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poemas e reflexões da vida cotidiana

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Sobre Eles

Afinidades

AFINIDADES

Interessante como algumas pessoas são para nós mais transparentes: decodificamos suas palavras, a escolha delas, se muitas ou poucas, olhares ou o desvio deles, simples atos, expressões corporais, jeito de andar, e até mesmo o silêncio, principalmente o silêncio, mesmo que de longe. 

Alegrias, tristezas, preocupações, angústias, mágoas, ciúmes, admiração, desejo, amor, nada nos passa despercebido.

Enquanto outras são verdadeiras incógnitas. Podem passar a vida ao nosso lado e serem sempre indecifráveis, fechadas em concha, intransponíveis. Por mais que façamos, o que conseguimos não é confiável. 

Claro que há diferenças de personalidade, características individuais, estilos de vida. Mas é algo além disso. 

Certo também é que essa relação é construída, é uma via de mão dupla, tem que haver reciprocidade. Mas, principalmente, penso que o que determina essa relação é a afinidade das almas. A atração exercida por essa afinidade que gera amor, carinho, amizade. 

Consequentemente, o desejo de compartilhar tudo que somos ou temos. 

Nesse caso, não há necessidade de muitas explicações.

A gente vive e agradece a grande oportunidade. 

Amigos, amores, almas afins não são para qualquer um. 

Alda M S Santos

O que cresce? 

O QUE CRESCE? 

Tudo, tudo mesmo nasce pequenininho. Começa com uma semente, uma raiz, galhos, folhas, frutos…

Até virar uma frondosa árvore, linda, desejada ou não, difícil de conter. 

Às vezes nasce o que não plantamos, mas para crescer é preciso regar, adubar, cuidar. 

É assim com plantas benéficas, mas com as daninhas também. 

Não é diferente com as situações, com os sentimentos, nossas vivências.

Aquela depressão começa com uma tristeza, aquela doença com uma febre, aquela apatia com uma simples preguiça, aquela raiva com uma mera implicância, aquela aversão com uma pequena antipatia, aquela amizade com uma atenção, aquela desconfiança com um leve ciúme ou insegurança, aquele amor com um carinho desinteressado. 

É preciso que estejamos atentos para regar, adubar e alimentar em nós somente o que queremos que cresça, tenhas fortes raízes, troncos firmes, lindas flores, frutos saborosos…

Depois da árvore frondosa, cultivar é fácil, cortar torna-se muito mais complicado. Arrancá-la causa danos ao terreno, ao seu entorno, a outras árvores e seres viventes, e sempre deixa marcas insuperáveis. 

Cuidemos do que andamos cultivando em nós! 

Alda M S Santos 

Amar é errar

 AMAR É ERRAR

Amar é errar quando queremos que o outro seja a personificação dos nossos desejos.

Amar é errar quando projetamos no outro todos os nossos sonhos, mais ainda quando exigimos a mesma projeção. 

Amar é errar quando perdemos nossa individualidade, mas é erro maior quando retiramos do outro a sua individualidade.

Amar é errar quando tomamos posse do outro, quando invadimos sua intimidade, quando não confiamos. 

Amar é errar quando exigimos exclusividade de tempo, espaço, pensamentos e ações. 

Amar é errar quando as tristezas, dores, culpas ou arrependimentos são maiores que as alegrias. 

Amar é errar quando impomos condições para amar, quando amamos apenas as qualidades do outro.

Amar é viver, viver é errar, aprender…

Amar é ser humano, ser falho, ser imperfeito. 

Apenas o amor divino é perfeito! 

Mas podemos buscar um amor mais profundo e verdadeiro, que sangre, que chore, que sofra, mas que sobretudo, gere alegrias e crescimento, para si e para o outro. 

“Amor-perfeito é flor”, linda, mas é flor! 

O amor é lindo em suas imperfeições e possibilidades! 

Sou imperfeita, erro e amo! E amo muito! 

Alda M S Santos 

Ainda não sei

AINDA NÃO SEI…
Ainda não sei…
Sou apenas um ser errante perdido nessa galáxia. Talvez fosse perfeita noutra dimensão.
Ainda não sei …
Se inferior ou superior a esta. Sei apenas que tantas vezes me sinto perdida por aqui.
Ainda não sei…
Sobra-me algo? Falta-me algo? Sei apenas que minha “kriptonita” não vale de nada por aqui, exceto como arma contra mim mesma.
Ainda não sei…
Tantas diferenças com meus iguais, tantas semelhanças com meus desiguais!
Onde está o “erro”?
Ainda não sei…
Igualo-me a eles? Peço que se igualem a mim?
Ainda não sei…
Precisamos ser iguais?
Sei apenas que não saber, dói! Angustia!
Mas sei de uma coisa importante: sendo ou não daqui, é aqui que estou.
Enquanto estiver por aqui, darei o melhor de mim. E tentarei obter o melhor dos outros.
Alda M S Santos

Barreiras emocionais

BARREIRAS EMOCIONAIS
Ao longo de nossas vidas, para nos protegermos dos outros ou de nós mesmos, vamos criando barreiras que cerceiam nossa natureza, nossas emoções, nosso modo de ser.
Alguns de nós mudam tanto que já nem se reconhecem. Somos apenas cópias autenticadas uns dos outros. Originalidade zero. Para agradar a todos, deixamos de ser nós mesmos, nos afastamos de nossa essência.
Existem barreiras e diques que formamos com bases tão fortes, tão resistentes, tão impregnadas que já foram absorvidas, são parte de nossa razão e acabam por estagnar as águas de nossas emoções…
Água parada não tem muita vida. Até parece bela, mas pode putrefar, não se renova, não circula o oxigênio que alimenta a vida que a mantém.
Barreiras e diques são importantes para haver um certo controle emocional, possibilitar nosso crescimento como seres humanos, evitar grandes estragos, mas é preciso manter ativos os vertedouros e abrir um pouco as comportas vez ou outra.
Nossos familiares e amigos mais próximos são essenciais e excelentes vertedouros.
Vamos usá-los! Uma barreira ou dique que se rompe, dependendo do momento, deixa ir embora muita coisa boa.
Alda M S Santos

Quando olho pra você

QUANDO OLHO PRA VOCÊ
Quando olho pra você, enxergo a tristeza além do sorriso de capa de revista.
Quando olho para você, além dos passos trôpegos, caminhar vacilante, enxergo um objetivo, um destino.
Quando olho pra você, enxergo o que a alma diz em silêncio, não apenas o que a boca fala desenfreadamente.
Quando olho pra você, vejo além de um corpo com imperfeições, enxergo um coração que sabe amar.
Quando olho pra você, não vejo apenas um ser humano qualquer, procuro ver uma obra de Deus!
O que vês quando olhas para mim?
Sou apenas uma obra do Criador que busca melhorar a cada dia.
Simplesmente.
Alda M S Santos

