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poemas e reflexões da vida cotidiana

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Escondidos

ESCONDIDOS
Quantas palavras não ditas
Um silêncio sufoca?
Quantas questões e dúvidas dolorosas
Uma sabedoria esconde?
Quantas angústias e lágrimas intermitentes
Um sorriso camufla?
Quanta inteligência e bondade  
Uma simplicidade carrega?
Quantos medos e traumas
Uma coragem disfarça?
Quantas loucuras e desatinos
Uma sanidade “sossega”?
Quanta esperança e fé
Um orgulho embaça?
Quanto companheirismo e amizade
Uma distância destrói?
Quanta evolução e aprendizado
Uma soberba apaga?
Quanto carinho e amor
Uma indiferença mata?
Quanta vida feliz
A inércia impossibilita?
Quanta coisa boa anda escondida
Nos recônditos secretos de nós mesmos
Aguardando para ser revelada
E navegar no barco da vida?
Alda M S Santos

Levezas

LEVEZAS
Não quero pesos, encostos
Preciso dispensar excesso de bagagens
Particularmente cargas emocionais que subjugam a alma e o corpo
Distribuir com equidade os demais “pesos”
Tornando-os mais leves, prazerosos de carregar
Preciso de mais confiança, esperança e paz
Preciso de mais cores, mais brisa, mais brilho
Mais reflexos positivos de mim nos outros
Dos outros em mim
Preciso manter a fé na humanidade
A fé em mim mesma
Por um mundo onde reinem
A suavidade, a beleza, a delicadeza
O encanto, o amor e a magia
Que nos atinja a todos
E que aconteça em via dupla
Que haja reciprocidade!
Alda M S Santos

Meu mundo para

MEU MUNDO PARA

Nas mil voltas que esse mundo maluco dá
A gente vai tentando não cair, nos segurar
Apegando-nos a algo que nos faça seguir
Que não nos trave no mesmo lugar

Tantas vezes queremos tocar a campainha
Dar um sinal que avise que queremos parar
Cansados estamos, tontos, só queremos descer
Arrumar um cantinho, encolher para descansar

Girando por aí para todos os cantos
Notamos que tantas vezes precisamos é nos soltar
De algo a que nos apegamos e nos prende no mesmo lugar
Por não querer seguir, se envolver, participar

Tantas as travas, tantas as tristezas
Que podem fazer nosso mundo parar…
Urge focar nas alegrias, nos estímulos, no belo
No amor que precisamos para fazer nosso mundo girar…

Alda M S Santos

Cercas

CERCAS

Há cercas de madeira ou de aço

Outras de concreto ou bambu

Mas as mais cerceadoras do mundo

São as feitas de medo, de tabu

Algumas delas basta uma serra para tombar

Outras precisam de uma talhadeira para quebrar

Mas as mais fáceis(?) de derrubar

São as que exigem o ato de amar

Amor quebra barreiras

Derruba grades, abre porteiras

É a arma mais forte do mundo

Mas só se encontra em coração fecundo…

Alda M S Santos

Barreiras físicas

BARREIRAS FÍSICAS

Barreiras físicas não impedem um sonho

Muros, cercas, barricadas não barram um ideal

Barreiras físicas, quando muito, retardam o objetivo

Dificultam a travessia, tornam a chegada mais valorizada e especial

Mas quando o sonho e a esperança são grandes e valiosos

Não há barreira física que impeça o avanço

Daquilo que é pura emoção…

Sonhos possuem asas, voam alto e atravessam qualquer obstáculo!

