SEGUINDO O FLUXO
Ao volante, vidros abertos, cabelos ao vento, música no volume máximo.
A estrada é longa, vários veículos à frente, atrás, outros no contra-fluxo.
E ela segue o fluxo…
Canta algumas canções, tamborila e tenta dançar outras, dentro das possibilidades, sorri, sente dores, saudades, se impacienta, chora…
Começa a cansar daquele ritmo, daquela estrada, não quer seguir ninguém, quer estar só.
Desvia, ultrapassa um, outro, até tomar a dianteira.
Uns reclamam, xingam, mas ela segue seu caminho. Pisa fundo, quer outras matas, outras metas, outros rios, outro céu.
Quer encontrar seu destino…
No final das contas o destino final é o mesmo. Os caminhos, rotas, trilhas, desvios que pegamos ou caronas que oferecemos é que fazem a diferença.
Às vezes, quando cansados, precisamos apenas passar para o banco do carona, nos recostar, dormir, confiar, e nos deixar levar.
Pode ser que a gente se surpreenda com a nova rota e o novo condutor.
É muito bom conduzir, mas deixar-se conduzir por Aquele que nos ama é certeza de chegar bem ao destino.
Alda M S Santos