CONTRADIÇÕES (DES)HUMANAS
Silenciar, quando o desejo é gritar
Conformar-se, quando a sombra deixada pede luz
Acreditar, quando há tantos incrédulos e mentirosos
Justificar um erro, apoiado em erros alheios
Agir de modo contrário ao que se apregoa
Querer o que é eterno, destruindo eternidades
Gostar de jardim florido, mas não regar, não cuidar da terra
Mascarar para si mesmo o que está óbvio para todos
Insistir no mesmo erro infinitas vezes
Apontar no outro uma falha que é sua
Querer colher aquilo que não plantou
Plantar ou construir em terreno que não é próprio, que não pode colher
Fazer ao outro o que não aceitaria que fizessem consigo
Confiar, gerando desconfianças
Querer mudanças, sem ações concretas, sendo sempre o mesmo
Amar, mesmo sendo derrubado infinitas vezes.
Viver, mesmo que a “morte” se insinue todo o tempo
Somos assim, humanos carregados de desumanidades, em evolução…
Alda M S Santos
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