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Nova Terra

NOVA TERRA
Quando uma edificação está muito danificada
Se se jogar tudo abaixo, recomeçar do zero, nova construção
Perde-se história, memória, lembranças, aprendizados
Pode-se mexer na estrutura, reestruturar
Desmontar paredes, derrubar janelas
Arrancar pisos, azulejos e portas
Estar nesse meio onde tudo parece ruir
Dá vontade, às vezes, de desistir
Dar adeus, ir embora, fechar a conta
Mas, se há paciência e dedicação
Se se coloca a mão na massa da reconstrução
Se se usa a bondade e sabedoria do coração
Uma nova edificação surgirá
Mais bela e imponente que antes
É só acreditar!
Ele mandou bons construtores para ajudar
Ele acredita em nós!
Alda M S Santos

Desastres mandam avisos!

DESASTRES MANDAM AVISOS!
Primeiro uma goteira intermitente
Em seguida, as telhas quebradas
Uma trinca na parede que se alarga
O piso cujas cerâmicas desprendem
Buracos no entorno que vão aumentando
Vários avisos de que a casa precisa de cuidados!
E a gente pensa, “isso é normal”
“Coisas do uso, a casa é forte”
Uns paliativos aqui, outros ali
Acumula lixos, entulhos, sujeira tóxica
Até que a parede cai, o chão se abre
O teto desmorona sobre a cabeça
A tempestade já invade todo o imóvel
“Mas, como isso foi acontecer”?
As maiores destruições não chegam sem aviso!
E não estamos falando de nossa casinha
Estamos falando do nosso Planeta!
Alda M S Santos

E se…

E SE…

E se a Terra se rebelasse
A Natureza se revoltasse
O céu as estrelas não enfeitassem
Os namorados sob a Lua não se animassem

Será que iríamos acordar?

E se as cachoeiras secassem
As fadas ali não mais voltassem
As ondas do mar estacionassem
Os rios dos obstáculos não desviassem

Será que iríamos acordar?

E se as flores se fechassem
As árvores, tristes, tombassem
O sol de nascer se esquecesse
A chuva de nós se escondesse

Será que iríamos acordar?

E se o amor não mais nos alimentasse
Dia e noite por aqui se misturassem
A beleza e delicadeza não nos encantassem
A poesia não mais da tristeza nos salvasse

Será que iríamos acordar?

A vida no planeta Terra pede socorro
Quando iremos acordar?

Alda M S Santos

Uma Terra feliz

UMA TERRA FELIZ

Uma Terra feliz precisa do quê?
O que você me diz?
Seres humanos menos tensos, mais empáticos
Uma natureza menos danificada, mais valorizada
Relações mais amorosas, solidárias
Menos disputas e batalhas com o outro
E mais as lutas com nossas próprias dificuldades
Nos sobrepondo a nós mesmos, evoluindo…
Uma Terra feliz e mais humana
Precisa de humanos menos desumanos
Mais atentos, amorosos, solidários
E capazes de entender que a mudança começa em si
E daí pode a todos contagiar, se alastrar
E fazer nossa Terra mais feliz girar…
Alda M S Santos

A seleção

A SELEÇÃO
A Terra gira rapidamente
Nosso planeta já não pode mais parar
E a cada rotação vai sutilmente
Colocando cada coisa em seu devido lugar
A seleção está sendo feita
Quem fica, quem vai
Quem sabe e quem quer, aproveita
Não desperdiça oportunidades de crescer
De ser mais e melhor
Ela segue ajeitando tudo
Não tem mais volta…
Alda M S Santos

