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Brinde da maturidade

BRINDE DA MATURIDADE

Não gosta, não fique perto
Faz mal ou machuca, se afaste
Não gosta de ouvir, desligue
Te causa angústia, mude o foco
Não quer brigar, não responda, ignore
Não quer brincar não entre no jogo
Não procure, não veja, não leia
Se é politicagem ou mentira, pule
Se é falsa religiosidade, só lamente
Não gaste energia com o que sabe que fere
Dê tempo, se cuide, se trate bem, se cure
Feche portas, tranque janelas, abra persianas
Elas mostrarão para quem destrancar a alma
A vida requer sabedoria, boas escolhas
Só nós mesmos somos capazes de identificar
O que vem para somar, acrescentar
Ou o que já não serve mais, só vai atrasar
Saber onde quer ficar e de onde sair é brinde da maturidade
Aproveite!

Alda M S Santos

Qual sua natureza?

QUAL SUA NATUREZA?

Olho para o céu, tão negro, tantos pontinhos brilhantes
Estrelas que estão a anos-luz de distância, piscantes
E ainda irradiam brilho, luz, magia
Encantam, atraem, seduzem, são pura energia
Tão poderosas, mas para se mostrarem precisam da escuridão
Fico a imaginar o quanto de força e brilho em nós
Está lá dentro aguardando  para desatar nós
Quando tudo parecer escuro ou solitário cá fora
A luz que se evidencia na escuridão
A própria companhia que nos acolhe na solidão
A sabedoria que brota na dureza do chão
O amor que chega ou vai embora a cada estação…
As estrelas estão no meu céu agora
Mas em algum lugar há sol nessa hora
Ou o céu está tristonho, nublado
Ou a chuva cai, torrencial, tempo fechado
Mas o que vale lembrar é que as estrelas estão lá
E quando tudo estiver bem escuro
É o momento de deixarmos que brilhem
E extrair e contemplar o melhor dessa beleza
Do céu, lá de fora ou de nossa própria grandeza
E em você, há sol, estrelas, chuva, qual sua natureza?

Alda M S Santos

Em águas turvas

EM ÁGUAS TURVAS

Aquelas vezes em que mergulhamos em águas turvas

Saímos do prumo, exaustos, derrapamos nas curvas

Cansados de não ver o fundo, não ver ao longe o horizonte

Desejo de estar só, nos isolar no mar,, buscar uma fonte

Águas que embaçam o olhar, deixam-nos a divagar

A questionar esse mundo, os outros, o nosso lugar

Que fazer por aqui, em quem confiar ou acreditar

A vida muitas vezes parece em nós estacionar

Nadar em águas claras, mergulhar, ir em frente, seguir

Ainda que muitas vezes não dê para sorrir

Braçadas leves, suaves, até tudo isso digerir

 
Enquanto houver águas dá para nadar

É preciso movimentar para oxigenar

E nesse giro louco tudo tudo organizar

Alda M S Santos

Mestra

MESTRA

A vida é a melhor mestra, a melhor professora

Não há como duvidar, ela sempre ensina

Para quem quer aprender, é tutora

Mostra como seguir, vencer nossa sina

As lições podem ferir, doer, machucar

Especialmente a quem quer se enganar

Deixa claro como água o que é bom, o que é mau

Desestrutura tudo, causa grande vendaval

Tempestades de vento, muito tormento

Decepções de todo tipo, descontentamento

Precisamos aprender, ter discernimento 

A cada lição ou aprendizado, uma marca é deixada

No corpo, na alma, fica a verdade tatuada

Quero paz, luz, quero saber fugir de qualquer cilada

Alda M S Santos 

Mais no meu blog vidaintensavida.com

O que cabe no coração

O QUE CABE NO CORAÇÃO

Que ficará na lembrança?
Agosto chegando, com o perdão do trocadilho
Não esteve muito ao nosso gosto não
Que ficará na lembrança, haverá esperança?
Rostos mascarados, olhos assustados
Abraços que não deu, pessoas que perdeu
Um refúgio em si mesmo que escondeu
Que você perdeu?
Nesse balanço da vida que pareceu tão fugaz
Houve algo para te trazer a paz?
Que fez de bom, cresceu, desenvolveu
Questionou se seria da humanidade o apogeu
Ou simplesmente não se importou, relaxou
Se entregou aos braços de Morfeu?
Teve piedade, compaixão, caridade
Entre as dores coração amoleceu ou endureceu
A vida continuou a ser um espetáculo
Ao qual você assistiu cansado , inerte
Ou levantou da cama, do sofá, lutou, agiu?
Que você perdeu?
Amizades, um amor, festas, trabalho
Foi grato às oportunidades ou se enfureceu?
Oito de doze, dois terços do ano se foram
Um vírus, uma pandemia, lições ficarão
Bom é ser o bem, fazer o bem, estender a mão
Manter só aquilo cujo valor cabe no coração…

Alda M S Santos

Onde mais aprendes

ONDE MAIS APRENDES

Nos desertos ressequidos que atravessas
Na pele fina pelo sol castigada
Nos olhos irritadiços que poupas
Na alma de cansaço fustigada

É onde mais aprendes…

Nas negativas que recebes
Na busca incessante por descanso, por uma rede
Na chuva que não irriga seu solo interior
Nos oásis que não satisfazem sua sede

É onde mais aprendes…

Nas batalhas que já não queres lutar
No propósito de, ainda assim, seguir em frente
Nos medos que precisas enfrentar
Para com a vida não ser descrente

É onde mais aprendes…

Nas lembranças de tempos difíceis
Na força que te fez valente
Nas lutas que enfrentou, sobreviveu
No amor que se fez presente

