SEM CAIXAS, POR FAVOR!
Há pessoas que vivem cercadas de caixas
E nelas vão distribuindo as outras pessoas de acordo com seus critérios
Algumas caixas elas aceitam, outras descartam
E há ainda as caixas que ficam de reserva
Só gostam daquelas que cabem direitinho ali
Ou que se adequam para “enquadrar”
Muito complicado caber nas caixas alheias
Muitas vezes sobram partes da gente para fora
Que logo extirpam de nós
Noutras precisamos forçar, nos dobrar inteiros para entrar ali
Ou temos que nos moldar tanto para adaptar
Que além de doer muito
Com o tempo não mais nos reconhecemos
Quem gosta da gente nos aceita como somos
Claro que podemos melhorar, evoluir
Mas não a esse custo, ingresso muito caro a se pagar
Não dá para forçar tanto para agradar aos outros
Não importa por qual razão
Essas caixas costumam ser prisões
E prisão é sempre prisão
Mesmo que venha enfeitada de sol, lua ou coração…
Se coubermos de verdade na vida de alguém
O coração aceita do jeitinho que somos
Pacote de defeitos e qualidades…
Sem caixas, por favor!
Alda M S Santos
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