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poemas e reflexões da vida cotidiana

Categoria

compaixão

O céu é o limite!

O CÉU É O LIMITE!

O céu é o limite
Para as águas, para a solidariedade
Para Deus…
O céu é o limite para a bondade, para a doação
Para a humanidade…
O céu é o limite para a fé, para a compaixão
Para o pulsar de um coração…
O céu só não pode ser o limite
Para aquele que não se importa
Para a desumanização…
Qual seu limite?
Alda M S Santos

Campanha do agasalho

CAMPANHA DO AGASALHO

No frio que nos atinge na madrugada
Pensamos em quem não tem uma morada
Tanta gente desabrigada, há que se ter compaixão
A quem padece no frio devemos estender nossa mão

Nas marquises da cidade, sobre um pedaço de papelão
Há um ser humano abandonado, sem sequer um pedaço de pão
Dói na alma, na pele, em nosso coração
Saber que ali sofre necessidades um irmão

A dor dessa gente em estado de rua
É constante dia ou noite, Sol ou Lua
No inverno sofre ainda mais, corpo e alma nua
É preciso agir, a desigualdade é dura e crua

Sempre há algo que se pode fazer
Juntar agasalhos e cobertores, oferecer
Não dá para descansar, se aquecer
Sabendo que lá fora um humano está a padecer

Alda M S Santos

Você pode

VOCÊ PODE!

Sempre há algo a se fazer
Para tornar melhor a vida de alguém
Assim tão pobre que nada possa oferecer
Nesse mundo não há ninguém

Você pode uma fome saciar
Ou um alguém, em trapos rotos, vestir
Pode também pés machucados calçar
Ou um corpo nas noites frias cobrir

Se você não puder dessas coisas dispor
Não desanime, não se entristeça
Abra os braços, levante a cabeça
Ofereça sorrisos, abraços, tempo
Você pode fazer a diferença

E se tudo isso vier a falhar
Ainda pode o amor doar
Sendo verdadeiro em todo lugar…
Você pode!

Alda M S Santos

A fome

A FOME

Que sabemos da fome

Aquela que leva alguém

A subtrair algo de outro alguém

Qualquer coisa que sacie o apetite voraz

Que preencha o vazio contumaz

E que já faz qualquer coisa, tanto faz?

Que sabemos dessa fome?

Um almoço, baião de dois, peixe assado

Salada, farofa, prato enfeitado

Ela passa, vende bijuterias, meia idade

Digo: não, obrigada, sorrio, ela sem qualquer vaidade

Vejo que seus olhos estavam na refeição

Volta, pergunta sem qualquer senão

Vocês não comem a cabeça, não?

Podem me dar quando acabar, então?

A ela entregamos boa parte da comida

Senta-se atrás da gente e come, esquece a partida

Ficamos a observar a mulher desnutrida

Que, satisfeita, enchia sua barriga

Olhava pra gente, sorria, agradecida

Não causei essa fome, não tirei nada de ninguém

Não sou governante, mas sou humana

Enquanto houver outro humano com fome

Sou responsável!

Que conhecemos dessa fome?

Alda M S Santos

Agasalhe seu coração

AGASALHE SEU CORAÇÃO

Massa de ar polar, temperaturas negativas

Ar congelante, pernas endurecidas, andar trôpego

A ordem é só uma: aquecer-se

Edredons, cobertores, sobretudos

Meias, botas, toucas e luvas são escudos

E uma bebida quente não faz mal não

Mas não deixe que a frieza lá de fora

Congele o seu coração

Aqueça sua alma e entre em ação

O frio que tanto te aflige

Age em dobro naquele irmão

Que está ao relento, ali no chão

Divida com ele seus agasalhos, seu pão

Seja abraço, seja acolhimento, seja compaixão

Se você por qualquer motivo ali não consegue chegar

Posso fazer a intermediação

E se não for pedir muito

Pode para ele também ser abrigo, ser oração?

Agasalhe seu irmão, aqueça seu coração!

Alda M S Santos

Mil cairão, dez mil cairão, todos cairão

MIL CAIRÃO, DEZ MIL CAIRÃO, TODOS CAIRÃO

Qual a responsabilidade de quem fica de pé?

“Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti” (Salmos 91)

Ou de quem, aparentemente, ainda não caiu?

Vida de momentos, de tombos, de quedas

De por-se de pé, de levantar

Nem sempre estamos de pé

Nem sempre estamos no chão

Mas na hora em que estivermos de pé

Cabe-nos estender a mão

Ser a alavanca que ajuda a levantar

Se não para ser bom e justo

Para, no mínimo, ter quem nos estenda a mão

Quando for nossa hora de estar caído…

Alda M S Santos

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