Foi onde mais aprendeste…

Alda M S Santos

Aprendi, aprendendo

APRENDI, APRENDENDO…

Aprendi que…
Nem toda lágrima é de dor ou tristeza
Tampouco todo sorriso é de alegria
Que só vale a pena manter quem é de verdade
Quem torna real nossa fantasia

Aprendi que…
Ser humano implica em também sofrer
Encarar com coragem tudo que aparecer
E, mesmo assim, não desistir de tentar
Porque a felicidade é prêmio pelo qual vale a pena lutar

Aprendi que…
A vida passa, as pessoas idem
Mas o que realmente importa, é valioso
Não é tão fluido ou fugaz
Eterniza-se em nós, é grandioso…

Aprendi… aprendendo…

Alda M S Santos

O silêncio

O SILÊNCIO

Nada diz mais que um bom silêncio

Aquele que sentamos conosco e nos passamos a limpo

Boas perguntas, respostas sinceras

Sem medo de sermos devorados por famintas “panteras”

Um auto divã, real, sem expectativas vãs

Quem sou, o que gosto, o que me incomoda

Porque me deixo girar nessa roda

Que aceito, o que permito, o que me deixa aflito

Quem amo, quem tolero, quem evito

O que me mantém por aqui, ativo, cativo

Silêncio lá fora, barulho cá dentro

Ele muito diz para quem se dispõe a ouvir

Ou para quem não tem com quem falar, para onde ir

Silêncio, conhecido também como solidão

Pode ser um grande amigo nesse mundo nem sempre irmão…

Alda M S Santos

Onde mais aprendes

ONDE MAIS APRENDES

Nos desertos ressequidos que atravessas

Na pele fina pelo sol castigada

Nos olhos irritadiços que poupas

Na alma de cansaço fustigada

É onde mais aprendes…

Nas negativas que recebes

Na busca incessante por descanso, por uma rede

Na chuva que não irriga seu solo interior

Nos oásis que não satisfazem sua sede

É onde mais aprendes…

Nas batalhas que já não queres lutar

No propósito de, ainda assim, seguir em frente

Nos medos que precisas enfrentar

Para com a vida não ser descrente

É onde mais aprendes…

Nas lembranças de tempos difíceis

Na força que te fez valente

Nas lutas que enfrentou, sobreviveu

No amor que se fez presente

Foi onde mais aprendeste…

Alda M S Santos

A melhor professora

A MELHOR PROFESSORA

Ela é considerada a melhor professora

Nem sempre a mais doce

Tampouco a mais justa

Pode levar tempo, machucar

Precisar reapresentar as mesmas lições

Do mesmo modo, mesmos recursos e técnicas

Ou com um método diferente, novos livros, material didático atualizado

Para os alunos mais “complicados” e difíceis

Mas ninguém pode negar sua eficiência

Ela ensina, leve o tempo que levar

Por bem ou por mal

Por prazer ou por dor

A vida ensina! E como ensina!

Se esse for o único quesito exigido, o troféu vai para ela

A vida é a melhor professora!

Alda M S Santos

Sofrimentos

SOFRIMENTOS
Há duas maneiras das pessoas encararem as duras penas da vida
Algumas sabem o peso de determinado sofrimento
E jamais querem o mesmo para alguém, próximo ou não
Outras, como sofreram aquilo, não se importam com o outro
Às vezes, desejam que o outro passe pelo que passou,
Até, muitas vezes, causam no outro a mesma dor
Na tentativa errônea de sofrer menos, não sabendo-se só
Como se ao doer no outro doesse menos em si próprio
São os modos diferentes que a alma de cada um
Mais evoluída, ou menos, lida com o próprio sofrimento!
Mas aprende, cedo ou tarde, que a dor de cada um é única
E deve ser enfrentada dentro de si mesmo,
Até ir apagando aos pouquinhos…
Alda M S Santos

No banco de trás 

NO BANCO DE TRÁS

Nossa vida passa por momentos de alternância, muitas vezes sem percebermos. 

Nossa maneira de lidar com esse revezamento natural determina nossa paz diária.

Numa fase, temos o controle de nossas vidas, estamos ao volante, guiamos para onde queremos, do jeito que queremos.

Nossos filhos viajam atrás, confortáveis em suas cadeirinhas, ou já sentados no banco de trás. 

Aceitam o destino por nós escolhido. Confiam, se entregam, observam, aprendem. 

Sonham com o dia em que ocuparão o banco do carona ou, melhor ainda, do motorista. 

E chega a hora em que eles passam para a frente, nós passamos para o banco de trás. 

Aí muita sabedoria é necessária. De motoristas e passageiros. 

Passageiros precisam confiar no novo motorista, nos ensinamentos que eles receberam e relaxar. Não interferir tanto. 

O “controle” de certa forma está com eles. 

Motoristas necessitam saber que os passageiros, outrora motoristas, ainda que estejam menos ágeis ou espertos, não desaprenderam o que sabiam. Ainda podem ensinar algo.

São necessários aqui muita tolerância, respeito, gratidão.

Essa relação acontece dentro dos veículos e fora deles. 

Pais e filhos precisam reconhecer que à medida que crescem e envelhecem a situação pode se inverter ou, no mínimo, mudar. 

Aceitar que em qualquer idade todos podem aprender, podem ensinar. 

Num dado ponto notamos que não há supremacia de um sobre o outro, apenas admiração e amor. 

E um pouco de bom humor também não faz mal a ninguém. 

Sabemos que chegará o instante em que nem estaremos mais nesse carro. 

Outras crianças estarão no banco de trás e o ciclo recomeçará. 

Boa viagem! 

Alda M S Santos 

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