MAL AOS MAUS?
Na mesma medida que gostaríamos de ser avaliados
Devemos observar e avaliar
Do mesmo modo que esperamos empatia e misericórdia
Ofereçamos compreensão e perdão
Da mesma maneira que não queremos estar na escuridão
Desejemos luz, paz, benevolência
Se quisermos perdão e indulgência em nossas falhas
Sejemos os primeiros a ofertá-la
Desejar o mal aos maus não nos torna bons!
Alda M S Santos
PERDÃO!
Perdão, quando não soube caminhar por esse chão
Pelas vezes que disse sim, quando deveria dizer não
Ou, quando ao contrário, faltou coragem para o sim
Sabendo que ele que me traria pra mim
Perdão pela afobação, pela impaciência
Pela falta de esperança ou resiliência
Por desistir muitas vezes, cansada
Por não ter visto nenhuma luz nessa estrada
Perdão a mim mesma, quero leveza
Perdoar, perdoar-se, seguir nossa natureza
A culpa é um fardo muito pesado
Quem perdoa a si e ao outro é abençoado
Perdão não implica seguir na mesma situação
Ele é luz para nova estrada, nova sensação
Sem a bagagem do ontem, do passado
Coma alma leve, o futuro vem bem anunciado
Alda M S Santos
PERDÃO!
Perdão, quando não soube caminhar por esse chão
Pelas vezes que disse sim, quando deveria dizer não
Ou, quando ao contrário, faltou coragem para o sim
Sabendo que ele que me traria pra mim
Perdão pela afobação, pela impaciência
Pela falta de esperança ou resiliência
Por desistir muitas vezes, cansada
Por não ter visto nenhuma luz nessa estrada
Perdão a mim mesma, quero leveza
Perdoar, perdoar-se, seguir nossa natureza
A culpa é um fardo muito pesado
Quem perdoa a si e ao outro é abençoado
Perdão não implica seguir na mesma situação
Ele é luz para nova estrada, nova sensação
Sem a bagagem do ontem, do passado
Coma alma leve, o futuro vem bem anunciado
Alda M S Santos
PERDÃO!
Perdão, quando não soube caminhar por esse chão
Pelas vezes que disse sim, quando deveria dizer não
Ou, quando ao contrário, faltou coragem para o sim
Sabendo que ele que me traria pra mim
Perdão pela afobação, pela impaciência
Pela falta de esperança ou resiliência
Por desistir muitas vezes, cansada
Por não ter visto nenhuma luz nessa estrada
Perdão a mim mesma, quero leveza
Perdoar, perdoar-se, seguir nossa natureza
A culpa é um fardo muito pesado
Quem perdoa a si e ao outro é abençoado
Perdão não implica seguir na mesma situação
Ele é luz para nova estrada, nova sensação
Sem a bagagem do ontem, do passado
Coma alma leve, o futuro vem bem anunciado
Alda M S Santos
Domingo Poético. Tema: Perdão, leveza da alma
PERDÃO
Uma das maiores virtudes, prova de nossa evolução
É saber perdoar nos outros sua imperfeição
Aqueles que nos envolvem em suas malhas
Desculpar, deixar seguir e nos manter distantes de suas falhas
Mas importante mesmo e nem sempre tão fácil
É perdoar em nós mesmos as más escolhas
Os caminhos escuros, nem sempre retos
Nossas fragilidades, nossos desejos tão incertos
Culpa pesa, remorso idem, a dor sobrecarrega
É sabido que autopunição atrasa, ninguém nega
Deixar para trás o que nos paralisa
E buscar no hoje, no agora, o que nos avaliza
Essa é a sabedoria que o viver exige
A vida nos oferece opções variadas
Cabe a nós mesmos fugir das ciladas
Olhar com olhos de amor e perdão para si
É saber que o passado se foi, deixou lição
E o futuro chega sempre, está logo ali
Perdoe, perdoe-se, olhe ao longe
O sinal da vida está aberto!
Alda M S Santos
DESCULPE!
Se nem sempre soube o que dizer
Se nem sempre consegui te ouvir, entender
Se não aceitei quando quis me acolher
Desculpe!
Pelos caminhos apertados onde entrei
Pelas vezes que fugi, te ignorei
E não soube ser grata, decepcionei
Desculpe!
Pelas dores que às vezes te culpei
Cobrei, e o erro era meu, bem sei
Pelas vezes que desesperei, não confiei
Desculpe!
Pela minha humanidade, falhei
Em Sua bondade, me reencontrei
A ti, gratidão, não desistirei
Por isso… desculpe!
Alda M S Santos
DESCULPE-ME
Desculpe-me pelas vezes em que não te ouvi
Por aquelas que fingi nada sentir
Desculpe-me pelas vezes que te fiz sofrer, chorar
E num pranto sentido mergulhar
Desculpe-me pelas vezes em que seu jeito desrespeitei
E fiquei perdida, desesperei
Desculpe-me por tentar fazer de ti o que não és
Para agradar aos outros, em tanto revés
Desculpe-me pelas vezes em que fui tão coração
E te magoei sem razão
Desculpe-me pelas vezes que, afoita,
Não te dei tempo para se recolher, repensar
Desculpe-me pelas vezes em que não vivi
Por medo insano de viver, quase morri
Desculpe-me, meu interior,
O lado mais verdadeiro de mim
Pelas vezes em que fingi não estar a fim
Desculpe-me pelas vezes em que errei
E quase joguei fora a chance de viver, não perdoei
Felizmente, aprendi, enfim
O que sou é o que há de mais belo e real para mim
E, antes de qualquer um, devo a mim mesma perdoar, amar
Até quando for permitido juntas este caminho atravessar…
Desculpe-me!
