VIBRANDO LUZ
Vivemos num grande campo energético
Atraímos e emitimos energia, mesmo os mais céticos
Vibramos aquilo que pulsa em nós
Ainda que haja contras e prós
Se o bem pode ser contagioso
O mal, infelizmente, não é fantasioso
Ambos podem ser por nós espalhados
Somos nós que atraimos o que queremos ao nosso lado
Se quero luz, devo emitir luz
Amor atrai mais amor, luz que conduz
Se vive na tristeza e negatividade
Atrairá e espalhará infelicidade
Sorriso atrai sorriso, gera abrigo
Abraço atrai abraço, aperta laços
Oração gera harmonia e união
O mundo carece de mais humanidade e compaixão
Se pudéssemos ver nosso campo magnético
Certamente seríamos menos céticos
Escolheríamos refletir só coisas boas, então
E nosso viver não seria em vão…
Alda M S Santos
PACIÊNCIA
Para não julgar o outro, paciência
Para guardar as pedras, paciência
Para saber-se também imperfeito, paciência
Para proteger as próprias vidraças, paciência
Para perdoar o semelhante, paciência
Para saber perdoar-se, paciência
Para adquirir paciência, paciência
Alda M S Santos
NUNCA FOI!
Nunca foi sobre o que se amealhou
Nunca foi sobre o quanto se conquistou
Nunca foi sobre o que causa orgulho ou vaidade
Exceto se tudo isso foi usado para o bem
Exceto se isso foi para diminuir desigualdades
Exceto se isso foi para estimular
E não envergonhar nossos semelhantes
O que se amealha por aqui de valioso
É o que se deixa no coração dos que ficam
E se pode carregar na alma, levemente
Quando voltar para casa…
Alda M S Santos
SABEDORA, A MÃO DIVINA
Sabedoria não é um conceito abstrato
Não é conhecimento acumulado nas estantes
Guardado, fechado, juntando poeira
Sabedoria envolve mais o sentir, refletir, agir
Não exige grandes exposições ou ostentação
Sabedoria é quase sempre silenciosa, é ação
Sabedoria não grita, não se enerva, não se impõe
Sabedoria é aquela que pelo exemplo se propõe
Sabedoria é o saber ser grande na simplicidade
E entender os diversos caminhos, sem superioridade
Sabedoria é a mão divina agindo através da gente…
Alda M S Santos
PARE, PENSE, OBSERVE!
Pare, pense, observe!
Analise com atenção, faça uma lista
O que te faz mais bem, te conquista
Quais seus dons, a vida dá pistas
Siga a direção apontada, seja mais otimista
Pare, pense, observe!
Como está seu corpo, seu coração
O que deseja sua alma, de antemão
Dê ao outro aquilo que você deseja
O retorno sempre vem de bandeja
Pare, pense, observe!
Sinta onde pulsa mais forte sua emoção
Não seja indiferente, use também a razão
Se o que você atrai não é o que respeita
Avalie onde tem andado, sua ação é suspeita
Pare, pense, observe!
Estamos aqui para aprender e evoluir
Nosso barco precisa navegar, seguir
Os companheiros de viagem podemos escolher
Melhor agir com sabedoria para não esmorecer
Pare, pense, observe!
A vida segue seu intenso e louco giro
Muitas vezes ignora nosso lento respiro
Essa nave passa por aqui rapidamente
Escolha seu caminho, não siga a corrente
Pare, pense, observe!
Alda M S Santos
QUAL SUA NATUREZA?
Olho para o céu, tão negro, tantos pontinhos brilhantes
Estrelas que estão a anos-luz de distância, piscantes
E ainda irradiam brilho, luz, magia
Encantam, atraem, seduzem, são pura energia
Tão poderosas, mas para se mostrarem precisam da escuridão
Fico a imaginar o quanto de força e brilho em nós
Está lá dentro aguardando para desatar nós
Quando tudo parecer escuro ou solitário cá fora
A luz que se evidencia na escuridão
A própria companhia que nos acolhe na solidão
A sabedoria que brota na dureza do chão
O amor que chega ou vai embora a cada estação…
As estrelas estão no meu céu agora
Mas em algum lugar há sol nessa hora
Ou o céu está tristonho, nublado
Ou a chuva cai, torrencial, tempo fechado
Mas o que vale lembrar é que as estrelas estão lá
E quando tudo estiver bem escuro
É o momento de deixarmos que brilhem
E extrair e contemplar o melhor dessa beleza
Do céu, lá de fora ou de nossa própria grandeza
E em você, há sol, estrelas, chuva, qual sua natureza?
