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poemas e reflexões da vida cotidiana

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Quando a noite cai

QUANDO A NOITE CAI…

Finalização ou recomeço, o que a noite traz?
O que ela nos inspira, o que nos faz?
Um céu infinito, uma grande tela pintada
Lua e estrelas que atiçam a alma apaixonada

Quando a noite infinita cai dia após dia
Planta esperança de algo novo, boa energia
O coração se agiganta, se aquieta ou se agita
Pede paz, pede amor, um desejo lá dentro grita

Acordados ou dormindo, os sonhos desfilam
Na mente de cada um, como estrelas cintilam
Entre real e irreal muitas vontades oscilam

Quando a noite cai ou o dia se despede
Um viver sem tantos ais é o que a gente pede
Mais amor, mais magia, algo que não se mede

Alda M S Santos

Uma fogueira

UMA FOGUEIRA

Uma noite escura atiçando o pensamento
Estrelas piscando no firmamento
Ar gelado, escondem-se as criaturas
Recolhimento e avaliação, falta ou fartura?

Muita lenha, friozinho pedindo uma fogueira
Conversa boa, ficar de zoeira, de bobeira
Saborear marshmalow aquecido na brasa
Bochechas rosadas, risadas, alma em casa

Momentos simples que aquecem a emoção
Preenchendo instantes de brincadeiras, união
Uma música cantada, tocada num violão
Desafinados, não importa, faz bem pro coração

A vida não precisa de muito para ser feliz
Basta que a gente se disponha a ser aprendiz
O cardápio que ela oferece é substancial
Fazer a escolha certa é essencial

Alda M S Santos

Anoitece,amanhece

ANOITECE, AMANHECE

Esquenta, esfria, na solidão ou na companhia
O tempo exige da gente mais calor e energia
Coração repleto, a mente viaja, ora cheia, ora vazia

Anoitece, amanhece, a vida desperta a emoção
Se há luz em nosso coração
Fica para trás qualquer escuridão

A imaginação é especial, nosso ponto forte
Trilhas e caminhos diversos até encontrar um norte
Entre sorrisos e lágrimas, o amor se apresenta, melhor suporte

Nesse constante vai e vem, sobe e desce
Tantas vezes corpo e mente padecem
Mas a vida é soberana, a alma resplandece

Alda M S Santos

Quando a vida escurecer

QUANDO A VIDA ESCURECER

Quando parecer não haver mais caminho
O mato tomar conta das trilhas, sentir-se sozinho
Quando o Sol lá fora não nascer, o interno esfriar
Urge fazer brotar a esperança, o mundo não pode acabar

Quando as lágrimas ocuparem todo o espaço
Embaçando o olhar, nublando, na alma um inchaço
É preciso se abrir para o sorriso que se apresentar
Nosso rosto pode ser para ele um bom lugar

Quando a chuva for o que o dia oferecer
E buscarmos proteção, fugir, correr
Bom seria uma nova avaliação dessa situação
Talvez dançar nela seja o que precisa o coração

Quando parecer que a dor tomou conta
Tudo que acontece parece ser à vida uma afronta
Necessário é rebater e fazer eco ao amor
Um fiozinho dele só, pode alastrar em nosso interior

Quando a vida se fizer noite, escurecer
O desejo for de desistir ou se recolher
Que possamos nos cobrir com um grande manto
Um edredom de Lua e estrelas para acalmar nosso pranto

Alda M S Santos

Dia ou noite?

DIA OU NOITE?

Tudo faz parte do mesmo cenário
Maravilha  noturna, encanto diário
A mesma beleza, a mesma paisagem
Qual possui mais atraente roupagem?

Tudo depende do olhar que se tem
A observar o dia e a noite também
Sob o luar e lindo céu estrelado
A beleza misteriosa, encanta os enamorados

Sob o brilho do sol, a brisa suave
A mesma magia em ondas,  essa é a chave
Gosto desse leve  e belo transitar
Do dia ensolarado para a noite de luar

O Criador fez tudo com perfeição
Colocou tanto por aqui para nossa diversão
Cuidar, proteger,  preservar, reverenciar
Essa é nossa missão, nosso modo de amar

Alda M S Santos

Noite nublada esconde segredos

NOITE NUBLADA ESCONDE SEGREDOS

Noite nublada que leva à introspecção
Esconde segredos, atiça a emoção
Desejo de um mundo bem acolhedor
Que seja mais terno, menos julgador

A Lua não apareceu, noutro canto se escondeu
Os amantes cansados buscam seu apogeu
As estrelas cadentes já não inspiram pedidos
O Sol claro, quente até a aurora estará  sumido

Lá fora está tenso, nebuloso, escuro
Há entre esses dois mundos um muro
Cá dentro tento manter acesa minha luz
Bem forte apontando o norte que me conduz