Só tem amor quem sabe amar “

“SÓ TEM AMOR QUEM SABE AMAR”
Quantas vezes na vida nos entristecemos, choramos, lamentamos um amor ofertado e não devidamente recebido, valorizado ou correspondido? Isso nos acontece desde a infância, quando nosso amigo preferido escolhe brincar com outro e ficamos emburrados.
Aprendemos? Não. Apenas aprimoramos o modo de lidar com a dor e a frustração para que não nos derrube.
Disfarçamos, buscamos outros interesses, olhamos para frente, tentamos ignorar aquela angústia lá no fundo de nós e partir para outra.
Por isso tantas pessoas mudam, tornam-se amargas, fechadas, desconfiadas, inseguras, resistentes ao amor e às demonstrações de carinho e afeto. É a autoproteção.
Outras, porém, permanecem do mesmo jeito. Amam, se entregam, demonstram carinho, são sinceras, sensíveis.
Não importam os envolvidos no ato de amar: entre pais e filhos, entre irmãos, entre amigos, entre casal.
Até podem sofrer por um tempo, mas percebem, sabiamente, que quem ama nunca perde. O amor é sublime, soberano, mágico. Quem o sente é privilegiado. Quem não soube receber é que ficou no prejuízo.
Nunca lamentemos por amar! A vida sem amor é vazia e seca. Não tem cor nem brilho. Amor é bumerangue! Amor se autoabastece. Quem não ama não sabe acolher o amor que bate à sua porta.
“Só tem amor quem sabe amar”!
Alda M S Santos

O quebra-cabeça e os relacionamentos

O QUEBRA-CABEÇA E OS RELACIONAMENTOS

Observando os relacionamentos à minha volta chego à seguinte conclusão: nós, e a pessoa que nos é destinada, somos compostos pelas peças de um mesmo quebra-cabeça. O objetivo na vida é encontrar qual pessoa tem as peças que irão nos completar e vice-versa.

Passamos a vida montando esse quebra-cabeças, encaixando as peças em lugar errado, retirando, tentando de novo, acertando e tornando a errar. O problema é que, às vezes, passamos boa parte da vida tentando encaixar peças erradas, peças que não se completam.

Imagina um cachorro tentando encaixar uma perna de gato. Fica manco! Por isso existem relacionamentos tortos! Passam a vida forçando peças não afins a se completarem.

Quando veem que não vai dar, partem para outra. Aí, as peças já estão desgastadas, desbotadas, e, ainda assim, lutam para se encaixar em outro quebra-cabeças…

Devemos fazer como as crianças que misturam peças de quebra-cabeças diferentes. Dá trabalho, mas vale a pena separá-las para poder brincar direito.

Resumindo: o que vale é se divertir nessa brincadeira. Rir e aprender juntos com os erros e comemorar os acertos. Como em toda brincadeira, se deixou de ser divertido é hora de parar de brincar antes de começar a briga…

Alda M S Santos

 

Não basta

NÃO BASTA

Não basta olhar, tem que enxergar além, sorrir, encantar.

Não basta tocar, tem que fazer sentir, arrepiar.

Não basta falar, tem que dizer algo que emocione, saber silenciar. 

Não basta abraçar, é preciso enlaçar a alma com doçura, aquecer.

Não basta beijar, é preciso trocar bons fluidos, mergulhar.

Não basta provar o amor, é preciso despertar o amor no outro…

O amor que caminha lado a lado, no mesmo compasso e sintonia, se basta…

Alda M S Santos

Nadando contra a corrente

NADANDO CONTRA A CORRENTE
Nadar contra a corrente pode ser trabalhoso, exigir muito, forçar a resistência. Parece ruim. Mas pode ser benéfico.
Nadar a favor da correnteza é deixar-se levar… Se algo nos agrada ou não, concordamos ou discordamos, somos favoráveis ou desfavoráveis, vamos com a corrente, pacíficos ou indiferentes.
Podemos trombar com troncos enormes, afundar, sair levando galhos e folhas grudados, seguir qualquer curso, perder partes pelo caminho, mas vamos com a correnteza.
Nadar contra a corrente é dizer não, parar, voltar quando nos deparamos com um destino que não desejamos, acessórios que dispensamos, obstáculos que gostaríamos de transpor, companhias que nos desagradam, ainda que todos a acompanhem. Podemos afastar quem não gostaríamos, perder partes, esfolar todo, mas manteremos o essencial.
Nadar a favor da correnteza só é válido se não ferir nossa natureza, caso contrário nadaremos contra nossa corrente interna, nossas emoções, nossa alma.
O que é preciso ter em mente é que esse nado vai sempre causar benefícios e danos, contra ou a favor da correnteza. E aqueles que ferem nossa natureza são os mais difíceis de lidar, pois corremos o risco de nos misturarmos demais e não nos identificarmos mais.
Se parecer fácil demais, pode ser que estejamos a favor da correnteza e contra nós mesmos.
Pensemos nisso!
Alda M S Santos

Balanços da vida

BALANÇOS DA VIDA
Não há quem não se encante com um balanço, uma gangorra. Eles nos remetem à infância, a brincadeiras, sorrisos, amigos, frio na barriga.
Os melhores são aqueles de madeira e corda amarrados numa árvore bem alta num quintal de terra batida. Se não for possível, um de ferro numa praça urbana também é válido.
A cada ir e vir da gangorra a árvore chia, folhas caem, pássaros revoam, a gente geme e gargalha. Por vezes, um amigo empurra.
Vejo nossa vida assim: um grande balanço.
Ora estamos no alto, ora embaixo, outra vez no alto…
Algumas vezes estamos sós, muitas vezes acompanhados. Tantas vezes precisamos de um empurrãozinho amigo para nos manter no ar!
Nisso consiste o viver. Derrubaremos folhas, afastaremos pássaros, faremos nossa árvore chiar, atrairemos amigos querendo brincar, amores para balançar junto, teremos muitos gemidos e gargalhadas, de prazer ou dor.
Só altos ou só baixos não é gangorra. Balanço não foi feito para ficar parado.
Quando a inércia, a letargia ou apatia quiserem de nós se apossar, além de um simples momento de descanso, devemos nos lembrar que balanço bom é o que está em constante movimento.
Portanto, inclinemo-nos para trás, estiquemos as pernas, olhemos para o alto, fechemos os olhos, se preferirmos…
A emoção toda consiste em balançar-se, sorrir, gritar e se entregar!
Alda M S Santos

Há receitas?

HÁ RECEITAS?

Para estar de bem com a vida
Não há receitas, não há tutoriais.
Cada pessoa exige ingredientes diferentes
O “ponto” de cada massa é diverso
O tempo que se leva para “assar” é variável
Mas há ingredientes que são unanimidade:
Boas companhias, um lugar agradável e Deus.

