SEM PRETENSÕES
Não quero ser a mais inteligente que entende tudo de tudo
Ou que ignora pensadores e construtores do saber
Nem a mais culta ou sociável que agrada a todos
Tampouco a mais bela, a que para o trânsito
Ou a perfeitinha e boazinha que a todos atende
Aquela totalmente maleável, pacífica, que nunca se enerva
Sorrindo sob o peso do andor
Que molda-se ao gosto do freguês
Nem mesmo a madame mais chique ou luxuosa
Não quero! Impossível!
Não tenho essa pretensão
Seria impossível conquistar, pesado manter, difícil sustentar
E totalmente desnecessário…
Quero apenas ser eu mesma
Prefiro as imperfeições que vão sendo aparadas
Nas dificuldades e decepções diárias
Quero ser inteligente o bastante para sempre evoluir
Sabendo até onde ir
Sem contudo me afastar dos outros
Culta e sociável o suficiente para atrair boa gente
Bela o bastante por fora,
Mas de um modo a não ofuscar ou distorcer o que vier de dentro
Coração bondoso a ponto de me colocar no lugar do outro
Na medida exata para poder ajudar, ser útil, sem ser tola
Flexível, resiliente, mutável
Sem ferir meus princípios e essência
Aquela que procura sorrir sempre, mas que chora, que se enerva
Que ama, que sente saudade, que namora
Que às vezes quer sumir…
Chique o suficiente a ponto de trocar
Qualquer programa ou prato sofisticado
Por um banho de rio, um livro na rede e uma pizza gigante…
E sempre irei amar quem me aceitar como sou
Ainda que não seja desse jeitinho aí…
Tudo mais é pura falácia!
Alda M S Santos
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