RITMO DA VIDA
Havia um burburinho por ali
No entorno ouvia gargalhadas de algumas pessoas
Numa mesa algumas mulheres sorriam contando casos
Na outra um casal se falava com os olhos e as mãos
Um grupo de homens assistia ao futebol num canto
A música que se ouvia vinha de uma pequena banda ao vivo
Um senhor sério conversava com duas mulheres bem mais jovens
Os três pareciam isolados em si mesmos
Garçons e garçonetes frenéticos procuravam atender a todos
Numa mesa, virada para a rua, estava uma mulher olhando a Lua
Bonita, vestida de si mesma, parecia esperar alguém
Olhava o relógio todo o tempo e enxugava os olhos
Chamou o garçom, entregou a ele um guardanapo onde escreveu algo
Ele se encaminhou e entregou a mensagem ao violeiro da banda
Ele ruborizou, saiu de lá, foi até a mulher
E saíram dançando entre as mesas sob aplausos
Um guardanapo caiu no chão
Havia uma marca de beijo de batom, lágrimas e um “vamos dançar”?
Seguiram dançando ao ritmo que a vida impunha
Quantas histórias haviam ali?
A vida é assim, ela impõe o ritmo
Mas somos nós que escolhemos se, como
Quando e com quem dançar…
Alda M S Santos
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