Alda M S Santos
INDIGNOS
A cada vez que nos questionamos aflitos, perdidos
Por que fulano me abandonou, ou por que beltrano fez isso comigo
Por que Deus não me protegeu daquele mal
Por que fui agir assim e não assado
Situações nas quais nos sentimos abandonados e desamparados
Buscamos na verdade a nós mesmos
Perdemo-nos de nós, sentimos falta de nós, não nos reconhecemos
Culpamo-nos, consideramo-nos indignos de amor e proteção
Indignos de desfrutar da árvore da vida
Mergulhamos nas sombras, no isolamento, na tristeza
Considerar-se indigno é um peso muito grande para qualquer ombro
Prestes a nos afogar nas nossas próprias angústias e lágrimas
Quando nos sentimos à beira de um abismo, o único modo de seguir em frente
É dando um passo para trás, para dentro de nós
Devemos nos reconciliar conosco mesmos para encontrá-Lo, pois
Conquistar o perdão do outro, ou perdoá-lo, é bronze
Conquistar o próprio perdão é prata
Obter o perdão divino é ouro
Ninguém é digno do ouro
Sem antes ter conquistado o bronze e a prata…
Só assim nos sentiremos dignos novamente!
Alda M S Santos
PERDÃO
Perdoar não é tarefa fácil! Não mesmo!
Dependendo de quem causou a mágoa, o mal
Mais difícil se torna!
Mas não existe perdão mais difícil
Que o perdão a si mesmo…
Tanto que nas pessoas depressivas
Com dependências químicas diversas
Ou com problemas de saúde mental
Há várias culpas não resolvidas
E o sofrimento é autoinfligido
O mal causado aos outros, a si mesmo
Torna-se árduo e pesado demais para carregar
Perdoa-se aos outros com o tempo
Mas o que quase sempre fica para trás
É o auto-perdão
E esse é um peso que impossibilita a caminhada, que trava,
Para perdoar ou se perdoar é preciso humildade
Reconhecer-se humano e falho
E capaz de refazer, recomeçar, aprender com os erros, seguir outro caminho
O Grande Mestre perdoou a todos nós, sempre misericordioso
Só nos faria bem se aprendêssemos
Um pouquinho desse amor, dessa misericórdia
E o dividíssemos com os outros,
Começando por nós mesmos…
Alda M S Santos
NÃO É UMA BOA!
A inversão de valores de nossa sociedade beira à insanidade.
Um jovem goleiro promissor, Bruno, é condenado a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver da ex-companheira e pelo sequestro e cárcere privado do filho.
Cumpre 4 anos, é liberado da prisão, e logo tem convites de times para que possa atuar novamente.
Errar é inerente à condição humana. Não há santos! Todos erramos! Todos! Erros existem para nos ensinar. Sair de um erro e cometer o mesmo em seguida é burrice, falta de caráter.
Bruno “pagou” pelo seu crime, se é que há meios de se pagar por uma vida que se tira. Pagou, tem direito a ser recebido de volta à sociedade, reconstruir sua vida!
Mas a sensação de impunidade grita aos olhos de todos. Foi um crime hediondo, cumpriu poucos anos, volta à sociedade como se nada tivesse acontecido!
Qual a imagem que se passa para nossas crianças e jovens? Aqueles que têm pais e mães desempregados há anos, que estão também desempregados! O crime compensa?
Homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver.
Isso não é qualquer coisa, qualquer crime, qualquer erro!
A juíza do caso afirmou que a personalidade de Bruno “é desvirtuada e foge dos padrões mínimos de normalidade” e destacou que “o réu tem incutido na sua personalidade uma total incompreensão dos valores”.
Muitas piadas circulam por aí. Que ele tirou um diploma na prisão, que falta isso nos currículos dos desempregados…
É o modo do brasileiro de encarar o que o atinge. Brincando, fazendo piada.
Alguns patrocinadores do time “Boa”, que o contratou, retiraram o patrocínio. Não querem seus nomes envolvidos em tamanha sujeira.
Ontem foi recebido como celebridade por torcedores do time.
Um país em que praticamente todas as crianças sonham com o futebol, em ser jogadores, qual o exemplo que estão recebendo?
Que ídolos nossos filhos estão aplaudindo?
Nosso papel de pais e educadores torna-se ainda maior para se contrapor a tudo isso.
Fugir da questão não será uma “boa”.
Alda M S Santos.
CULPAS E RESPONSABILIDADES
Todos nós somos acometidos por elas em algum momento da vida.
Quanto mais regras e normas de conduta carregamos,
Quanto mais corretos e precavidos tentamos ser, mais o risco de as carregarmos em nossas bagagens.
Ninguém está livre ou isento, posto que somos humanos!
Errar, machucar, machucar-se, consertar, tentar de novo, errar outra vez, sempre fará parte de todo aprendizado.
Análises, julgamentos, veredictos: culpados!
Nós mesmos prevemos grandes punições e sanções.
Acreditamos que os outros merecem,
Acreditamos merecê-las!
Temos em mente a lei do retorno, da colheita, do “aqui se faz, aqui se paga.”
Vale lembrar que o grande Mestre do amor apregoa o perdão.
Se Ele é capaz de nos perdoar, após arrependimentos e mudança de atitudes,
Deveríamos ao menos ser mais complacentes com os erros dos outros,
E, particularmente, com os nossos, e tentar de novo, sempre.
O tempo vai nos ensinando de quais perigos nos manter afastados ou vigilantes: animais, situações, pessoas…
Por mais bonitos ou convidativos que possam parecer.
Bagagens carregadas de culpas atrasam nossa caminhada,
Não são bons materiais de construção,
Impedem vivências ricas e maravilhosas.
Peso inútil, descartável!
Alda M S Santos