Alda M S Santos
ENQUANTO SEU LOBO NÃO VEM
“Vamos passear na floresta enquanto seu lobo não vem”
Onde há “lobos” mais malvados e perigosos
Que podem matar, ferir, deixar doente
Onde é a floresta em que há mais meliante
Na mata, na selva de pedra, ou dentro da gente?
Que fazer, correr, fugir ou enfrentar
Mostrar a ele qual é o seu lugar?
As florestas verdes são menos perigosas
São o que são, não falseiam, não enganam
Saber o que esperar é luta justa
Quando não enxergamos o mundo tão cor de rosa
Mas uma coisa é certa, clara, cristalina
Quando se sabe bem a fome de seu lobo interior
A força que tem, a coragem, a sensibilidade
O Calcanhar de Aquiles, a fragilidade
Sao facilmente domados os lobos do exterior
Vamos passear na floresta?.
Alda M S Santos
SABEDORIA DA FLOR
Para tudo que se deseja conquistar
Há meios e meios de se alcançar
Há quem use espinhos para se defender
Outros a delicadeza para convencer
Nem sempre é certo que se chegará ao intento
Mas quem usa a sabedoria da flor a seu favor
Que quando mais apertada mais perfumada
Tem menos risco de sofrer nessa empreitada
Se há um caminho rápido, mais curto
Mas que põe a todos em surto, em exaustão
Não fará bem, será frágil competição
Se a estrada parece longa, demorada
Tente observar a natureza, a passarada
Algo de bom fará sua alma se sentir amada
Alda M S Santos
SABEDORIA DA AREIA
Viver a sabedoria da areia
Absorver o que é bom, que cabe em si
Deixar de fora, na superfície, o que não dilui, não flui
Aceitar sobre si diferentes tipos de vida
Ser apoio, refrescância, acolhimento, calor
Viver a sabedoria da areia
Deixar-se moldar pelas ondas
Parecer desabar, desfazer-se e persistir
Na certeza de que nada é eterno
Nem a tormenta, nem a calmaria…
Alda M S Santos
PEDRA, PAPEL E TESOURA
Pedra, papel e tesoura
Nessa divertida brincadeira de criança
Que aprendemos no grande quintal da infância
E, gostando ou não, levamos para os “tabuleiros” da vida
Buscando sempre o aliado mais forte
Para poder vencer e cantar vitória
Melhor é não ficar de bobeira, pois a vida é passageira
A sorte conta um pouco, a sabedoria vale mais
No vai e vem, no se esconde e se mostra
Vence aquele que não acredita-se invencível
Que não subestima o adversário
Que sabe que todos têm pontos fortes e frágeis
E que a vitória é transitória e temporária como brisa
Depende do adversário a enfrentar
E, muitas vezes, não vale o preço a pagar
Se custa nossa paz de espírito ou se destrói a de alguém
Pedra, tão dura, tão forte
Destrói a tesoura, que corta o papel
Mas perde para o papel que, maleável, a embrulha…
Todos podemos vencer
Todos podemos perder
Nada nem ninguém é tão forte
Que nunca possa perder
Nada nem ninguém é tão frágil
Que nunca possa vencer
Pedra, papel ou tesoura?
Tudo vai depender de você!
