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Agruras da maldade

AGRURAS DA MALDADE

Somos muito mais fortes que pensamos
Deus nos fez assim, aparência de flor
Delicadeza de pétala de rosa, suavidade
Perfume, encanto, aparente fragilidade
Mas é falácia, pura ingenuidade
Somos santidade ou somos o profano
Depende de quem em nós se fizer engano
Somos a textura da pétala ou o espinho da rosa
Somos meninas, moças, somos mulheres!
Se não conquistamos nosso espaço pela delicadeza
Deus nos deu espinhos para nossa defesa
Roseirais aguentam a chuva, o sol, o vento
Podem perder pétalas, botões, ser sofrimento
Mas se juntam, se alinham, se protegem
Perder uma pétala, um botão, uma rosa
Não diminui em nada o roseiral
O essencial está enraizado, forte
Regado nas noites de sereno e lágrimas, sem norte
O que se perde por ação da natureza
Ou até mesmo ação humana, malvadeza
Volta para a terra e será adubo, nutrição
Volta para a alma, será motor para o coração
A fortalecer o que houver de bom, ser renovação
Roseiras que foram podadas dão as mais lindas rosas
Mulheres que foram magoadas, feridas, decepcionadas
Em sua emoção cinicamente violentadas
Crescem, se fortalecem, brilham, engrandecem
O olhar delas é misto de delicadeza, força e superação
Não será qualquer um que poderá derrubar esse roseiral, não
Rosas e mulheres podadas se abrem novas para a vida
Preparadas para o caminho, o amor, a lida
Nada segura uma mulher consciente de sua força e fragilidade
Que venceu e se fortaleceu nas agruras da maldade!

Alda M S Santos

Que nunca se aceite

QUE NUNCA SE ACEITE

Que nunca se aceite a submissão humana

Seja por qualquer razão ou alegação

Raça, cor, credo, gênero, cultura, opção sexual

Ideologia política, condição social ou financeira, títulos, religião

Que nunca se aceite a hierarquização humana

Aquela que gera opressão, fome, tortura, segregação

Medos, traumas, prisões, guerras, morte, exclusão

Que nunca se aceite que se humilhe e desumanize seres humanos

Sob o lema falso de Deus, da lei, da ordem e do progresso

Porque quando se submete a essas “leis”

Quando se aceita esse tipo de perversidade inócua

Quando não mais nos incomodamos, quando há omissão

Grande parte de nós já se afastou de Deus, já deixou de ser humano

Já deixou de ser coração…

Que nunca se aceite! Nunca!

#ditaduranuncamais

Alda M S Santos

Fotos Google

Na calada da noite

NA CALADA DA NOITE

Tudo é silêncio, parece silêncio

Na escuridão o mal se agiganta

Medos e traumas antigos parecem maiores

Forças minam, a fé luta para prevalecer

Gatos miam, tomam o que julgam seu sobre os telhados

Gatas dão o que fingem “amarrar”

Cães ladram e tentam proteger o que parece perdido, ameaçado

Casais se amam, namoram sob os telhados

Uns nascem, renascem, outros matam, morrem

Munidos das mais variadas armas: brancas, de fogo, da confiança, da desesperança

Gatunos de colarinhos brancos, becas, batas, ternos

Disfarçados, vestidos de seres do bem, mascarados de “amor” e bondade

Invadem casas, veículos, escolas, igrejas, pessoas

Quebram janelas, estouram fechaduras, aproveitam uma fissura qualquer

Às vezes arrombam, outras são convidados a entrar

Nas TVs abertas ou fechadas, nas ondas do rádio, na web conquistam adeptos e seguidores

Pilham, roubam, amarram, matam

Amealham dia a dia tudo que se tem de bom

Sequestram o corpo, torturam a mente

Aliciam corações e almas carentes, sofridas

“Protegidos” pelas sombras o mal age calado

Na calada da noite…

Usurpam a vida, destroem sonhos

Roubam a inocência de infantes e adultos, ameaçam

Desestruturam famílias, passam-se por amigos, por anjos de Deus

Enquanto os anjos dormem…

Será que dormem?

Será que ainda haveria vida por aqui se não estivessem acordados, agindo?

Na calada da noite o mal se agiganta

Na calada da noite é que os anjos mais trabalham…

Na calada da noite não podemos nos calar

À luz do dia devemos nos fortalecer e gritar…

Alda M S Santos

Você é estranho?

VOCÊ É ESTRANHO?

-“Você é estranho”? -uma menininha pergunta a um adulto que mexeu com ela.

Inocência pura! Certamente foi muito alertada a não dar atenção a desconhecidos.

Alerta de amor e cuidado nesse mundo recheado de maldades.

Para a infância seria suficiente?

E para os jovens e adultos?

Quem são verdadeiramente os estranhos?

Tantos conhecidos mostrando-se mais estranhos que alguém de quem não sabemos nada…

Um rosto sorridente, familiar, de convívio diário não garante proteção, segurança contra decepções ou crueldades.

Abusos físicos, sexuais, assédios morais, emocionais, atentados contra a vida de crianças e mulheres no próprio lar por rostos estranhos “conhecidos”, amados.

A verdade é que por mais que saibamos de alguém, sempre podemos ser surpreendidos,

Positiva ou negativamente!

A criancinha não está errada em perguntar: você é estranho?

Deveríamos fazer essa pergunta a nós mesmos diante de cada ser humano conhecido que convivemos.

O quanto há de estranho dentro de nós, dentro daqueles que “conhecemos”?

Você é estranho até que ponto?

Alda M S Santos

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