Quisera

QUISERA

Quisera ser uma fada e ter todo o conhecimento

Poderes do bem, do discernimento

Saber distinguir o que será de bom aproveitamento

E o que não irá trazer aborrecimento

Quisera poder afastar o mal com um simples toque

Despertar a todos para o bem, para a luz, sem choque

Não ser enganada, ter poderes sobrenaturais

Daqueles que nos fazem querer amar mais e mais

Quisera ser uma fada capaz de consertar o mundo

Colocar a Terra de novo nos eixos, em órbita

Despertar sentimentos nobres e profundos

Quisera ser uma fada, não ficar apavorada

Mas se conseguir a paz em minh’alma já estarei abençoada

Já poderei levar bons adeptos comigo nessa escalada

Alda M S Santos

Sou parte

SOU PARTE

Apenas um pontinho na imensidão

Um grãozinho em tamanha grandeza

Uma parte aparentemente insignificante

Diante de tão vasta e maravilhosa natureza

Ainda assim, mesmo um pontinho ali, faço parte

Tanto verde, tanto céu, tanta vida, tanta história

E posso em tudo influenciar

Por atividade ou inércia

Posso modificar o ciclo natural das coisas

Tudo que faço ou não faço

Tem efeito dominó, atinge a tudo e a todos

Tem efeito bumerangue, retorna para mim mesma

Essa energia que a tudo atrai, repele ou contagia

Que se faz harmonia, magia, sintonia

Mostra que fazemos parte

Somos importantes por aqui

É uma grande responsabilidade

Sou parte! Somos parte!

Alda M S Santos

Meu mundo para

MEU MUNDO PARA

Nas mil voltas que esse mundo maluco dá

A gente vai tentando não cair, nos segurar

Apegando-nos a algo que nos faça seguir

Que não nos trave no mesmo lugar

Tantas vezes queremos tocar a campainha

Dar um sinal que avise que queremos parar

Cansados estamos, tontos, só queremos descer

Arrumar um cantinho, encolher para descansar

Girando por aí para todos os cantos

Notamos que tantas vezes precisamos é nos soltar

De algo a que nos apegamos e nos prende no mesmo lugar

Por não querer seguir, se envolver, participar

Tantas as travas, tantas as tristezas

Que podem fazer nosso mundo parar…

Urge focar nas alegrias, nos estímulos, no belo

No amor que precisamos para fazer nosso mundo girar…

Alda M S Santos

Que inteligência é essa?

QUE INTELIGÊNCIA É ESSA?

Que inteligência é essa

Que produz máquinas e armas de destruição

Mas que não cura um câncer, um mal do coração?

Que inteligência é essa

Que num simples acionar de um botão

Pode lançar um míssel nuclear e nos reduzir a pó

Mas deixa morrer de fome um irmão?

Que inteligência é essa

Que nos leva à guerra, ao terreno do outro, por insanas disputas emocionais ou materiais

Mas não enxerga a vida que míngua bem nos seus quintais?

Que inteligência é essa

Que viaja em naves e foguetes pelo longínquo campo do espaço sideral

Mas não acha o caminho da paz e do amor dentro de si, de seu tão próximo campo emocional?

Que inteligência é essa?

Alda M S Santos

Desertificando

DESERTIFICANDO

Um planeta desértico estamos nos tornando

Picos de temperatura, amplitude racional, aridez emocional

Deserto de compaixão, de doação, sensação de solidão, abandono

Desconhecimento do outro, que parece tão longe ou inexistente

Perdidos e sem rumo, a esmo, presos à ingratidão

Grudados a “valores” questionáveis, a egos indomáveis

Mas como em todo deserto

Enquanto houver lembrança da umidade e frescor

Enquanto brilhar a esperança de um oásis

Enquanto estiver firme o desejo de mudança

Ainda será possível abrir os olhos e o coração

A despeito da ventania, da areia, do calor intenso

E, em marcha, seguir toda a humanidade

Um passo de cada vez

Um ser humano após o outro

Em busca de nova vida…

Alda M S Santos

O dia em que a terra não parou…

O DIA EM QUE A TERRA NÃO PAROU…

Quando não nos posicionamos perante a vida

Quando não escolhemos caminhos ou não fazemos opções

Por inércia, ignorância, covardia, dúvidas ou medos

A vida não deixa de acontecer, o planeta não deixa de girar

A Terra não para pra nos esperar

As pessoas seguem as trilhas que escolheram

A vida se impõe, alguém “escolhe” por nós

E somos “obrigados” a aceitar a escolha de outros que caiu em nosso colo

O caminho a nós imposto, bonito ou feio, plano ou cheio de aclives

Sem nossa análise, avaliação ou aprovação

Delegamos a outros, por inércia ou inaptidão, o controle de nossas vidas

E percebemos que aquele “dia em que a Terra parou”

Existiu apenas na canção, nos sonhos loucos de Raul Seixas

Ela seguiu em ensandecida rotação e translação e fomos lançados fora de órbita

Para um lugar melhor ou pior…

A Terra, indiferente à nossa “preguiça”, continuou a girar…

A Terra continua a girar…

Alda M S Santos

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