Alda M S Santos

Que não doa tanto ser gente

QUE NÃO DOA TANTO SER GENTE

Algo errado, muito errado, desumano

Que acaba por acionar angústias e tristezas represadas em nós

Nossas comportas também se rompem

Sensação de não pertencimento a esse lugar

Desvalorização da vida, dos sentimentos, das conquistas

Vidas hierarquizadas, sem critério algum

Saudades de outros tempos, de outras pessoas

De uma época em que sabíamos valer algo

Talvez nem valêssemos, mas não percebíamos assim

A ignorância dos fatos é, muitas vezes, uma bênção

Pessoas lançadas umas contra as outras

Por questões políticas, religiosas, sociais, financeiras

Não se sabe mais ao certo o que é importante

Uma barragem se rompe lá e estoura algo aqui dentro da gente

Saudades…

Saudades de um tempo bom

Em que não éramos apenas números

Uma imagem embaçada na memória, um retrato na estante

Ou do que éramos noutro tempo

Quando não matávamos tudo, até sentimentos

Esse tempo existiu mesmo?

Quero um mundo novo, mais humano

Quero um lugar novo, onde não doa tanto ser gente

Quero ir embora daqui

Quero reencontrar a esperança e a capacidade de sonhar

E afastar o pesadelo da realidade…

Alda M S Santos

Barreiras que nos salvam de nós mesmos

BARREIRAS QUE NOS SALVAM DE NÓS MESMOS

Uma hora são as sombras que turvam a visão

Noutra a claridade excessiva que dificulta o trajeto

Chuvas fortes, granizo, neblina, tempestades

Buracos na via, lama, alagamentos

Um quebra-molas gigante nos obriga a reduzir a velocidade

Um desvio sugerido, convidativo, e insistimos em ignorar

Uma árvore caída que impede quase toda a passagem nos atrasa

Um acidente com alguém interrompe nossa viagem por um tempo

Vários obstáculos no caminho para chamar nossa atenção

Muitas, muitas pedras a transpor

Vários alertas! E ignoramos…

Até que o acidente ocorre conosco mesmos

Forte, doloroso, destruidor

O trilho se parte, o trem descarrilha e ficamos perdidos

Aí somos obrigados a parar, a refletir, a avaliar o que fizemos

Será que é esse mesmo o destino, o melhor caminho?

É preciso recalcular a rota, o veículo utilizado, os companheiros de viagem

Aquele obstáculo no caminho nem sempre é ruim

É apenas algo Superior querendo nos salvar de nós mesmos

De trajetos ruins que não levam a lugar algum

De transporte inadequado, de trilhas defeituosas

De más companhias, do modo de dirigir muito afoito

Das prioridades que temos colocado em nossa viagem

É bom sempre prestar atenção nas estradas, na sinalização

Principalmente nos obstáculos que dificultam de certo modo o seguir

Sentar, ainda que na beira da estrada sem fim

Reavaliar, redirecionar, repensar, recalcular o caminho…

Agradecer tudo de bom, quem nos ama e ora por nós mesmo de longe

Aquelas barreiras que tanto reclamamos

Físicas, mentais ou do coração

Podem ter vindo para salvar não só nossas vidas

Mas várias outras vidas também…

Alda M S Santos

Barreiras

BARREIRAS

Quantos muros construímos em torno de nós?

Quantas muralhas mantêm afastados os “inimigos”?

Quantas barreiras impedem que nos vejam como realmente somos?

Atrás de quantos sorrisos se esconde uma tristeza?

No fundo de quantos olhares ternos está entocada uma angústia?

O quanto a simpatia aparente é capaz de esconder?

Brechas se abrem por uns tempos, não entendidas, logo se fecham.

Não somos habituados a tentar transpor barreiras, derrubar muros ou enxergar além deles.

As maiores muralhas que nos afastam dos outros e de nós mesmos

São aquelas invisíveis ou disfarçadas de porteiras abertas.

Alda M S Santos

Fronteiras

FRONTEIRAS

O amor não possui fronteiras

Pela própria essência é um invasor 

Nasce rompendo o invólucro do próprio ser

Após isso, invade qualquer margem

Avança qualquer obstáculo, 

Natural, geográfico, psicológico

Lógico, ilógico, real ou imaginário. 

O amor possui natureza de desbravador

Desconhece limites… 

Sorte nossa!

Alda M S Santos

 

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