Alda M S Santos

Bola pra frente

BOLA PRA FRENTE
A maturidade diminui nossas urgências em algumas coisas. Porém, se algo estiver fora dos eixos, essa urgência só aumenta com a ideia de que o tempo está ficando mais e mais curto…
Algumas coisas queremos para agora, outras para ontem, e há ainda aquelas que para nunca!
Só nós podemos fazer essa escolha!
Escolha feita, agir, curtir e “bola” pra frente, pois o jogo só acaba aos 45′ do segundo tempo.
Alda M S Santos

Acertando o passo

ACERTANDO O PASSO
Olhar sempre pra frente
Para onde queremos ir
Algumas vezes, olhar para trás
Para aproveitar o que foi bom e descartar o que não valeu a pena.
Mas, sobretudo, olhar para o lado
Para amar, valorizar e acertar o passo
Com quem caminha conosco
Sendo o amor e amizade no momento,
Ou todo o tempo…
Alda M S Santos

Quando tive saudades

QUANDO TIVE SAUDADES

Quando tive saudades, teu canto ficou mais harmônico e doce…
Quando tive saudades, teu cheiro foi mais forte e inebriante…
Quando tive saudades, teu gosto foi mais saboroso e suave.
Quando tive saudades, teu toque foi mais aveludado e macio.
Quando tive saudades, a beleza que emanas foi mais encantadora…
Quando tive saudades, com sentidos potencializados,
Eu a matei!
Alda M S Santos

Fênix: Em escala de cinza

FÊNIX- EM ESCALA DE CINZA

Quero pedir licença para ter meus dias cinzentos. Sem precisar explicar nada, falar nada. Simplesmente ficar em escala de cinza. Pelo tempo que quiser ou julgar necessário.

A natureza, sempre tão colorida, tem períodos de recolhimento, de seca. O Sol se põe e abre espaço para a escuridão da noite. O mar tem períodos de ressaca. A Lua tem a fase Nova. A terra tem períodos inférteis.

Nenhum deles tem que dar explicação. São aceitos como são!

Por que eu, uma simples mortal, tenho que justificar, esconder, disfarçar ou me envergonhar de meus dias cinzentos?

A Lua, O Sol, as estrelas, o mar, toda a natureza, têm seus momentos de brilho e opacidade, por que eu não posso?

Quero sentar num canto, invisível, chorar se quiser, dormir 24 horas seguidas, sequer me olhar no espelho. Apenas desligar de tudo e de todos. Ficar em modo de espera, em coma induzido. Acinzentar-me!

Agradeceria se não me enxergassem. Se me vissem, não me perguntassem nada. Se questionassem, aceitassem meu “tudo bem”.

Não ê grosseria ou ingratidão. É respeito próprio. Independente se minha tristeza ou dor é maior ou menor que a sua, é minha. Pra mim tem valor.

Sem piadinhas, por favor! Brigou com o marido? Dormiu comigo? Acabou a bateria? Vou ignorar, por educação.

Posso garantir que vai passar. Sou parte da natureza, mesmo pequena e mortal, eu me refaço. Como fênix, renasço das cinzas.

Prometo que quando os dias cinzentos forem seus, eu os presentearei com o mesmo respeito.

Agradeço os olhares coloridos e cinzentos que dirão silenciosos “estou aqui”. Eles me bastarão.

Alda M S Santos

Disque Emergência

DISQUE EMERGÊNCIA
Temos números de emergência para quase tudo: SAMU, Polícia Militar, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Procon, Direitos Humanos, Delegacia da Mulher, Hospitais e tantos outros.
Mas e se a nossa emergência for mais íntima: uma alegria extrema, uma novidade deliciosa, uma dor profunda, uma saudade doída, um amor proibido, uma decepção tremenda ou uma simples vontade de dar um abraço? Qual número discamos? Quem atende nossas emergências cotidianas?
Quanto mais “códigos numéricos” tivermos a quem recorrer, melhor estaremos servidos.
São, os donos desses números, as preciosidades de nossas vidas. Nosso refúgio, nosso colo, nosso aconchego, nosso porto seguro.
A elas devemos nossa gratidão e amor incondicionais todo o tempo, principalmente àquela cujo código para a acionarmos é a oração: Deus.
Àqueles que atendem minhas emergências diárias, todo o meu carinho e amor.
Bom dia!
Alda M S Santos

Espelhos da alma

ESPELHOS DA ALMA

Não existe nada mais cativante no ser humano que os olhos. Sem querer desfazer de um corpo bonito, um rosto de traços harmônicos, um coração bondoso, uma mente inteligente, uma alma elevada.

E não estou falando de sua anatomia, de sua beleza estética, formatos e cores. Refiro-me à sua capacidade expressiva. Não há olhos que mentem! Há olhos que tentam disfarçar, e isso já é expressivo.

Há olhares curiosos, alegres, que querem tudo perceber, sem se fixar. Deixam-nos à vontade. Há os distraídos, que observam aleatoriamente e se detêm apenas quando convém. São seletivos e nos pegam desprevenidos. Há ainda os atentos, sensíveis, que parecem invadir, tudo captam: pequenos detalhes, diferentes sentimentos, qualquer humor…

Se encontrarmos olhares atentos, fugir deles é impossível. Eles perceberão qualquer emoção que estiver ali. Não saberão a razão, mas reconhecerão a emoção, aquela disfarçada pelo sorriso ou forçada pelas lágrimas.

Notarão a ansiedade, a preocupação, a culpa, a tristeza, o medo, a decepção, a afobação… São olhos com uma camada de nebulosidade. Por vezes, úmidos.

Perceberão a alegria, a euforia, o prazer, a satisfação, a vitória. São olhos com brilho intenso, cores vivas, transparentes.

Captarão em alguns olhares a censura, a inveja, a raiva, a crítica, a cobrança, a avaliação, o julgamento. São olhares com ar de superioridade. Olham por cima.

Sentirão olhares carregados de desejo, admiração, atração, paixão. São olhos quentes, brilhantes, agitados, pidões.

Serão atraídos por olhares de compaixão, amor, carinho, solidariedade… São olhares doces, tranquilos, pacíficos.

Espelhos da alma, ou não, eles refletem o que se passa em nosso interior. Os dos homens costumam ser mais expressivos, talvez por serem mais focais. Os das mulheres costumam ser mais perceptivos, por serem mais periféricos. As crianças os têm claros, transparentes e cristalinos. É natural delas, não escolhem. São maravilhosos e cheios de expectativas. Os idosos já não querem mais esconder nada, seus olhos são quase tão expressivos quanto os das crianças. Por eles, deixam extravasar a emoção dos anos vividos. Sabem que não adianta esconder. Mergulhar nos olhos de um idoso é entender sua história: rica, bonita, carregada de alegrias, tristezas, frustraçōes e culpas. É como ler um livro.

E, entre crianças e idosos, estão os adultos que “aprenderam” a disfarçá-los. E vão vivendo acreditando enganar a todos sobre o que sentem. Até conseguem, muitas vezes, mas não os olhares atentos e sensíveis.

Mas o mais bonito e emocionante da vida é quando olhares perceptivos e expressivos se encontram em uma via dupla. Olhares atentos de ambos os lados se percebem, trocam sentimentos, energias, desejos, amor, carinho, amizade, paz, sonhos, esperança, tudo sem ser necessário trocar uma palavra sequer. Se olham, se entendem, se aproximam, se abraçam. Aqueles que dizemos que “o santo bateu”. Na verdade, os olhares bateram! As almas se encantaram.

Enfim, todos os olhares são lindos, em todos os olhares há uma poesia a ser lida, uma vida a ser descoberta. Olhar nos olhos não é para qualquer um. Olho no olho é para quem tem coragem!

