AI QUE SAUDADE…REBOBINA!
Ontem: “Não chore mais não sofra assim”
“Porque posso te dar amor sem fim”
Hoje: “Minha eguinha pocotó”
Antes “Dona, desses traiçoeiros, sonhos sempre verdadeiros”
Agora: “São as cachorras, uhu hu hu hu”
Ontem: “Mesmo quando quis morrer de ciúme de você
Você me fez falta”
Hoje: “Pras cretinas do baile cheias de tesão
Popozão vai descendo até o chão”
Ontem: “Rimas de ventos e velas, vida que vem e que vai“
Hoje: “Cheguei chegando bagunçando a zorra toda”
Ontem: “Essa é a última canção que eu faço pra você”
Hoje: “Vai, malandra, an an
Ê, tá louca, tu brincando com o bumbum”
Ontem: “Se um um beija-flor invadir
A porta da sua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo”
Não dá! Quero voltar! Rebobina!
Me mandem de volta para a década de 70!
“Ai que saudade de ocê”!
Falta amor? Falta amar?
Falta criatividade, se respeitar?
Em qual momento deixamos o romantismo
O respeito, o encanto e beleza da canção noutro lugar
E permitimos essa porcalhada toda nos enterrar?
“A solidão que fica e entra
me arremessando contra o cais…”
A música, o amor, o romantismo pedem socorro!
Alda M S Santos