o único que é certo… Mais uma vez, obrigada!
CurtirCurtido por 1 pessoa