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O sonho desenhado

O SONHO DESENHADO

Saudade, saudosismo, nostalgia
A palavra para definir essa sensação
De que tudo que ficou para trás
Poderia ter sido melhor aproveitado
Será que não poderia voltar um pouquinho
Para a gente curtir só mais um tiquinho
Olhar mais demorado, abraçar mais devagarinho?
A tinta que pinta a linha do tempo
Vai perdendo um pouco as cores…
A saudade é a vida dando novos tons
Fazendo vibrar o coração com novos sons
Sabendo que tudo que ficou marcado
Foi a magia da alma, o sonho desenhado…

Alda M S Santos

Um anjo

UM ANJO

Ele me disse num sonho que seria o último dia
Quis saber último dia para quê
Não me disse, apenas reafirmou
Hoje é o último dia…
Intrigada, logo pensei: ou o mundo terá fim
Ou meu mundo irá se acabar
Que poderei fazer para melhor aproveitar
Para desse mundo louco e lindo me despedir
Quanto mais pensava, mais coisas desejava
Ficar agarradinha na família, entre os meus
Dar um passeio com amigos e amigas
Dirigir por aí, sem rumo, vento no rosto
Embrenhar numa mata com uma linda cachoeira e não voltar
Navegar em alto-mar até sumir de vista
Realizar aquele sonho louco que tanto quis
Infringir alguma lei, quebrar barreiras
Dizer os “te amo” que foram poupados por medo
Ficar entre as rosas perfumadas do jardim
Sorrir mais vezes, brincar mais, chorar menos
Num cantinho só meu, me despedir de mim…
Eram tantas coisas a fazer
Tanto que havia ainda por viver
Quando assustei o dia já chegava ao fim
E agora? Que irá acontecer?
O dia se foi, a noite veio, novo dia chegou …
E eu sempre pensando que aquele poderia ser o último
Fui aproveitando melhor o que de bom eu tinha
Lindo e amigo anjo que veio me avisar
Que a vida pode num sopro se acabar…

De: Alda Maria Silva Santos

Caí da cama

CAÍ DA CAMA

Era noite, escuridão, breu total
Eu ali, dançando, brincando, ao natural
Ao tentar mexer, virar, me equilibrar
Caí da cama, nossa, foi de assustar!

Navegava, dançava, ria, me divertia
Sensualizava, agradável passeio, pura alegria
Derrepente no balanço do barco eu via
Uma vida de amor e pura magia e…caía

Um sonho de encanto na natureza
Mata, vento, rio, tanta beleza
Onde o amor faz festa, é a realeza

Ele me puxa para si, enlaça
Machucou? Chega para cá, vou te segurar
Cair da cama, isso é que não dá!

Alda M S Santos

PARAÍSO?

PARAÍSO?

Era um lugar diferente, especial
Caminhava feliz, como no meu quintal
Alguns bancos, grama verdinha
Havia muita gente, mas estava sozinha

Parecia conhecer a todos ali
Olhavam-me, sorriam, “que faz aqui”?
Era o que o olhar deles perguntava
Não sabia dizer, só caminhava

Conversavam entre si, havia harmonia
Mas apesar de estar só, sentia a sintonia
De um lugar calmo, pacífico e acolhedor
Mas procurava alguém “sim, meu senhor”

Com uma facilidade enorme escalei
Uma árvore até o topo e lá fiquei
Paz era a sensação…”você aqui”?
Abri os olhos, sorri, te achei, acordei …

Alda M S Santos

Um sonho bom

UM SONHO BOM

Uma pequena fuga da realidade
Sonho bom, sem qualquer maldade
Daqueles que não se quer acordar
Voltar a dormir, continuar a sonhar
Tão real quanto um sonho pode ser
Fragrâncias, cores, sons, toques, sensações
Desejo de tudo aquilo obter
A mente vagueia em busca de realizações
Pessoas, lugares, situações
Tão transitórias quanto as estações
E as almas se satisfazem nas emoções
Um lento despertar, longínquo voltar
Retorna ao real, ao seu lugar
E segue aguardando novo sonhar
Alda M S Santos

Miragem

MIRAGEM

Como sonâmbulo, você andava num espaço bonito, porém frio e nebuloso

Passava por muita gente e não enxergava ninguém

Alguns lhe estendiam as mãos, sorriam, cumprimentavam

Outros nem te percebiam ou pareciam bravos contigo

Você não via, parecia ter outro objetivo

Olhos sem brilho, “adormecido”, opacos

Mas seguia…sem parar para nada

Eu observava de longe, encolhida num canto, chorosa

Você chegou até mim, os olhos brilharam, acordaram

Estendeu-me as mãos, levantou-me do chão

Pediu desculpas, chorou, me abraçou demoradamente

“Eu sempre te amei… sempre”-afirmou muitas vezes

E sumiu numa nuvem de fumaça

Como miragem…desapareceu…

Sentei-me novamente no canto

Você voltou para a vida

Eu continuei ali de onde não poderia sair…

Um sonho perturbador!

Alda M S Santos

Dores

DORES

Uma sombra escura, uma luz que não clareia,

Um sorriso que não ilumina, uma palavra que nada diz,

Uma fome insaciável, uma sede não identificada,

Um silêncio inoportuno, uma distância forçada,

Uma mágoa contida, um olhar apagado,

Um amor não correspondido, um desejo represado,

Um sonho tão sonhado, não realizado,

Um tempo tão longo, tão improdutivo,

Uma realidade dura, crua, não digerível,

Uma esperança que morre, por fim.

Ausências, ausências, ausências…

Uma energia que se esvai e se esgota,

De onde tudo deveria brotar…

Alda M S Santos

Amar é…

Amar é…
Desafiar a lei da gravidade
É viver em constante suspensão
É tornar o sonho, realidade
Ignorando a força que vem do chão.
Alda M S Santos

Liberdade

LIBERDADE

Liberdade: sonho, utopia, realidade?

De ser o que é, sem sofrer ou gerar preconceitos de qualquer tipo.

Com responsabilidade e compromisso. 

Primeiro, conquistada em nosso interior..

Respeito aos nossos sentimentos, desejos, vontades, limites.

Autoconhecimento, autoestima, autopreservação…

Só depois apresentá-la exteriormente! 

Assim poderemos ter respeito pelo que o outro representa para nós.

Liberdade: A base de qualquer felicidade duradoura!

 É uma conquista pessoal, não social! 

Alda M S Santos

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