BANHOS DE LUA
A noite parecia não ter fim
Virava e mexia e nada do sono vir
Carneirinhos contava, a mente divagava
E, desistiu de dormir, enfim
Levantou-se devagar, e saiu dali
Cabelos emaranhados, descalça a caminhar
Longa camisola de seda a flutuar
Foi atraída pelo brilho fascinante do luar
Na imensidão de água, sob o brilho intenso da Lua
Foi despindo-se de tudo que a incomodava
Vestes, dores, medos, culpas, até ficar toda nua
A Lua de longe carinhosamente a chamava
E no encontro com o mar mais fascinada ficava
E, num banho de lua e mar, ao amor se entregava
Alda M S Santos
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