Alda M S Santos

 

Sintonia

SINTONIA
Há quem duvide, não invista, nada perceba, mas a lei da atração, da sintonia é forte e precisa. Mantemos perto de nós aquilo que atraímos, que sintoniza conosco.
Se somos sorriso, somos empatia, somos carinho atrairemos pessoas empáticas, alegres e doces.
Ao sermos tristeza, isolamento, frieza e solidão, pessoas assim
se aproximarão.
Nossos sentimentos vibram e se harmonizam onde encontram parceria e produzem uma bela canção!
Por isso há pessoas tão empáticas e outras tão apáticas!
Até o amor, o mais forte, nobre e poderoso de todos os sentimentos, mesmo insistente e corajoso, que costuma se impor em terrenos inférteis, costuma definhar onde não encontra eco.
Não devemos ser falsos ou artificiais, tampouco ignorar uma dor. Nem sempre seremos sorrisos e alegria, mas podemos nos esforçar para deixar vibrar mais forte em nós o amor.
Ao nos alinharmos com nosso semelhante, nos alinhamos com o amor do Pai.
Ele se manifestará supremo e afastará tudo o mais.
Alda M S Santos

Cais

CAIS
Toda embarcação, grande ou pequena, de carga ou passageiros, de trabalho ou passeio, necessita de cais. Um local em que possa atracar, aportar para carregar ou descarregar mercadorias ou passageiros, abastecer, realizar reparos, ou, simplesmente, descansar entre uma jornada e outra. As embarcações não foram feitas para viver atracadas todo o tempo, precisam sair da costa, enfrentar o mar, buscar novos ventos, cumprir sua jornada. Elas saem mais seguras quando têm o cais para retornar. A certeza de um porto que é seguro e confiável.
Nós somos como as embarcações. Estamos sempre em alto-mar: nossa vida, nossa jornada. Podemos, muitas vezes, navegar tranquilamente, baixar as velas, lançar âncora, relaxar. Porém, vezes sem conta enfrentaremos tempestades, ventos contrários, o breu da noite, icebergs, maremotos. Nessas horas, precisamos de nosso cais. Mas, e se ele estiver inacessível, distante, danificado ou ocupado? Perdemos o norte, navegamos sem rumo, arriscamos a causar danos à própria estrutura ou perda de carga.
Visando a auto-preservação, necessário é que tenhamos vários cais. Não podemos apostar todas as nossas fichas num único dado. Se tivermos um cais em cada porto, em qualquer lugar que estivermos, sejam quais forem os danos sofridos, teremos o conforto do cais para atracar.
Há pessoas que dizem “não vivo sem fulano, ele é minha vida”! Isso é ter um único cais. Além do risco de sobrecarga do cais, pode-se perdê-lo por um motivo qualquer alheio à nossa vontade. Aí, estaremos à deriva!
Não estou pregando a autossuficiência. Nós, seres humanos, nunca o seremos. Como seres gregários, precisamos uns dos outros, todo o tempo, uns mais, outros menos. O que acredito, e em que aposto, é que precisamos, além de ser cais para os outros, buscarmos vários cais para nós mesmos. Não é preciso tantos. Qualidade aqui vale mais que quantidade. Alguns cais são óbvios: familiares, cônjuges, alguns amigos. Há ainda aqueles cais que abandonamos, nos esquecemos e que, numa hora de sufoco, nos atracamos nele e percebemos que nunca deveríamos tê-lo relegado. Dependendo de onde estivermos, do que estejamos precisando, escolhemos o cais mais adequado. O que possibilita um descanso, uma vista maravilhosa, uma palavra sábia, um ombro para chorar, uma recarga de energia, uma descarga de maus fluidos, enfim, para cada necessidade, um cais diferente.
Ter vários cais nos dá mais segurança, a quase certeza de que não estaremos sós. Quase! A qualquer hora o cais que acreditávamos possuir pode falhar, não estar disponível ou danificado. Nossa mãe, cais mais confiável, pode adoecer ou falecer, o cônjuge, pode não ser o mais indicado no momento, os amigos, estarem ocupados demais…
Muitas vezes, só poderemos contar com dois deles: nós mesmos e Deus. Teremos que saber acioná-los. Deus estará sempre a postos e nos indicará a nós mesmos. Precisamos ativar nossas reservas, necessitamos de autoabastecimento, de um gerador próprio de energia até encontrarmos outro cais.
Sempre teremos o cais preferido, aquele em cuja presença sorrimos, e cuja falta nos leva às lágrimas. Aquele no qual nos encaixamos perfeitamente, que supre nossas necessidades maravilhosamente, nos enriquece, abastece, dá brilho, renova as forças. Nunca devemos abandoná-lo, mas é preciso não esquecer que ele também é falível.
Finalmente, se um cais nos mantiver atracados por tempo demais há algo de errado com ele ou conosco. Não devemos nos esquecer que nossa essência é de navegantes.
Vamos recolher âncoras, içar velas, que mais uma jornada vai começar. Que tenhamos um mar mais calmo e vários portos com cais mais seguros. É o que precisamos, é o que desejamos!
Alda M S Santos

O som do silêncio

O SOM DO SILÊNCIO
O som mais alto que existe é o do silêncio. Sim! A frequência de seus decibéis não é para qualquer audição! É preciso, além dos sentidos usuais, um sexto sentido para ouvi-lo!
Quando o silêncio fala, ele isola tudo dentro da gente. Forma-se um vácuo. Nosso interior parece oco. O eco é constante. Tudo é mais!
Nossa sensibilidade fica à flor da pele, da audição, da visão. Percepções fora de nós são potencializadas.
O som das folhas que pisamos arranha os tímpanos. O brilho do sol arde por dentro. A aspereza das palavras machuca. O olhar frio fere. Uma música fala.
E isso extravasa em nossos poros, em nosso olhar, em nosso silêncio.
Poucos percebem, pois o sentido mais apto a ler o silêncio é pouco usado, vem da alma. É ele que capta essa sensibilidade exacerbada, essa tristeza calada, essa angústia que aperta, esse grito que reflete no olhar num mudo pedido de socorro, no modo de andar, no sorriso sem brilho, nas palavras forçadas, nas lágrimas contidas.
Quase sempre esse silêncio é rompido quando encontra quem o lê, para além das palavras não ditas.
Quem lê o silêncio, sabe que não precisa falar. Palavras são desnecessárias. Os olhares se entendem. Um abraço sela o acordo: estou aqui!
Alda M S Santos

Tudo depende do nosso olhar

TUDO DEPENDE DO NOSSO OLHAR

Como alguém nos parece, feio ou bonito?
O que nosso amigo diz é chato ou instigante?
Aquele colega é proativo ou aparecido?
O trabalho é cansativo ou produtivo?
O amor que se vive nos anima ou nos maltrata?
Se tudo parece triste e desanimador…
O problema pode estar em nosso olhar.
Sim! É ele que dá vida, beleza e valor ao que está fora de nós.
O nosso olhar carrega significado para aquilo que apreciamos ou não.
Tentar olhar com amor, ou ao menos sem tanto desgosto, para alguém ou algo que não nos agrada pode melhorar nosso dia.
Quando algo parecer ruim, pensemos: não estou com um olhar “armado” demais sobre isso?
Mudar o nosso olhar pode fazer toda a diferença! Um bom olhar transforma uma imagem inóspita numa paisagem dos sonhos.
Se não der certo, o máximo que pode acontecer é vermos mais coisas belas por aí!
Alda M S Santos

Festa em mim

FESTA EM MIM
Gosto de festas, na verdade adoro festas!
Não qualquer festa!
Gosto de festas íntimas, em que conheço todo mundo.
Aquelas em que posso bater um papo e rir com todos.
Estar à vontade, ouvir boa música, dançar, me divertir.
As melhores festas são as preparadas dentro da gente.
Aquelas que planejamos com antecedência, sonhamos…
Imaginamos nossas vestes, penteados, perfumes e maquiagens.
Conseguimos nos ver nítidos, claros e transparentes através delas.
Imaginamos cenários, condições do tempo, sensações, cheiros.
Inserimos alguns personagens, retiramos outros.
Somos os donos da situação, da festa.
Escolhemos as falas, as risadas, as interações.
Acrescentamos carinhos, abraços e beijos…
Dançamos com quem queremos, escolhemos a música.
Descartamos quem não nos agrada.
Colocamos quem tem algo a acrescentar.
Criamos início, meio e fim, como um enredo.
Assim é a alma de quem se dispõe a escrever.
Alma em festa.
Íntima, mas em festa!
Alda M S Santos

Quero ficar aqui!

