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poemas e reflexões da vida cotidiana

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Pare o mundo que eu quero descer

PARE O MUNDO QUE EU QUERO DESCER
Pare esse mundo que eu quero descer!
Não quero tristezas, dor ou amargura
Não quero me sentir perdida na noite escura
Quero ter companhia, fazer companhia
Não quero sentir que tudo perdeu a magia
Quero ver de novo coisas lindas!
Quero a energia das crianças
As histórias das vovós
O abraço caloroso dos amigos
A compaixão e a bondade dos seres humanos
A paixão dos amantes
Quero sentir a alegria brotar de novo em mim
Quero levar o meu sorriso a quem dele precisar
Quero receber abraços de apertar
Não quero a ninguém magoar ou sufocar
Quero só poetizar e uma vida calma levar
Será pedir muito?
Pare esse mundo que eu quero descer…
Alda M S Santos

Tá triste?

TÁ TRISTE?

Tristeza que ameniza com um abraço desinteressado

Numa manhã com eles, aprendendo como se faz um bom queijo

Amenizando conflitos “infantis”

Acalmando uma lindeza que queria dar chinelada na cuidadora que furou seu bumbum

Batendo um bom papo, rindo, dando atenção

Oferecendo e recebendo carinho

E ouvindo aquela idosa que diz que abraço de outra mulher dá choque dizer:

“Pode abraçar, você está cheirosa, e seu abraço não me dá choque”

Riu muito quando respondi: “será que estou virando homem”?

“Então tire esse vestido bonito”!

Eles me fazem muito bem!

Qualquer tristeza ameniza ao estar com gente que precisa da gente…

Alda M S Santos

O fim do mundo

O FIM DO MUNDO

“Esse fim do mundo me decepciona”

Ouvi certa vez e pus-me a refletir

O que seria a decepção maior nesse caso:

O modo cruel, traiçoeiro e torturante como o fim se aproxima?

A angústia pela demora ou ausência real de um fim tão proclamado e profetizado?

A tristeza tão profunda de alguém por permanecer aqui enquanto aguarda ansiosa por esse fim que “nunca chega”?

A tortura da espera por algo tão doloroso que não se cumpre

Só pode ser assim tão decepcionante

Se o agora estiver mais temerário que o fim apocalíptico!

Triste viver!

Alda M S Santos

Na Chuva

NA CHUVA

Posso vê-la andando ali, devagar

Deixando a chuva cair, molhar tudo

Olha para cima, deixa a chuva molhar seu rosto, se entrega

Senta-se num banco na calçada

Tudo está fechado, é tarde

Coloca uma bolsa a seu lado, abraça a si mesma

Um ou outro transeunte em seu guarda-chuva passa e a olha displicente

Carros esporádicos espirram água para todos os lados

Um cachorro parece se compadecer e para a seu lado

Faz um carinho em sua cabeça, abraça-o

Ambos ficam ali por um bom tempo

Logo ele se vai atrás de uma cadelinha

Ela olha para cima, abre os braços

E se deixa lavar por inteiro.

Enfim, levanta e segue seu caminho lentamente

Ela faz parte daquela madrugada chuvosa, fria e triste

Olha para cima, me vê, percebe-se fora

E volta para dentro de mim

Juntas vamos para casa…

Alda M S Santos

Foto Google imagens

Preciso esquecer

PRECISO ESQUECER

Preciso esquecer as dores e me concentrar nos amores

Preciso esquecer o que me falta e atentar ao que me preenche

Preciso esquecer as angústias e valorizar as bênçãos

Preciso esquecer tudo e todos que de mim não se ocupam

Preciso esquecer tudo e todos que de mim se esqueceram,

Montar e seguir caminho…

Preciso lembrar de esquecer!

Alda M S Santos

Lágrimas

LÁGRIMAS

Lágrimas, quase sempre associadas a sentimentos negativos,

Nada é capaz de expressar tanto sentimento, nada.

Da dor a alegria, do prazer a tristeza

Da angústia a saudade, da raiva a satisfação

Do alívio a culpa, da esperança ao desespero, 

Da vergonha ao orgulho, do amor ao ódio.

Dificilmente se controla, quase nunca se disfarça.

Sufocá-las é contraproducente,

Liberá-las e buscar entendê-las é maturidade. 

Parece nos esvaziar, deixa vácuo,

Espaço para o novo se irrigar, brotar e crescer.

Alda M. S Santos

Bipolar

BIPOLAR
Ou o Sol que racha, ou o breu da noite,
Ou o amor que aquece, ou a tristeza que gela,
Ou a chuva torrencial, ou a seca que desidrata
Ou amizades que acalentam, ou inimigos que as ofuscam
Ou a fome desvairada, ou a anorexia bulímica
Ou gargalhadas contagiantes ou lágrimas tempestuosas.
E o coração sempre no mesmo polo, sempre cheio!
Ainda que pareça sair pela boca,
Ou estar tão apertado que pareça nada conter.
Antes bipolar e cheio de vida,
Que num constante polo de tristeza!
Alda M S Santos

Válvulas de escape

VÁLVULAS DE ESCAPE

Há dias em que tudo parece estar fora do lugar. Nada parece se encaixar! Por que fui levantar hoje, nos perguntamos?

Acordamos atrasados, ou tomamos banho ou café, saímos na correria.

Nossa receptividade para o dia já fica comprometida: perdemos o ônibus, pegamos trânsito excessivo, não percebemos o sorriso sincero do amigo, não oferecemos ao outro nosso “bom dia” de sempre. E, atentos ao negativo, até esquecemos das orações costumeiras, comprometemos tudo que poderia acontecer de bom ao longo do dia.

Acabamos explodindo com alguém por algo aparentemente simples. A verdade é que aquele fato foi apenas a gota d’água. Estávamos cheios até a tampa. Nossa mente é seletiva e sábia. E tenta colocar pra fora o que não faz bem.

Quando vamos acumulando angústias, tristezas, preocupações, engolindo lágrimas e palavras, escondendo sentimentos, deixando tudo pra depois, sem um filtro, enchemos nossa mente de lixo emocional.

Para não entrar em pane, para não explodirmos, precisamos de válvulas de escape. Aquelas que vão liberando a tensão aos poucos. Como a válvula de uma panela de pressão. Sem ela a panela explode e causa muitos danos.

As válvulas são variadas. Cada um de nós tem a sua, ou tem várias, dependendo do tipo de tensão a ser liberada: física, emocional, sexual…

Pode ser uma leitura prazerosa, um bate-papo com amigos, uma atividade física, um bom filme, uma caminhada num parque, ouvir música no “talo”, futebol, namorar, cozinhar, brincar com amimais, cuidar de plantas, observar o por do sol, chorar até ficar de olhos inchados…

Não importa qual seja nossa válvula. Só não podemos abrir mão dela.

Uma panela que explode causa danos ao ambiente. Uma pessoa que explode pode destruir outras pessoas!

Alda M S Santos

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