TU, QUE ÉS PROFESSOR
Tu, que és professor, ensina-me a fugir dos holofotes, sem contudo, ficar na escuridão.
Tu, que és professor, ensina-me a brincar com a vida, sem contudo, desvalorizá-la.
Tu, que és professor, ensina-me a priorizar as lições, a me esforçar, a não desistir.
Tu, que és professor, mostra-me os caminhos, ajuda-me a dar o primeiro passo.
Tu, que és professor, pega na minha mão quando eu tiver muitas dificuldades.
Tu, que és professor, deixa-me caminhar, meio trôpego, às vezes, mas caminhe comigo um pouco!
Tu, que és professor, mostre-me a maravilha do novo, sem contudo, descartar o velho.
Tu, que és professor, mostre-me as janelas das possibilidades, ajuda-me a fechar as que não mais renovam o ar.
Tu, que és professor, ensina-me a usar minhas asas, e que voar não é só teoria.
Tu, que é professor, ensina-me a aceitar que retroceder pode ser uma boa estratégia, que chorar pode clarear caminhos.
Tu, que és professor, ensina-me que problema que se resolve junto, a solução é mais rápida e mais confiável.
Tu, que és professor, ensina-me a ter amigos, parceiros, mas a valorizar sempre minha própria companhia.
Tu, que és professor, ensina-me a sonhar, encoraja-me a realizar.
Tu, que és professor, ensina-me a aceitar o amor em todas as suas vestes, sem contudo, torná-lo démodé.
Tu, que és professor, ensina-me a ser independente de você, sem contudo, deixar de amá-lo.
Tu, que és professor, sendo grande, aprenda suas próprias lições.
Alda M S Santos
A QUEM SEGUIMOS?
“Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.” (Mateus, 19-21)
Um senhor, abismado, colocou-nos essa questão: “Jesus ou os que o seguiram deviam ter algo que nenhum de nós tem. Eu não seguiria nenhum homem que me pedisse para largar minha mulher, filhos, vender tudo e o seguir. Sem ao menos me oferecer um emprego, apenas dizendo que teria vida melhor e eterna. Ele devia ser muito bom ou os caras eram tolos. Se Jesus aparecesse hoje seria morto de novo.”
Na hora, respondemos apenas que Ele era o filho de Deus, certamente tinha algo de especial, alguma luz, alguma bondade, que atingia os corações daqueles que Dele se aproximavam. Refletia amor, por isso despertava amor.
Fiquei pensando que poderia ter-lhe dito outras coisas.
Acredito que há muitos de nós que ainda O seguimos. Não no sentido literal, de andar lado a lado. Subir e descer montanhas e pregar.
Não somos tolos, mas abandonamos tudo e O seguimos quando entendemos e agimos de acordo com os ensinamentos que deixou.
Quando demostramos amor pela família e pelos nossos semelhantes, mesmo os que nos desagradam, quando nos dedicamos com afinco ao nosso trabalho, quando estendemos a mão a alguém menos afortunado que nós, quando dizemos não à negatividade de certos sentimentos, quando enxergamos o outro, de verdade, além de nós mesmos.
Acredito que todos nós seguimos algo. Qual o sentimento que nos comanda? O que queremos? O que buscamos? O que fazemos para conseguir? Quem levamos conosco? Quem deixamos para trás?
Ele nos ensinou a maior lição de todas: O AMOR. A Deus, a nós e ao nosso próximo.
Se em nossa vida diária agimos com amor, por amor, pelo amor, conosco e com nossos semelhantes, nós O seguimos.
Ele prometeu voltar. Enquanto não vem, vamos amar e cuidar de toda a beleza de Sua criação, seja ela qual for. E quando Ele chegar, saberemos identificá-Lo.
Alda M S Santos