QUERO FICAR AQUI! 

Ah, quero ficar aqui. 

Coração angustiado, cabeça pesada, corpo dolorido, vontade de hibernar como um urso. Tempo indeterminado.

É preciso que o desejo de nos “levantarmos” apareça primeiro no coração, na mente, para que o corpo obedeça.

Vontade de ficar aqui! 

Por quê? Sei lá! 

Ignoro o -“Vamos, um lindo dia te aguarda lá fora!”- que ouço de uma vozinha interior. 

Quero o direito de me entristecer, de chorar, de me lamentar, de gritar, de ter dúvidas, de ser preguiçosa, se for o caso. 

Quem disse que precisamos ser fortes todo o tempo? 

Quero virar para o canto, enfiar-me embaixo do edredom, voltar-me para mim mesma. 

Tantas vezes precisamos dessa limpeza! Que seja à base de orações, reflexões, lágrimas ou cama! 

Que o trabalho espere! Que o mundo espere! 

Eu sem mim mesma não sou nada para ninguém! 

Até breve! 

Alda M S Santos 

Sentimentos não se prendem

SENTIMENTOS NÃO SE PRENDEM!
Não somos guarda-volumes, caixas-fortes ou depósito de sentimentos. Sentimentos existem para serem expressados, transformados, sublimados ou eliminados, nunca estocados.
Se forem sentimentos ruins, negativos, que nos fazem mal ou aos outros, precisamos trabalhar para transformá-los ou eliminá-los. É o caso do ciúme, da inveja, da raiva, da negatividade, da superioridade, da possessividade. É necessário investigar as causas, analisá-las a fundo, buscar substituição por sentimentos melhores tipo confiança, fé, bondade, compaixão e amor.
Se forem sentimentos nobres, mas que, de alguma forma, não têm feito bem, é preciso alguma ação sobre eles. É o caso da fé cega, da compaixão, da solidariedade, da alegria, do amor. Sim! Eles também podem fazer mal.
A fé cega costuma gerar superioridade e preconceitos para com os demais. Ela precisa transformar-se em ação, humildade e compaixão. A fé sozinha, sem ação, é inútil!
A compaixão e a solidariedade excessivas podem paralisar e tornar dependentes aqueles que delas necessitam. Oferecer ajuda é carregar no colo primeiro, em seguida dar as mãos, mas depois deixar livre para seguir. E não pode também paralisar a vida de quem ajuda.
A alegria contagia, faz vibrar, mas perto de quem está muito mal soa “ofensiva”, portanto, não deve ser escondida, mas dosada.
O amor sempre será positivo. Sempre. Para quem sente e para quem o recebe. Porém, há os casos em que o amor tem que vir com uma dose de cobrança, de firmeza, como no caso do amor paternal. Mas nunca deve se esconder atrás da severidade.
Há os casos em que ele ocupa um só coração, então, deve ser transformado em amizade ou “direcionado” para outro beneficiário.
Há ainda os casos “proibidos”, se é que existe amor proibido. Pode ser por um esporte, inadequado fisicamente para quem o aprecia, por um hobby, oneroso demais para se manter, por um objeto, viciante, por uma pessoa, inacessível. Nesses casos, há a sublimação. A força desse amor deve ser sublimada em outra atividade que lhe dê prazer. Um “amor” excessivo ao fumo, por exemplo, pode ser sublimado numa habilidade musical. O amor por uma pessoa inacessível pode ser sublimado numa energia de amor fraternal e solidária, e por aí vai…
Não estou querendo de modo algum simplificar. Apenas afirmo que sentimento preso e estocado não produz coisas boas, ao contrário, pode gerar doenças.
Precisamos nos cercar de pessoas alegres e sábias que, de uma forma ou de outra, sempre nos ajudam.
Podemos pensar que não somos responsáveis por sentimentos que brotam em nós. Não somos mesmo! Sentimento é vivo, nasce, cresce, se expande, está em constante movimento. Brota por algum motivo. Mas uma coisa é certa, podemos escolher o que fazer com eles, quais vamos alimentar, deixar crescer e manter como nossa marca registrada.
Que seja o amor!


Alda M S Santos

 

Conexão Total

Declarações de Amor

DECLARAÇÕES DE AMOR
Você já recebeu uma declaração de amor? Não? Claro que sim! Certamente as recebe todo dia! 

Talvez não ouça as palavras “eu amo você”! Preste atenção à sua volta. Seja cuidadoso(a)! 

Ao abrir os olhos e ver os raios de sol pela janela, Deus diz: “amo você”! 

Ao receber um beijo de bom dia de seu cônjuge, mesmo se for um rabugento cumprimento de segunda-feira, ele diz: amo você! 

Quando os filhos te olham zangados por acordá-los, também dizem “amo você”!  

Seu cachorro que abana o rabinho e salta feliz ao te ver diz “amo você”!

Ao notar o olhar de aprovação, admiração e cuidado dos amigos, eles dizem: “amo você”! 

Ao quase tombar com um abraço nas pernas vindo de uma criança, ela diz: “amo você”! 

A natureza toda, através de suas belezas, diz “amo você”. 

Uma cartinha infantil com um coração e uma flor dizem “amo você”! 

Seu nome escrito na areia por uma criança de quatro anos, a quilômetros de distância, dizem “amo você”. 

Não é mais fácil acreditar no amor com tantas declarações assim? 

A linguagem corporal diz, sorrisos, olhares, cuidados, palavras similares dizem.

Mas nada elimina um “eu te amo” gritado ou sussurrado. Cobre, exija, ofereça, diga! O dia está apenas começando: 

Eu amo você!!!❤️

Excelente segunda a todos! 

Alda M S Santos 

Fora dos trilhos 

Quando o amor não é o bastante

QUANDO O AMOR NÃO É O BASTANTE

Quando vemos tantas pessoas que amam e, ainda assim, sofrem, podemos chegar a uma difícil conclusão: o amor é supervalorizado.

Vejamos uma mãe que luta dia após dia por um filho dependente químico, que o ama, acredita, investe, recomeça incansavelmente e, ainda assim, ele retorna ao vício, maltrata-a, maltrata-se. O amor dela se mantém, porém, nem sempre alcança seu objetivo.

