LIBERDADE
Busco a liberdade que almejo
Esse bem raro e precioso
Na simplicidade que me cerca
Deitar numa rede ou numa relva
Olhar para o céu e deixar-me levar
Soltar a mente, permiti-la voar junto àquele gavião
Viajar nos versos ternos de um poema
Ou na história triste de uma prosa.
Janelas do carro abertas, música invadindo tudo, vento nos cabelos
Pisar fundo e sentir que poderia voar pra bem longe, sem destino
Correr, dançar, soltar tudo que puder e quiser no papel
Embrenhar-me numa mata, respirar fundo, cheiro de mato
Cor de mato, sons do mato, encanto do mato…
Banhar-me lentamente num rio caudaloso, numa cachoeira, ou num chuveiro quentinho
Meus pensamentos e eu…
Encostar a cabeça nos joelhos, fechar os olhos e sonhar…
Nosso maior ato de liberdade permitido.
Que ninguém jamais poderá nos tirar…
Alda M S Santos
LIBERDADE
Busco a liberdade que almejo
Esse bem raro e precioso
Na simplicidade que me cerca
Deitar numa rede ou numa relva
Olhar para o céu e deixar-me levar
Soltar a mente, permiti-la voar junto àquele gavião
Viajar nos versos ternos de um poema
Ou na história triste de uma prosa.
Janelas do carro abertas, música invadindo tudo, vento nos cabelos
Pisar fundo e sentir que poderia voar pra bem longe, sem destino
Correr, dançar, soltar tudo que puder e quiser no papel
Embrenhar-me numa mata, respirar fundo, cheiro de mato
Cor de mato, sons do mato, encanto do mato…
Banhar-me lentamente num rio caudaloso, numa cachoeira, ou num chuveiro quentinho
Meus pensamentos e eu…
Encostar a cabeça nos joelhos, fechar os olhos e sonhar…
Nosso maior ato de liberdade permitido.
Que ninguém jamais poderá nos tirar…
Alda M S Santos
LIBERDADE
Num barco chamado felicidade
Num oceano pacífico
Vou em busca de liberdade
Onde me apetecer, eu fico
Ser uma ilha em alto mar
E seguir remando, cercada de paz
Vez por outra parar, nadar
Assim minha alma se refaz
Enfim, mergulho de cabeça na imaginação
Vou fundo numa catarse renovadora
Em mim mesma está a solução
Da liberdade que é tão inspiradora…
Alda M S Santos
E O BARCO DA VIDA PARTE…
E o barco da vida parte
Leva quem tem coragem
Leves e com espaços a preencher
Ou pesados de tanta bagagem
E o barco da vida parte
Deixa a segurança do cais
Em busca de novas aventuras
Talvez de um novo caos
E o barco da vida parte
Vários rumos, vastos oceanos
E o que fica é a vontade
De ser feliz também nesse plano
E o barco da vida parte
Leva alguns, deixa outros
Na saudade do vivido
Do que ficou por viver
Do que há ainda para viver
E o barco da vida parte
Todos os dias, todo o tempo
Com ou sem passageiros e tripulantes
Nem sempre a contento
Ele parte…
Alda M S Santos
LIBERDADE VIGIADA
Um lindo aquário, água, luz, alimento, cuidado
Quase tudo se assemelha ao ambiente natural
Outros semelhantes a nadar por ali em círculos
Nadam, criam, procriam…
O tempo todo observados, monitorados
Liberdade controlada, vigiada
Se for muito longe bate contra o vidro
Se mudar a rota dá de cara na porta
Mas tem comida, proteção, não tem predador
Não?
Mas tem grandes sonhos, seu doutor!
Um lindo, vasto e perigoso oceano lá fora
E ele ali naquele lar, morando com o inimigo
Será que pensa nisso quando a gente vai embora?
Liberdade vigiada…
Alda M S Santos
LIBERDADE
Não quero um dia mundial da liberdade
Quero a liberdade mundial todos os dias
Começando pela liberdade de cada indivíduo
Repudio qualquer tipo de prisão
Aquelas a que somos submetidos contra a nossa vontade
Independente de quais trancas se use
Físicas, psicológicas, financeiras, religiosas…
Quero a liberdade de ir e vir
Sem cerceamento ou controle
Quero a liberdade de ter ou ser
Sem precisar prestar altas contas disso
Quero a liberdade de sentir ou agir
Sem ser atormentado por traumas ou culpas
Quero a minha liberdade
Desde que ela não se interponha à liberdade do outro
Quero liberdade, mas não abro mão da responsabilidade
Aquela que possibilita leveza nas asas para voar
Satisfação pela habilidade e encanto pelo amplo espaço a desbravar
Pois liberdade pesada é pior que prisão
As asas têm técnica, mas perderam o prazer de voar…
Quero a liberdade para viver!
