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Nunca foi!

NUNCA FOI!
Nunca foi sobre o que se amealhou
Nunca foi sobre o quanto se conquistou
Nunca foi sobre o que causa orgulho ou vaidade
Exceto se tudo isso foi usado para o bem
Exceto se isso foi para diminuir desigualdades
Exceto se isso foi para estimular
E não envergonhar nossos semelhantes
O que se amealha por aqui de valioso
É o que se deixa no coração dos que ficam
E se pode carregar na alma, levemente
Quando voltar para casa…
Alda M S Santos

Heranças

HERANÇAS

Trazemos conosco muitas heranças

Que vêm passadas de geração para geração

Pais, avós, bisavós, tios, primos…

A cada dia notamos em nós algo de algum dos nossos ascendentes

Ou algo nosso nos nossos descendentes

Algumas características que amamos, necessárias

Que nos orgulhamos por possuir, por passar para frente

Outras como um apêndice inútil a ocupar espaço

E outras que até pagaríamos para devolver, por machucar, envergonhar

Heranças genéticas, físicas e mentais

Heranças emocionais, de personalidade

Heranças materiais, bens ou dívidas

Mas somos muito além do que herdamos

Nada vem tão fechado, imutável, inerte

Sobre o que herdamos podemos agir, transformar, melhorar

Ou piorar, dependendo do que fizermos

Personalidade não mudamos, mas podemos aprimorar

Características físicas podemos aprender a valorizar

Dívidas podemos pagar ou arrolar

Bens materiais podemos multiplicar ou conservar

E a capacidade de amar e evoluir é pessoal e individual

Sempre pode ser aprendida e aprimorada

E, quem sabe, a herança que deixarmos

Possa ser cada vez melhor?

Alda M S Santos

Heranças

HERANÇAS
Que essa vida passa bem rápido, todos já sabemos. Quer tenhamos feito, ou não, bom uso desse presente, ele se vai.
Sem papo mórbido ou tenebroso, o que gostaríamos de deixar aqui quando formos chamados para o outro lado?
Recursos financeiros todos gostaríamos de receber, de deixar, é verdade. Mas eles acabam, se esvaem. E são apenas recursos. Não nos representam.
Tantos exemplos temos tido do quanto a vida é fugaz. A morte não ceifa a vida apenas dos enfermos.
Se fôssemos levados agora, o que estaremos deixando de mais valioso? Independente de termos ficado por aqui 20, 30, 50 ou 70 anos, o que ficará de nós nos outros?
Sei de mim que gostaria de deixar lembranças. De preferência, boas.
Quero que ao menos uma pessoa se lembre que a tratei com carinho e compaixão. Quer sejam familiares, amigos ou desconhecidos.
Que outra se lembre que lhe dei atenção, dei colo, chorei junto, sorri, aconselhei.
Que lembrem-se de ajuda material também, pois aqui somos matéria.
Que quem eu feri de alguma maneira possa lembrar-se que me desculpei, que soube me redimir.
Que quem me magoou não se sinta mal com minha partida, pois terá a certeza do meu perdão.
Que alguns seres humanos possam sentir-me viva em seu coração, pois fiz morada ali, por uns tempos, ou pela vida toda.
Que quem se lembrar de mim possa dizer: ela não foi perfeita, mas soube se doar o máximo que podia! E aproveitou a vida!
Que possam mais se alegrar por mim que chorar.
Que nossa vida valha uma boa herança!
Alda M S Santos

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