O amor de um filho pelos pais que o ignoram, que não assumiram a função tão sublime recebida de Deus, deixando-os crescer à própria sorte. Mesmo assim, tantos filhos tentam, pelo amor, tirar os pais de vidas desregradas e infelizes.

Uma esposa que, independente dos adjetivos que receba de todos, insiste no amor ao marido que em nada a dignifica, que trai, que ofende física e psicologicamente, que não a completa, ou em nada ajuda relacionado aos filhos, ao lar ou à família.

Uma pessoa que trabalhe num asilo, que dedique seus dias a dar amor, atenção, carinho, e só vê simples rasgos de brilho naqueles olhos cansados e nebulosos pela tristeza do abandono.

Finalmente, talvez o maior de todos, alguém que ame outro alguém, romanticamente, e espera que esse amor seja o bastante para fazê-los estar juntos, porém, não é o que acontece. Muitas vezes não há reciprocidade, noutras há empecilhos diversos que impedem a aproximação. Tantas vezes o momento não é o adequado, ou a distância, a saúde, as famílias, o trabalho…

Certo é que o que mais vemos, até mais que amores plenos, são amores frustrados. Será que isso acontece porque supervalorizamos o amor, ou porque esperamos que ele faça milagres?

Avaliando essas situações chego a três conclusões.

Primeiro, o amor não poderia resolver tudo sozinho. Não salva um filho das drogas, os pais da infelicidade, os idosos do abandono, a esposa amargurada ou os amantes frustrados.

Segundo, o amor faz, sim, muitos milagres. O filho drogado, os pais desregrados, os idosos abandonados, os amantes, todos estariam muito piores se não fosse o amor que recebem, sentem ou distribuem.

E terceiro, quem recebe amor é privilegiado, mas quem é capaz de senti-lo ou doá-lo é quem sai no lucro, verdadeiramente. Pode até não obter grandes resultados, pois depende de vários sentimentos que estão no outro, dos quais não tem controle, mas impede que a situação do outro seja ainda pior.

Há também muitos que se salvaram com o amor recebido; pais, filhos, cônjuges, idosos, amantes. O amor é incansável!

Jesus sempre pregou o amor acima de tudo. Sempre sofreu e deu o máximo do amor por nós: Sua Vida.

O amor que se doa sempre retorna em dobro. Coração que ama está sempre cheio, vivo, vibrante, ainda que seja de lágrimas ou saudades.

Supervalorizar o amor pode parecer ingênuo, porém, subestimar sua força e seu poder certamente não é muito inteligente!

Alda M S Santos

Mais no meu blog http://www.vidaintensavida.wordpress.com

Pessoas normais adoram a chuva

PESSOAS NORMAIS ADORAM A CHUVA

Desde criança quando digo que amo um dia de chuva ouço que não sou normal. Se completo que quanto mais barulhenta mais eu gosto, dizem que sou caso perdido.

Pequena, já gostava de andar na chuva, na enxurrada e de ouvir as goteiras nos baldes espalhados pela casa. Ficava no basculante da sala, nas pontas dos pés, vendo a água cair, as pessoas passarem correndo. Chegava ao colégio com as congas encharcadas e a alma lavada. Estava tudo perfeito.

Na juventude andava de motocicleta com chuva. Isso sim é liberdade! Os pingos queimavam no rosto!

Gosto de dormir com chuva, acordar, ir trabalhar, passear, assistir filme debaixo do edredom, ler, namorar… Tudo é melhor com chuva. Nadar também! As águas do mar, rio ou piscina ficam “quentinhas” quando chove.

Não sei exatamente o porquê dessa paixão! Nem considero os motivos óbvios de sobrevivência. Tampouco desconheço os malefícios das enchentes e alagamentos. Meu avô morreu eletrocutado por um raio numa noite de tempestade, dentro de casa. Sofremos com enchentes na infância e até hoje há riscos. Porém, isso não é a chuva que causa, mas o abuso, descuido e descaso dos homens.

A chuva potencializa em mim bons sentimentos. Fico mais terna, doce, romântica, mais apta a absorver e distribuir coisas boas por aí.

O cheiro de terra molhada, as gotas caindo nas poças d’água, os bichos procurando abrigo ou se esbaldando. A aparente fúria dos trovões e relâmpagos é um espetáculo a mais. Chuva leva à introspecção. Traz Deus pra mais perto. Tempo para repor energias mentais, reavaliar situações, sonhar, planejar…

Sou daquelas que já se alegram por antecipação com a previsão de chuva. Logo imagino um filme bem romântico com um lindo casal a dançar na chuva, um livro bom, uma música suave, um passeio de ônibus sentada na janela observando tudo. Mas nada, nada se compara ao prazer de caminhar na chuva, olhar para o céu e senti-la no rosto, encharcar-se, deixar escorrer água pelos cabelos, correr e pular feito criança levada. Quando a chuva passa, sair a observar as plantas e bichos. A luminosidade agradecida de todo ser vivente.

Se sentir-se assim é ser anormal, sou uma anormal feliz. Muito prazer!

Alda M S Santos

Só o Amor

MUDANDO O/OU PARA O INTERIOR?

MUDANDO O/OU PARA O INTERIOR?
Cada dia que passa as pessoas têm procurado mais a vida no campo. Uns querem apenas desfrutar de suas belezas e conforto, por um fim de semana ou férias. Outras, querem voltar às origens, retornar ao passado que ficou lá atrás e, após um tempo, volta com tudo, especialmente após os 40 anos. Há também aquelas que nunca tiveram experiência com a vida rural, e se encantam ao primeiro contato.

Outro dia, numa sala de espera de um consultório médico, dois senhores conversavam sobre isso. Um dizia que o médico tinha recomendado procurar uma vida mais calma para afastar o estresse. O outro sugeriu que comprasse um sítio, ao que ele respondeu que não se acostumaria àquele silêncio todo e à vida dura de trabalhos braçais.

Daí surgiu todo um relato da nova vida que passou a levar após um infarto. Passou a viver num sítio, cujos familiares se opuseram veementemente. Acharam que era mania de velho, visto que nunca tinha demonstrado interesses pela área rural. Acabaram por ceder, visando preservar a saúde do patriarca da família. Compraram um sítio não muito longe da cidade. Todos os dias, esposa e filhos dirigiam 50km para ir para o trabalho.

Reclamaram muito no início, mas se acostumaram. Sentiram falta das regalias da cidade no início: pizzarias, cinemas, celulares, internet, shoppings… Mas acabaram por se encantar pela pureza do ar, as cores dos jardins, o contato com a terra, a horta, as árvores frutíferas, os animais que passaram a criar, o rio.

A família ia e voltava todos os dias. Não acreditava que quisessem ficar lá para sempre. Quanto a ele, não abria mão daquela vida. Gostava de acordar cedo, ver o sol nascer, alimentar seus bichos e cuidar de suas plantas. Quem diria que teria forças para usar a enxada? Gostava das caminhadas nas trilhas de terra, de sentar-se à beira do rio, ouvir os pássaros, cochilar à tarde, ouvir música em seu mp3 velho… Sentia prazer nas mínimas coisas. Num bate-papo com os poucos vizinhos que encontrava quando ia ao pequeno comércio na região, nas leituras prediletas, no violão que gostava de tocar à noite… Voltou a escrever poemas, hábito da juventude, abandonado pelos atropelos da vida.

