ENXURRADA
Desce os morros, nos cantos, a princípio
Espalha-se pela rua toda, clara em alguns pontos
Muita água corre nessa enxurrada
Está tão suja, barrenta!
Veio lavando muita sujeira pelo caminho
Ainda assim, parece convidativa
Uma enxurrada, ou desperta a criança em nós,
Desejo de andar naquelas águas, molhar-se, molhar o outro, dar gargalhadas
Ou desperta um adulto frustrado e triste, resmungão
Daqueles que têm medo e nojo de tudo, amargurados
Sob o risco de contaminação por uma doença qualquer
Ainda prefiro ser o adulto/criança que brinca na enxurrada
A ser aquele adulto que já matou a criança em si
E sofre de uma outra patologia mais grave: o medo de viver…
Alda M S Santos
fevereiro 20, 2018 at 7:46 pm
Nada como um banho de chuva, vive-se muitas aventuras! Parabéns amiga, naveguei nas suas palavras.
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fevereiro 20, 2018 at 7:52 pm
Chutando água uma na outra e dando gargalhadas! Obrigada pela “. companhia “rsrs
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