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No coração da Sé

NO CORAÇÃO DA SÉ!

“Pode chegar, pode olhar, pode falar”
Estava ali um homem meio que a divagar
Falava alto, parecia querer desafiar
“Pode escrever, não vou me importar!”

Centro de São Paulo, ser humanos em busca de um lugar
Pedem em silêncio ou aos gritos um novo olhar
Desafiam o que está posto, constituído
É justo, já que se sentem excluídos

Como ele sabia que escrevo tenho apenas uma ideia
Mas aquele jeito sofrido de ser já não tem plateia
Ele segue na luta, abandonado, almejando nova odisseia

No chão sob cobertas velhas ou na porta dos grandes monumentos
A cidade está cheia deles, pulsando no coração da Sé
Naqueles corações, será que há ainda um pouco de fé?

Alda M S Santos

Pedidos de socorro

PEDIDOS DE SOCORRO
O mundo pede socorro
Quem é capaz de ouvir?
Pedidos tão barulhentos quanto uma sirene
Ou tão silenciosos como uma lágrima que cai
Crianças precoces sempre de agenda lotada e irritadiças
Jovens perdidos em tantas “opções” de vida moderna
Trancados em seus quartos, “góticos”, marcas roxas debaixo de lenços
Idosos “protegidos” em suas fantasias e remédios
Sorrisos, lágrimas, saudades, abandono
Adultos espremidos entre a infância e a velhice
Solitários entre tantas obrigações e cobranças, entre tanta gente necessitada
Escondidos em suas tarefas, fugindo em seus smartphones
Atrás de amigos virtuais nas telas dos PCs na solidão da madrugada
Todos “gritando” por socorro
Quem é capaz de ouvir?
Cada qual gritando sua dor de um modo
No andar, no olhar, no se esconder, no se mostrar
Na solidão autoimposta, nas atividades excessivas
Nas rebeldias constantes, nas drogas lícitas ou ilícitas
Na irritação desmedida, nos vícios diversos
Quem é capaz de ouvir?
A dor atinge a todos, o grau é variável, de “normal” a patológico
No sentir e no demonstrar
Mas há sempre uma “droga” a nos salvar
Até que não haja mais salvação
Quem é capaz de ouvir?
“Ouvir” a dor do outro é um modo de nos enxergarmos também
E, talvez, conseguirmos nos salvar…
É preciso olhar devagar, demorar-se na dor do outro
Mergulhar fundo na própria dor
Até não mais temê-la, até conseguir diluí-la…
É preciso a pureza e confiança de uma criança para “herdar o reino do céu”
O mundo pede socorro
Quem é capaz de ouvir?
Alda M S Santos

Pedidos de socorro

PEDIDOS DE SOCORRO

O mundo pede socorro

Quem é capaz de ouvir?

Pedidos tão barulhentos quanto uma sirene

Ou tão silenciosos como uma lágrima que cai

Crianças precoces sempre de agenda lotada e irritadiças

Jovens perdidos em tantas “opções” de vida moderna

Trancados em seus quartos, “góticos”, marcas roxas debaixo de lenços

Idosos “protegidos” em suas fantasias e remédios

Sorrisos, lágrimas, saudades, abandono

Adultos espremidos entre a infância e a velhice

Solitários entre tantas obrigações e cobranças, entre tanta gente necessitada

Escondidos em suas tarefas, fugindo em seus smartphones

Atrás de amigos virtuais nas telas dos PCs na solidão da madrugada

Todos “gritando” por socorro

Quem é capaz de ouvir?

Cada qual gritando sua dor de um modo

No andar, no olhar, no se esconder, no se mostrar

Na solidão autoimposta, nas atividades excessivas

Nas rebeldias constantes, nas drogas lícitas ou ilícitas

Na irritação desmedida, nos vícios diversos

Quem é capaz de ouvir?

A dor atinge a todos, o grau é variável, de “normal” a patológico

No sentir e no demonstrar

Mas há sempre uma “droga” a nos salvar

Até que não haja mais salvação

Quem é capaz de ouvir?

“Ouvir” a dor do outro é um modo de nos enxergarmos também

E, talvez, conseguirmos nos salvar…

É preciso olhar devagar, demorar-se na dor do outro

Mergulhar fundo na própria dor

Até não mais temê-la, até conseguir diluí-la…

É preciso a pureza e confiança de uma criança para “herdar o reino do céu”

O mundo pede socorro

Quem é capaz de ouvir?

Alda M S Santos

Socorro

SOCORRO

“Socorro! Help-me!”

Quantos pedidos de socorro ouvimos, atendemos

Quantos ignoramos, não entendemos?

