Busca

vidaintensavida.com

poemas e reflexões da vida cotidiana

Categoria

silêncio

Silêncio

SILÊNCIO
Silêncio que é pedido, solicitação
Silêncio que é gratidão
Silêncio que é resignação
Silêncio que é confiança
Silêncio que é emoção, é razão
Silêncio na oração que diz:
Estou aqui, ouça meu coração!
Alda M S Santos

Silêncios

SILÊNCIOS

Silêncio suave, pacífico, confortador
Silêncio cortante, raivoso, ensurdecedor
Silêncio triste, magoado, angustiante
Silêncio pesado, denso, frustrante

Silêncio que diz mais que gritos
Silêncio, uma opção dos aflitos
Silêncio requer maturidade, sabedoria
Silêncio de quem não quer arrelia

Silêncio que visa autoconhecimento
Silêncio que foge ao descontentamento
Silêncio que busca discernimento

Silêncio que quer o sentir, a palavra certa
Silêncio que almeja a paz na alma coberta
Silêncio que anseia a luz, silêncio que é alerta

Alda M S Santos

O som do silêncio

O SOM DO SILÊNCIO
Silêncio fala, silêncio grita
Na linguagem universal da dor
Da saudade ou do amor…
No entanto nem todos ouvem
Som em altíssima frequência
Quem ouve e não entende se incomoda
Busca um refúgio, faz barulhos diversos
Quer tirá-lo desse transe de comunicação
Tenta de outro modo algo dizer
Silêncio…
O som do silêncio é calmante
Para quem sintoniza na mesma frequência
Silêncio…
O som do silêncio é estressante
Para quem só ouve o nada que tanto diz
Silêncio…
Silenciando vamos tudo dizendo
Àqueles que sabem ouvir…
Alda M S Santos

Silêncio aquece

SILÊNCIO AQUECE

Silêncio amedronta, é aterrador
Na medida em que seu barulho ensurdecedor
Torna tudo em torno da gente assustador
Mexe e remexe nosso frágil interior

Silêncio acalma, é refrigério
Quando ativa nosso lado zen
Leva a meditar, nos encontrar
E nada há que nos tire do bem

Silêncio fala, é palavra, é comunicação
Quando o que há por dentro extravasa
Vai muito além da suportável emoção

Silêncio cala, emudece, ensurdece
Mas onde há esperança e amor
Ele é doce e quentinho cobertor, aquece…

Alda M S Santos

O silêncio

O SILÊNCIO

Nada diz mais que um bom silêncio

Aquele que sentamos conosco e nos passamos a limpo

Boas perguntas, respostas sinceras

Sem medo de sermos devorados por famintas “panteras”

Um auto divã, real, sem expectativas vãs

Quem sou, o que gosto, o que me incomoda

Porque me deixo girar nessa roda

Que aceito, o que permito, o que me deixa aflito

Quem amo, quem tolero, quem evito

O que me mantém por aqui, ativo, cativo

Silêncio lá fora, barulho cá dentro

Ele muito diz para quem se dispõe a ouvir

Ou para quem não tem com quem falar, para onde ir

Silêncio, conhecido também como solidão

Pode ser um grande amigo nesse mundo nem sempre irmão…

Alda M S Santos

Silêncio

SILÊNCIO

Tão importante quanto saber a hora de falar
É estar atento ao momento em que é melhor calar
As palavras podem tudo esclarecer
Mas noutros momentos o silêncio se faz melhor entender
Nem tudo é de bom tom declarar
Ao mesmo tempo que pode alegrar
Pode situações desagradáveis acarretar
Ou a tristeza acabar tomando conta do lugar
Falar pode ser esclarecedor em momentos adequados
Silenciar é sabedoria noutros mais delicados
Há situações que basta um olhar
Um toque, um gesto para apaziguar
Onde as palavras só serviriam para rebelar
Dizem que quem não entende o silêncio
Tampouco entenderá um monte de palavras
O que é bonito de sentir, que faz bem
Não precisa de palavras também

Alda M S Santos

Silêncio

SILÊNCIO

No silêncio de nossa alma nos recolhemos
Para lá no fundo trabalhar, nos entendermos
Num diálogo conosco mesmos, debatermos
E tentar o que não faz sentido, desfazermos

No silêncio de nossa alma mágoas avaliamos
A luz daquilo que não vale a pena apagamos
A escuridão já esquecida iluminamos
E o caminho, mais calmos, retomamos

No silêncio de nossa alma buscamos a paz
Cansados de um mundo tão frio e fugaz
Em que não vale tanto o que a gente traz