Alda M S Santos
DE CORPO E ALMA
A cada corpo cabe sua beleza, atraente e transitória
Aquela “trabalhada” nas atitudes de cuidado
De alimentação saudável, de sono tranquilo, belezas “malhadas” nas academias
A cada alma a sua beleza encantadora e eterna
Aquela “malhada” nas atitudes de amor para consigo
E, principalmente, para com o outro
No trabalho produtivo e prazeroso
No reconhecimento e gratidão de todo amor recebido
Na alegria bumerangue percebida em cada afeto doado
E que reflete melhor no corpo, no sorriso sincero, na pele viçosa
Na autoconfiança que encanta outras almas
Valem mais que aquelas adquiridas no “puxa-ferro” das academias…
Só seremos completamente belos, quando nos entendermos unos: corpo, mente e alma
Uno que se une a outro uno tornando -se duo, sem perder a unidade
E essa consciência só vem com atitudes de amor compartilhadas com todos que nos rodeiam
Todos que passam por nossas vidas e oferecemos o melhor de nós
Sem qualquer cobrança…
Alda M S Santos
ELE SEMPRE VOLTA
Estava escondido, encoberto, mas sempre lá
Sabe que é necessário, às vezes, ceder lugar, recolher-se
Deixar a natureza agir, molhar-se, hibernar
Confia em sua capacidade de resistir, de aquecer, mesmo entre nuvens
Ou debaixo de chuva constante
Sabe que tem seu lugar conquistado
Volta quente, lindo, brilhante como nunca
Alguns estranham, ficam ofuscados sob tanto brilho e calor
Outros, aceitam e saúdam o Sol em suas vidas
“Que bom que você voltou, senti falta do seu brilho e calor”
Quem soube aproveitar a chuva,
Se irrigar, abastecer seus mananciais
Lidar bem com a ausência do Sol
Saberá recebê-lo de braços abertos
Aquecer-se novamente, sabendo que somos assim mesmo
Nossa natureza é feita de presenças e ausências
De Sol e chuva, dia e noite, luz e sombras, sorrisos e lágrimas
Vive melhor quem aprende a lidar com elas
A estar preparado para esse constante vai e vem
Fácil? Nunca!
Mas a vida se impõe e vale cada aprendizado!
Alda M S Santos
TEMPLOS
Escolas são templos, hospitais são templos,
Igrejas são templos!
Hospitais curam os doentes do corpo,
Escolas curam os “doentes” do conhecimento,
Igrejas, independente de qual seja, curam os doentes da alma
Uma igreja recusar acolher um pecador
Seria o mesmo que uma escola fechar as portas ao analfabeto
Ou um hospital não atender uma vítima baleada
Detentores do conhecimento não precisam de escolas,
Saudáveis não necessitam de hospitais
Igrejas não são casas de santos!
Igrejas, todas elas, devem abrigar pecadores e sofredores da alma.
Templos servem para nos fazer melhores do que somos,
Desenvolver o maior templo de todos: nós mesmos
O templo do amor!
Vamos acolher a quem precisa
Seja qual for o templo!
Alda M S Santos
MATURIDADE
Que faz a maturidade?
Ensina a silenciar, a saber a hora de se calar, mesmo a contragosto,
Ou leva à ousadia de dizer tudo que quiser ou precisar, evitando sufocar,
E assumindo as consequências do dito, sem medos?
Que faz a maturidade?
Ensina a caminhar em passos mais lentos, sabendo que devagar também se chega,
Ou faz com que se tenha mais urgência, querendo viver o que ficou para trás, percebendo que o tempo urge?
Que faz a maturidade?
Ensina a ser mais cauteloso, respeitoso, evitando decepções a si e sofrimento aos outros,
Ou faz ter mais autoconfiança, agindo sem receios?
Que faz a maturidade?
Ensina a ser forte, resiliente, não deixando-se abater por qualquer coisa,
Ou torna-se mais sensível e frágil, magoando-se facilmente e chorando por quase tudo?
Que faz a maturidade?
Ensina a cuidar melhor de si e dos próprios desejos,
Ou a valorizar mais o outro, a protegê-lo, a cuidar de quem se aproxima?
Que faz a maturidade?
Ensina a ser mais paciente e tolerante,
Ou a exigir essa paciência e tolerância do outro?