Alda M S Santos
SEM FRONTEIRAS
Voam na imensidão do azul do céu
Não têm limites, não têm fronteiras
Sozinhas, em pares ou em grandes grupos
No céu dançam um lindo ballet
Em silêncio ou cantando, se comunicando
Simplesmente, voam…
Sem destino? Não sei!
Parecem livres, despretensiosas
Pousam numa árvore frondosa
Fazem muito barulho
Será uma reunião de revisão de rota?
Algum perigo? Temem algo?
Ou será apenas uma pausa para descanso?
Param todas na beira de um lago
Molham-se, hidratam-se, banham-se
E seguem seu caminho no espaço…
Haverá algo que possa interromper seu curso, seu voo?
Vão e voltam, fazem estações
Sem fronteiras….
Daqui de baixo a tudo observo, invejo tal liberdade de ser, de pouco precisar
Voo com elas… vou longe… e volto…
Pés no chão, coração no espaço…
Alda M S Santos
EFEITO BORBOLETA?
Entra voando janela adentro do meu quarto
É noite, tudo escuro lá fora
Talvez atraída pela luz, voa em círculos sobre a cama
E para na parede à minha frente
Fico encantada com o voo, as cores, a leveza, a liberdade
Eu me aproximo devagar, confiante, ela me permite tocá-la
Que veio fazer aqui, borboleta?
Não tem medo de aqui ficar presa ou perdida?
Veio buscar o quê, aventureira?
Ou será que veio me ensinar a leveza, a coragem de voar?
Suas cores e “digitais” parecem falar comigo
Dá mais uns voos rasantes pelo quarto e sai majestosa para a noite de luar…
Efeito borboleta? Que poder tem o bater de suas asas?
Leveza, liberdade, a fragilidade e fugacidade do viver …
Alda M S Santos
(IN)DEPENDÊNCIA
Nunca ninguém é independente
Nem uma pessoa, tampouco uma nação.
A questão é oscilar e, se possível, escolher, vez ou outra,
Entre ser dependente de alguém
Ou ter alguém dependente da gente.
Manter esse equilíbrio é ter a falsa sensação de liberdade
De estar temporariamente independente.
Independência é utopia! Sempre seremos (in)dependentes,
Aquela dependência do eu que vive dentro de nós,
E, vez ou outra, foge…
Alda M S Santos
UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA
Não se faz justiça quando igualamos o que é distribuído, mas quando equalizamos
A justiça não se faz quando todos ganham o mesmo pedaço de pão
Mas quando o pão que recebem mata sua fome, sem falta ou desperdício
A justiça não se faz quando todos recebem a mesma quantidade de afeto, de beijos e abraços
Mas quando o carinho recebido é na medida certa para suprir sua escassez
A justiça não se faz quando todos recebem o mesmo cobertor, o mesmo calor
O mesmo afago e o mesmo amor
Mas quando é observado o frio de cada um, a carência de amor de cada um
A justiça não se faz dando tudo no mesmo formato e quantidade
A justiça se faz quando cada qual, diferentes no modo de ser e agir
Recebe de acordo com suas necessidades…
Alguém que “recebe” o que não precisa
Alguém que toma o que não lhe pertence
Está deixando um outro necessitado
Um ser humano consciente sabe disso, sente isso
E tenta equilibrar a balança
Como um pai cuidadoso e observador faz com os filhos
Como o Pai, Mestre do Amor, faz conosco…
Alda M S Santos
PRISÃO DOMICILIAR
Pode-se dizer que estão em prisão domiciliar
Aqueles que de dentro deles não saem?
Que dia e noite estão trancados em si mesmos
Aguardando a condenação final?
Quem sabe uma pena alternativa
Como doar tempo e amor a outro sofredor
Não os livre dessa dívida pessoal e social?
Alda M S Santos
Imagem google
PRESA
Ser presa, sentir-se presa
Dos olhos, de uma arma,
De uma situação, de outro ser.
Liberdade restringida, medo, escuro, abandono.
Lutar, brigar, vencer, sentir a proteção divina.
O desafio de toda presa
É não permanecer presa
De medos, pensamentos ou situações,
É continuar a acreditar na vida e no amor.
É seguir o caminho, ainda que pareça nebuloso,
Certamente voltará a brilhar…
Alda M S Santos
LIBERDADE
Pseudo liberdade é quando escolhemos
As grades de nossa prisão.
Ou quando não as identificamos,
Mas estamos atrás delas,
Sempre nos cerceando.
Alda M S Santos
LIBERDADE
Liberdade: sonho, utopia, realidade?
De ser o que é, sem sofrer ou gerar preconceitos de qualquer tipo.
Com responsabilidade e compromisso.
Primeiro, conquistada em nosso interior..
Respeito aos nossos sentimentos, desejos, vontades, limites.
Autoconhecimento, autoestima, autopreservação…
Só depois apresentá-la exteriormente!
Assim poderemos ter respeito pelo que o outro representa para nós.
Liberdade: A base de qualquer felicidade duradoura!
É uma conquista pessoal, não social!
Alda M S Santos