No silêncio de nossa alma aprendemos
A não dar tanta importância ao que sofremos
Somos por aqui passageiros, entendemos

Alda M S Santos

Silêncio aquece

SILÊNCIO AQUECE

Silêncio amedronta, é aterrador

Na medida em que seu barulho ensurdecedor

Torna tudo em torno da gente assustador

Mexe e remexe nosso frágil interior

Silêncio acalma, é refrigério

Quando ativa nosso lado zen

Leva a meditar, nos encontrar

E nada há que nos tire do bem

Silêncio fala, é palavra, é comunicação

Quando o que há por dentro extravasa

Vai muito além da suportável emoção

Silêncio cala, emudece, ensurdece

Mas onde há esperança e amor

Ele é doce e quentinho cobertor, aquece…

Alda M S Santos

O silêncio

O SILÊNCIO

Nada diz mais que um bom silêncio

Aquele que sentamos conosco e nos passamos a limpo

Boas perguntas, respostas sinceras

Sem medo de sermos devorados por famintas “panteras”

Um auto divã, real, sem expectativas vãs

Quem sou, o que gosto, o que me incomoda

Porque me deixo girar nessa roda

Que aceito, o que permito, o que me deixa aflito

Quem amo, quem tolero, quem evito

O que me mantém por aqui, ativo, cativo

Silêncio lá fora, barulho cá dentro

Ele muito diz para quem se dispõe a ouvir

Ou para quem não tem com quem falar, para onde ir

Silêncio, conhecido também como solidão

Pode ser um grande amigo nesse mundo nem sempre irmão…

Alda M S Santos

Sons do silêncio

SONS DO SILÊNCIO
Há muito silêncio aqui
Os galhos das árvores valsando ao sabor do vento
A chuva fina a tamborilar uma canção nostálgica no telhado
Canarinhos piando a disputar por espaço no comedouro
Enquanto outros se banham na poça d’água no chão e voam em revoada
Uma vaca muge reclamando ao longe no pasto
As asas vibrantes de um lindo beija-flor a sugar o néctar doce da vida
Indiferente a minha presença, encantada
Um machado fazendo ranger a madeira que cede com um choro de resistência
O fogo a crepitar no fogão a lenha onde o cozido borbulha e aromatiza o ambiente
Uma família de tucanos grasna no alto das árvores e saúda a vida
Um cachorro late pedindo carona atrás de um fusquinha conhecido
Um galo canta alto dizendo as horas, a galinha responde que tem ovo
Um abacate cai com um barulho surdo do alto do abacateiro e se racha ao chão
A tosse seca de um fumante que parece sufocar
As risadas das crianças descendo a rua de bicicleta, felizes, ignorando o chuvisco
Macacos gritam bem perto na mata
Uma saracura afoita passa correndo no quintal
Uma espectadora da vida ouve todos esses sons do silêncio
Em contraste com todos os barulhos que gritam dentro de si
Querendo fazer parte, ser parte desse mundo “animado”…
O mundo parece estar estacionado, mas há vida em tudo…
Qual o barulho que ela faz em seu silêncio?
Qual o grito que ela transmite?
Alguém ouve?
Alda M S Santos

O som do silêncio

O SOM DO SILÊNCIO
O som mais alto que existe é o do silêncio. Sim! A frequência de seus decibéis não é para qualquer audição! É preciso, além dos sentidos usuais, um sexto sentido para ouvi-lo!
Quando o silêncio fala, ele isola tudo dentro da gente. Forma-se um vácuo. Nosso interior parece oco. O eco é constante. Tudo é mais!
Nossa sensibilidade fica à flor da pele, da audição, da visão. Percepções fora de nós são potencializadas.
O som das folhas que pisamos arranha os tímpanos. O brilho do sol arde por dentro. A aspereza das palavras machuca. O olhar frio fere. Uma música fala.
E isso extravasa em nossos poros, em nosso olhar, em nosso silêncio.
Poucos percebem, pois o sentido mais apto a ler o silêncio é pouco usado, vem da alma. É ele que capta essa sensibilidade exacerbada, essa tristeza calada, essa angústia que aperta, esse grito que reflete no olhar num mudo pedido de socorro, no modo de andar, no sorriso sem brilho, nas palavras forçadas, nas lágrimas contidas.
Quase sempre esse silêncio é rompido quando encontra quem o lê, para além das palavras não ditas.
Quem lê o silêncio, sabe que não precisa falar. Palavras são desnecessárias. Os olhares se entendem. Um abraço sela o acordo: estou aqui!
Alda M S Santos

Blog no WordPress.com.

Acima ↑