Segredos são benção ou perdição
Quem determina é a atitude, a ação
Em dias claros ou noites nebulosas
É a sabedoria da alma que faz a vida mais valiosa

Alda M S Santos

Quando a noite cai

QUANDO A NOITE CAI

Quando a noite cai, lentamente

Seguindo a ordem natural das coisas

Depois de um dia que se foi, meio dormente

Tudo tem cara de continuidade

Não dá pra pedir que o dia volte

Talvez torcer para que outro amanhã chegue rapidamente

Quem sabe a gente possa ser mais sábios

E fazer do novo dia algo mais envolvente

Quando a noite cai, aparentando o fim

É que a sensação de falta se torna mais aparente

E com ela a necessidade de tudo resolver

Nada deixar para depois, tudo se torna urgente

Quando a noite cai, lenta no horizonte

O melhor a se fazer é recebê-la, calmamente

Aprender com as certezas da aurora e do anoitecer

Que a vida se renova todos os dias, à nossa revelia, impreterivelmente…

Alda M S Santos

Sem plano de voo

SEM PLANO DE VOO

Na escuridão da noite que chega lentamente

Ela se despede temporariamente do sol

Tenta encontrar novas luzes brilhantes

Reacender outras já meio apagadas

Um vagalume que aparece meio receoso, certo de seu caminho

Mesmo sem plano de voo

Vênus que se apresenta radiante ao longe no céu

A Lua, orgulhosa e bela, que inspira os amantes

Mas também, solidária, acolhe os solitários

Quase pode ouvir o som de cada estrela que brilha no firmamento

Concentra-se nos sons diferentes do anoitecer

Esfria, abraça a si mesma se aquecendo

Fecha os olhos e, como os cegos, vê com o olfato, com a audição

Enxerga as doces lembranças guardadas na escuridão dentro de si, revive

Como vagalume, está acostumada a acender-se e enxergar a vida no escuro

Inspira fundo, expira, respira, suspira

Tenta não pirar…

Segue…não há necessidade de plano de voo

O destino é um só, o caminho a gente cria

Sabe que a luz é mais valiosa onde antes foi escuridão…

Alda M S Santos

Estrelas

ESTRELAS

Deite-se sem medo!

Na relva fria no campo, na areia úmida da praia, na rede na varanda

Na laje de casa, na cobertura de um arranha-céu, num banco da praça

Sozinho ou acompanhado, não importa…

E olhe para o céu, para as estrelas, para a imensidão além de nós…desconhecida

Sempre pensamos nas pessoas que amamos e se foram, “viraram estrelinha”

Sempre procuramos uma estrela cadente para fazer um pedidos

A cada vez tudo é diferente, nova posição, mais ou menos brilho

Sensação intensa, louca de alçar voo, subir, subir…

Alcançar aquela maravilha toda, aquele brilho, aquelas vidas…

Será que elas também nos observam de lá, que também querem nos abraçar?

Quantas estrelas temos a brilhar do lado de lá?

Alda M S Santos

Foto: Everaldo Alvarenga

Na madrugada

NA MADRUGADA

Ausência de luz, a cidade descansa

Sombras escuras se agigantam nas luzes artificiais

Shshshshsh, silêncio total

Crianças, jovens, famílias inteiras adormecidas

Os males, o medo, parecem muito maiores na madrugada…

Escondidos durante o dia, disfarçados na luz, de luz

Buscam os desprevenidos…

À noite parecem ganhar força

Sorrateiros, entram em lares, nas pessoas, nos corações

Se escondem, disfarçam, crescem, assustam

Invadem, arrombam, pilham, roubam,

Bens materiais, a família, a paz, o sossego, a vida…

Distraídos, por descuido ou enganados,

Muitas vezes cedemos a chave

Sonhos, pesadelos e realidades se misturam

E nossos anjos têm muito mais trabalho para nos salvar

Inclusive de nós mesmos

De nossa “escuridão” interior…

Mostrando que a luz é mais forte

E brilha imperiosa como o sol da manhã

Para aqueles que a querem ver…

Alda M S Santos

O lado escuro da noite

O LADO ESCURO DA NOITE
O lado mais escuro da noite não está lá fora
Ele fica dentro da gente, na nossa inconsciência.
É escuro quando a gente entra sem querer
É perigoso e triste quando não conseguimos sair.
Tudo é sombrio, atemorizante, aterrador…
Mesmo assim a gente luta, a gente enfrenta,
A gente não se acovarda, corre se precisar,
Foge se acreditar que é a melhor saída.
Amigos viram inimigos, cruéis, incapazes de ajudar,
Inimigos tornam-se piores ainda.
O real não existe, o irreal toma conta, lágrimas, idem.
Até que a luz retorna, a consciência volta, o fôlego também.
Até a próxima noite escura…
Até quando?
Alda M S Santos

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