Uma coisa é certa, todos dizem que a maturidade chega sem percebermos,
Que ao atravessarmos essa ponte, não tem volta…
Mas só não chega lá quem morre antes!
Então, viver ao máximo cada fase, sendo mais compassivo consigo mesmo, é o segredo!
Alda M S Santos
COMO UM BEIJA-FLOR
Entre muitas cores e sons
Tons, nuances, texturas …
O olhar transita entre o próximo
O distante e o longínquo
Ora apenas fixa longe sem nada ver
Ora quer trazer para dentro de si as belezas distantes,
Acalentá-las num cantinho qualquer de nossa alma,
Somos assim…incertos…
Como um beija-flor que suga sem cessar
Precisamos parar, descansar, observar calmamente a grandeza à nossa volta,
Absorver tudo de bom que pudermos conseguir…
Abastecer-nos de riquezas, estocar para as horas de carestia,
Corpo, mente, alma, coração…
Sabedoria da natureza: tudo aproveitar, nada desperdiçar,
Como um beija-flor…
Alda M S Santos
SORTE E SABEDORIA
Por onde formos,
Saber escolher é necessário,
Deixar-se escolher, importante,
Combinar ambos é sorte,
Dirão alguns descrentes
Combinar ambos é sabedoria,
Dirão outros mais sagazes,
Escolher e ser escolhido em perfeita sintonia
É combinação rara
Quase tanto quanto aliar sorte à sabedoria.
Alda M S Santos
NO BANCO DE TRÁS
Nossa vida passa por momentos de alternância, muitas vezes sem percebermos.
Nossa maneira de lidar com esse revezamento natural determina nossa paz diária.
Numa fase, temos o controle de nossas vidas, estamos ao volante, guiamos para onde queremos, do jeito que queremos.
Nossos filhos viajam atrás, confortáveis em suas cadeirinhas, ou já sentados no banco de trás.
Aceitam o destino por nós escolhido. Confiam, se entregam, observam, aprendem.
Sonham com o dia em que ocuparão o banco do carona ou, melhor ainda, do motorista.
E chega a hora em que eles passam para a frente, nós passamos para o banco de trás.
Aí muita sabedoria é necessária. De motoristas e passageiros.
Passageiros precisam confiar no novo motorista, nos ensinamentos que eles receberam e relaxar. Não interferir tanto.
O “controle” de certa forma está com eles.
Motoristas necessitam saber que os passageiros, outrora motoristas, ainda que estejam menos ágeis ou espertos, não desaprenderam o que sabiam. Ainda podem ensinar algo.
São necessários aqui muita tolerância, respeito, gratidão.
Essa relação acontece dentro dos veículos e fora deles.
Pais e filhos precisam reconhecer que à medida que crescem e envelhecem a situação pode se inverter ou, no mínimo, mudar.
Aceitar que em qualquer idade todos podem aprender, podem ensinar.
Num dado ponto notamos que não há supremacia de um sobre o outro, apenas admiração e amor.
E um pouco de bom humor também não faz mal a ninguém.
Sabemos que chegará o instante em que nem estaremos mais nesse carro.
Outras crianças estarão no banco de trás e o ciclo recomeçará.
Boa viagem!
Alda M S Santos
A LUZ DA ESCURIDÃO
A luminosidade é linda! Nela, tudo podemos enxergar: cores, formas, brilhos. Porém, os olhos ficam dispersos em meio a tantas informações visuais.
Na escuridão tudo parece breu. A ideia é de que nada se pode ver. Mas a partir do momento em que se acostuma a vista, percebemos o importante, captamos o essencial, enxergamos algo nunca visto na claridade. Enxergamos o que pode ter passado despercebido em meio à luz intensa.
Penso que Deus permite que enfrentemos a escuridão para enxergarmos algo de bem valioso. Em Sua sabedoria nada é por acaso.
Devemos continuar curtindo a luz. Mas quando tudo parecer escuro, que possamos firmar a vista e enxergar o que importa. Deus quer chamar nossa atenção para o essencial.
Que sejamos capazes de enxergar a luz que há em toda escuridão!
Alda M S Santos