POBRES DE NÓS

“Nem tudo que reluz é ouro”

A vida vai nos ensinando pouco a pouco

Tombo a tombo, escuridão a escuridão

Batalha por batalha, derrota ou vitória

Nem todo sorriso é felicidade

Pode ser também desejo de se manter forte

Nem toda lágrima é negativa

Pode ser a limpeza que faltava nesse terreno baldio que somos tantas vezes

Uma vida festeira pode carregar uma pessoa solitária

Buscando companhias na agitação do cotidiano

Nem toda bela estampa exterior revela um interior bonito

Nem toda imagem familiar de comercial de margarina

Revela uma vida tão simples, fácil e bonita

O que cada um de nós enxerga do outro

É apenas aquilo que o outro permite que seja visto

Por dentro, cada qual sabe de si

Suas lutas e dificuldades, suas derrotas diárias

E o quanto custa manter um sorriso ou segurar uma lágrima

Nem tudo que reluz é ouro

Mas todo ouro, mesmo fosco, não lapidado, carrega seu valor

Muitas vezes quem está ao nosso lado aparentemente “tão feliz”

Enfrenta males que sequer desconfiamos

São poucos que conseguem atravessar essa couraça protetora do cotidiano

E ver o que o outro realmente é ou precisa

Pobres de nós!

Alda M S Santos