Nem sempre tão traduzidos assim em palavras

Uns muito óbvios, gritados, implorados, verbalizados claramente,

Telefonemas, mensagens, bilhetes, lágrimas

Outros calados nos lábios, gritados nos olhos, nas ausências, no silêncio, nos vícios

Nas mudanças de comportamento, na depressão…

E notamos apenas em retrospectiva, quando algo grave ocorre

Como uma tempestade que dá muitos sinais antes do aguaceiro desabar e inundar tudo

Nuvens negras, raios, trovões, vendavais

E corremos a procurar abrigo…

Sabemos dos estragos de outros tsunamis!

Tempestades internas se formam perto de nós

Dentro daqueles que amamos, dentro de nós

E não somos tão astutos para fechar as janelas, recolher as roupas, desviar, fugir, nos preparar

Muitas vezes, sem perceber, nos expomos, deixamos que se exponham a elas

Não nos atentamos para os pedidos de socorro, os alertas do tempo…

A meteorologia pode ser uma boa aliada se quisermos salvar vidas!

Alda M S Santos

Foto: Everaldo Alvarenga

Primeiros socorros

PRIMEIROS SOCORROS

Diante de casos emergenciais de saúde, o pronto atendimento é fundamental para garantir a vida de um indivíduo.
Nesse âmbito, a correta utilização do socorro inicial pode ser decisiva.
O objetivo dos primeiros socorros é aplicar procedimentos que estabilizem o paciente e afastem o risco iminente de morte.
Batimentos cardíacos, pressão arterial, atividade pulmonar e cerebral, ausência de hemorragias, estabilidade da coluna vertebral, tudo é verificado.
Assim, todos os recursos disponíveis são utilizados para garantir a vida: desfibriladores, traqueostomias, drogas potentes, torniquetes, incisões diversas…
Invasivos ou não, são necessários, ainda que deixem sequelas.
Passada a emergência, avalia-se o quadro, evoluções e retrocessos, e prescreve-se novos procedimentos para o pronto restabelecimento do paciente.
O mesmo se aplica às emergências emocionais.
Nossa psique é tão ou mais sensível que nosso corpo e necessita de cuidados à altura.
Diante de um trauma, um susto, uma decepção, uma perda, um luto, uma tristeza profunda, um choque emocional, também são necessários primeiros socorros.
Mantém-se a integridade física e cuida-se das lesões, nem sempre aparentes, da mente, do coração, da alma.
O ouvido é o melhor instrumento nesses casos. Deixemos falar! Improvisemos divãs!
Muitos tendem a querer abafar, esquecer, deixar pra trás. “Não chore, vai passar”.
Isso é como colocar esparadrapo numa infecção aberta. Ela voltará com força total.
Extravasar é fundamental para estabilizar as emoções. Cada um reage de um modo, mas colocar pra fora: chorar, falar, esbravejar, é o começo da cura. Trata-se de limpar a ferida purulenta.
Só depois entram os medicamentos e curativos, a análise racional, as conversas sérias, os abraços poderosos, o ombro amigo, o colo gostoso, as mãos dadas, as palavras sábias, a busca de soluções.
Nas emergências orgânicas ou emocionais, sufocar não é procedimento padrão. Pode gerar males crônicos.
Primeiros socorros mal aplicados podem matar o paciente ou torná-lo imprestável para a vida tanto quanto desconsiderar a gravidade do quadro e relegá-lo a segundo plano.
Ninguém está livre de ter que aplicar ou receber.
Estejamos atentos!
Alda M S Santos

Disque Emergência

DISQUE EMERGÊNCIA
Temos números de emergência para quase tudo: SAMU, Polícia Militar, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Procon, Direitos Humanos, Delegacia da Mulher, Hospitais e tantos outros.
Mas e se a nossa emergência for mais íntima: uma alegria extrema, uma novidade deliciosa, uma dor profunda, uma saudade doída, um amor proibido, uma decepção tremenda ou uma simples vontade de dar um abraço? Qual número discamos? Quem atende nossas emergências cotidianas?
Quanto mais “códigos numéricos” tivermos a quem recorrer, melhor estaremos servidos.
São, os donos desses números, as preciosidades de nossas vidas. Nosso refúgio, nosso colo, nosso aconchego, nosso porto seguro.
A elas devemos nossa gratidão e amor incondicionais todo o tempo, principalmente àquela cujo código para a acionarmos é a oração: Deus.
Àqueles que atendem minhas emergências diárias, todo o meu carinho e amor.
Bom dia!
Alda M S Santos

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