QUANDO SOU PRIMAVERA
Quando sou primavera
Sou flor, cheiro, cor
Beleza, harmonia
Atraio, encanto,
Perfumo e embelezo…
Porém, não sou primavera todo o tempo
Venho de invernos frios, longos e solitários
Quase destruída nos verões de muitos ventos e tempestades
Abandonada e recolhida em mim mesma nos outonos
Em que perdi boa parte de mim…
Reconstruí, floresci, renasci….
Enfim, primavera!
Trago comigo arraigados
Meus verões, outonos e invernos…
E com eles, quem me acompanhou
Com eles quero dividir
Minhas flores, minhas alegrias, meu perfume
Minhas cores, meu encanto!
E sigo devagar, sem pressa…
Nas chuvas e nas brisas vou florindo meu jardim
E me abasteço para o próximo outono
Ele sempre vem!
Alda M S Santos
Primavera: música e poesias no Abrigo Frei Otto #carinhologos