Só ia à cidade para realizar consultas periódicas com o cardiologista. Logo o médico o chamou. Despediu-se do amigo e foi recebido pelo médico com carinho. “Estou precisando ir para o campo também! Que saúde, vigor e alegria você demonstra”! O outro senhor atendeu ao celular, ficou vermelho e concluiu: “Preciso mesmo dar um novo rumo à minha vida”!

Saí de lá pensando no privilégio que é poder ter as duas opções: o campo e a cidade. Mas o fundamental é desacelerar, adquirir hábitos mais simples, menos consumismo, adquirir paz interior. O campo, com suas dificuldades geográficas e de consumo, pode aumentar os problemas se não mudarmos nosso interior “urbano” e estressado. Mudar nosso interior antes de nos mudarmos para o interior.
Alda M S Santos

 

 

Trocas

Cenas de Amor

Sonhos

Vida!

Minhas orquídeas:

Pode não haver flores todo o tempo, mas há vida!

Há raízes, folhas, força interna.

Cultivadas no interior,

Cedo ou tarde as flores aparecem,

mais maravilhosas que nunca.

Sabedoria da natureza à disposição de todos.
Alda M S Santos

O que nos torna humanos? 

Observando o corre-corre da vida diária, seja na rua, na família, no trabalho, nos jornais ou na TV, ninguém seria capaz de negar o quanto as desigualdades são inúmeras. Vemos pessoas diferentes: altas, baixas, gordas, magras, brancas ou negras, entre outras. Possuem em comum o fato de serem seres humanos. Isso deveria, a princípio, dar a elas as mesmas condições de evolução física, psicológica, espiritual ou material. Na prática não é o que acontece. O que determina que algumas pessoas tenham mais habilidades, dons e capacidade de conquistas que outras? Veio em seu DNA? Recebeu de Deus? Foi desenvolvido? 

Se veio no DNA, não escolhemos. Se recebemos de Deus, qual seria o critério por Ele utilizado para fazer tal distribuição, considerando-O um Deus de amor? Se é desenvolvido pelas pessoas, seria a partir de que base? 

Sabemos que, via de regra, as pessoas com saúde física e mental, espiritualizadas e com algumas conquistas emocionais e materiais são mais felizes. Enfrentam com mais recursos as adversidades que se apresentam. Delas poderia ser “cobrada” uma atitude mais positiva perante a vida.

Mas, e aquelas que desde o nascimento já são acometidas pelos problemas: miséria física, material, emocional, espiritual? Vêm de um lar onde reina a pobreza extrema, em todos os aspectos da vida humana? Falta-lhes alimento para o corpo e para a alma. Seria justo que se cobrasse delas, com o mesmo rigor, a mesma evolução das demais? 

Há aqueles que acreditam que somos um mesmo espírito vivendo em vários corpos, várias vidas, e que estaríamos, de acordo com a evolução de cada um, resgatando dívidas passadas, daí viriam as diferenças. Cada religião explicaria de uma forma diferente as desigualdades. Certo é que quem professa uma fé, conforma-se melhor com a própria situação e é até feliz.

Religiões à parte, o que temos pra lidar são as desigualdades que batem às nossas portas, invadem nossas casas, corpos e mentes de todas as maneiras. Independente de qual seja a causa das diferenças, podemos minimizá-las. Seja qual for a situação em que nos encontremos, sempre haverá alguém melhor ou pior que nós, que tem mais ou que tem menos, que pode mais ou que pode menos. 

Cabe a nós, então, manter os olhos em trânsito: lá na frente, para crescermos sempre, lá atrás, para oferecer a mão a quem tem menos.

Se a humanidade que nos faz uma espécie única não for o bastante para ajudar, usando de tudo que possuímos, material, mental ou espiritual, que independente de religião, possamos nos lembrar que: ” A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido”.(Lucas, 12-48)

Que possamos crescer em nossa humanidade, sempre. 

Alda M S Santos 

Fazendo o amor

Prosseguindo

Nos semáforos da vida

Basta sair de casa e rodar poucos quilômetros para no primeiro semáforo observá-los. O sinal fecha, os carros param, e eles vêm correndo. Colocam no retrovisor do carro uma tira de 5 paçocas. “Vai uma paçoquinha aí, moça? Só R$2,50.” O olhar tímido, às vezes desafiador. Não passa de oito anos. Pequeno, magro, expressão sofrida para uma criança. Em poucos segundos volta rapidamente recolhendo o dinheiro da venda, ou as paçocas, e sai correndo antes que o sinal abra. 

Pouco à frente, no próximo semáforo, tempo mais longo, vem um senhor lentamente. Pipocas e garrafas d’água nas mãos. Cabeça branca, andar arrastado, não sei precisar a idade, talvez 70, semblante sério, carregado. Chega e oferece seus produtos. Sorri ao ouvir as músicas da década de 70 que ouço. O olhar carrega-se de saudade. “Bons tempos”, ele diz. Concordo e completo, “está sempre aqui”. “Sim, desde que me aposentei, pouco dinheiro, filhos desempregados, família grande, netos. É preciso ajudar.” Despede-se e vai pro próximo carro. 

Sigo meu caminho para o trabalho ouvindo minhas músicas e refletindo. Que mundo é esse em que crianças que deveriam estar na escola ou jogando bola na rua estão vendendo paçocas no sinal? Que mundo é esse em que um senhor de 70 anos, aposentado que já fez tanto pela sociedade, que poderia estar lendo para os netos, brincando de cavalinho, curtindo um sítio, ainda se dispõe a ser ambulante de semáforos nas ruas quentes e barulhentas?

Que futuro estamos promovendo para nossas crianças? Que descanso estamos permitindo aos nossos velhos? Ao olharmos esses dois extremos devemos cuidar para o desânimo não tomar conta de nós. O senhor da pipoca pode ter sido um garoto da paçoca! Há alternativas? O que podemos fazer para que ao menos o garoto da paçoca torne-se, daqui a alguns anos, o senhor que estará lendo para os netos, brincando de cavalinho e cultivando flores num sítio?

Decido-me a continuar fazendo com amor e dedicação a parte que me cabe. A educação ainda é o melhor caminho, nossa melhor chance. Assim, vou ainda mais animada receber meus pequenos alunos. E que Deus nos abençoe! 

Alda M S Santos

Valorizando a vida

Setembro Amarelo: quantos indivíduos sabem o que isso quer dizer?

Temos visto divulgados na mídia casos de suicídio que nos alarmam e impressionam. Pais de família que matam esposa e filhos e se matam em seguida, jovens que têm “tudo” e, do nada, tiram a própria vida. Tantas vezes, para nós “normais”, por motivos banais. Os dados são alarmantes. Apenas no Brasil são 32 suicídios por dia, segundo dados do CVV(Centro de Valorização da Vida). Mais que mortes por câncer ou Aids.  

A morte por suicídio tem sido estigmatizada, como foram as mortes por sífilis e Aids. Evita-se falar do assunto. Considera-se fraqueza moral, não doença.

O Setembro Amarelo vem como uma campanha de alerta para salvar as pessoas dessa morte anunciada. 

Ninguém se mata de uma hora para a outra. Essa ideia vem germinando na mente dos indivíduos, crescendo, sendo alimentada, amadurecendo por uns tempos. Podemos ter ao nosso lado, todos os dias, uma bomba relógio, prestes a explodir, e sequer percebermos. 

Num mundo em que parece que temos tudo à mão, acesso às informações, educação, lazer, saúde, recursos materiais, físicos, tecnológicos e terapêuticos, nos falta o principal: o recurso humano. 

Com tantas facilidades conquistadas seria de se esperar que a vida fosse mais valorizada. Mas o tiro tem saído pela culatra. Conquistar e manter certos bens e direitos tem criado dois grandes problemas. Primeiro, é um terreno propício para germinar muitas doenças mentais que levam ao suicídio, como depressão, bipolaridade e dependências químicas. Segundo, cria seres alienados, com viseiras, que olham só para frente e não veem o olhar do ser humano ao seu lado que grita por socorro. Quando vê, ignora, não quer se envolver, não tem tempo, paciência ou habilidade, ou ainda reclama: ” fulano só anda emburrado e de mau humor”. São exatamente esses que ficam mais abismados com tantos casos de suicídio. 

O Setembro Amarelo vem pra cutucar mesmo, provocar, induzir os doentes a buscar ajuda e os saudáveis a oferecê-la. Sem pretensão de querer prever o futuro, uma hora podemos ajudar, noutra podemos precisar de ajuda. Precisamos aprender a identificá-los e ajudá-los. 

Vamos preservar a vida: a nossa, a dos outros. 

Alda M S Santos

Entre cães e gatos

Quando queremos dizer que duas pessoas não combinam dizemos que parecem cão e gato. Mas será que isso é mesmo verdadeiro? Digo, os cães e os gatos. 

Já vi muitos cães e gatos que brigam. É fato. Mas também já vi cães que brigam entre si, gatos que brigam entre si. E, o que pode parecer surpreendente para muitos,  cães e gatos que combinam entre si, são afins, “amigos”, brincam juntos, se acariciam, comem e até dormem juntos. 

Quem determinou que cães e gatos não combinam foram os seres humanos. E os animais ignoram isso e convivem bem, contrariando o ditado vigente. Salvo os casos em que uns pertencem à cadeia alimentar do outro. 

Penso que não há norma ou poder que possa afastar dois seres que se propõem a conviver, se amar e se dar bem. Nem religião, política, futebol, raça, sexo, idade, nível social ou qualquer diferença que seja. 

O que vai determinar que dois seres se atraiam, convivam bem, se tolerem ou se amem é a disposição de querer fazê-lo, ignorando preconceitos ou pré-disposições impostos e enraizados. 

Se você é um gato, tenha um novo olhar para aquela cachorrinha. Mesmo ressabiado, chegue devagar, surpreenda , ensine e aprenda. A diversidade tem muito a nos ensinar! 

Alda M S Santos

Buscando a alegria de viver

Segunda-feira, dia de recomeçar: a semana, a dieta, a ginástica, um novo amor, os planos, a vida… 

Dia de acordar com o pé direito, uma oração aos céus, vestir uma cor alegre no corpo, um sorriso brilhante no rosto, a paz na alma. 

Ignorar aquela angústia no peito, a saudade doída, os desejos secretos, os sonhos quase impossíveis. 

Se preciso, parar, respirar fundo, se aquecer ao sol, chorar. Lavar o que machuca, deixar espaço para o que faz bem. 

Trazer à memória o corpo saudável, a mente lúcida, mesmo turbulenta, o coração que ama além da conta, os amigos queridos, a família amorosa, mas principalmente, um Deus que nos acompanha em tudo. 

Segunda-feira, pode vir! E traga as demais. Estamos prontos! Seja breve ou seja longa, seja produtiva, menos dolorida, mais feliz. 

Alda M S Santos

Bom dia!

Viver de saudades

A palavra saudade é tão forte que só de ouvi-la já podemos sentir aquele aperto característico no peito. Às vezes, esse aperto pode ser doloroso, outras prazeroso, sempre nostálgico. 

Mas será que a saudade é um sentimento benéfico ou contraproducente? 

Penso que a saudade é sempre uma sensação de ausência, de falta. O que fará com que seja benéfica, ou não, será a capacidade que relembrar venha a ter de amenizar esse vazio, ou aumentá-lo. 

Podemos sentir saudades da casa da infância, dos irmãos e amigos da escola, de um animal de estimação, das brincadeiras na rua, de um parente que faleceu, das loucuras do primeiro amor, do primeiro beijo roubado, dos bate-papos na calçada até a madrugada, dos bailes da juventude, dos apertos da faculdade, do casamento, do nascimento dos filhos, de um sentimento que morreu ou adormeceu… São inúmeras as vivências que podem gerar saudades. 

As que conseguem gerar um sentimento de completude, de preenchimento do vazio, são aquelas nas quais nos envolvemos a fundo, em que não há arrependimentos, pois, em sua época, foram vivenciadas plenamente, ficaram para trás, mas geram lembranças boas, gostosas de reviver. Essa saudade é extremamente benéfica. Faz-nos rever bons tempos e nos anima a seguir em frente. Gera forças. 

Em contrapartida, há aquelas situações cujas lembranças não preenchem o vazio deixado. Reviver dói sempre, porque, em sua época, o viver, apesar de intenso, foi doloroso. Foi incompleto, não vivenciado como gostaríamos, deixou espaços em branco, arrependimentos, vácuos. Portanto, ao reviver, não se lembra apenas do que foi bom, mas do que poderia ter sido e não foi. Fica sempre a pergunta “por que não agi assim?”, “teria sido tão diferente se eu tivesse feito outra escolha!” Ao viver essa saudade sempre ficamos incompletos, com vontade de voltar no tempo e consertar certas coisas: estudos, empregos, amizades, amores. Fica, para muitos, um gosto amargo na boca, com a sensação de ter sido preterido pela vida. 

Essa saudade, que não gera preenchimento, tende a ser maléfica, porque nos paralisa, nos deixa inertes, impotentes, visto que não temos como voltar no tempo e reviver o que ficou faltando, o que nos causa dor. 

Os mais velhos tendem a sentir mais saudades, é natural, já tiveram mais experiências. São mais nostálgicos, mas não precisam ser tristes. 

De todo modo, se viver de saudades, por tempo demasiado, nos impedir de viver o tempo presente, seja qual tipo de saudade for, não será bom a médio e longo prazo.

Todos nós temos momentos maravilhosos para sentir saudades e relembrar, e outros que preferiríamos corrigir, consertar, ter outra oportunidade. Alguns talvez possamos fazer isso. A maioria, não. Na impossibilidade, quando essa saudade bater, aproveitemos para analisá-la, avaliar nosso comportamento, e usar desse conhecimento, dessa experiência, para sermos mais plenos em nossas vivências atuais. Aprendemos, por experiência própria, que as saudades mais dolorosas são daquilo que deixamos por fazer. Com isso em mente, poderemos viver mais plenamente e deixar para o futuro menos saudades dolorosas e mais razōes para saudades benéficas, prazerosas, intensas! 

Alda M S Santos 

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