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Olho por olho, dente por dente e deixamos de ser gente…

OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE …
E DEIXAMOS DE SER GENTE…

Olho por olho, dente por dente
Armas letais, guerras, pessoas decadentes!
Quando se imagina as atrocidades
Que são capazes oa humanos destruindo a integridade
Só se pode pensar que perdemos nossa humanidade…
Até a guerra, um crime em si mesma
Tem os chamados crimes de guerra:
Sequestro, reféns, corte de serviços básicos
Limitação do acesso a atendimentos de emergência
Torturas, abusos sexuais, estupros
Ataques a civis e pessoas inocentes…
Ano 2023 depois de Cristo e o que aprendemos?
A agir contra nosso irmão, a matar de forma cruel
A guerrear para garantir o mínimo de integridade
Quando já se perdeu quase tudo, a liberdade…
Estamos nos exterminando pouco a pouco
E nessa medida tão louca e medieval
Do olho por olho, dente por dente
Estamos aos poucos deixando de ser gente…

Alda M S Santos





Nada tão humano

NADA TÃO HUMANO

Nada tão humano quanto a necessidade de aprovação

Quanto o desejo de agradar, de ter atos e pensamentos admirados

Ser aceito pelo que demonstra de si mesmo

Até naquilo que tenta esconder

Nada tão humano quanto a necessidade de ter atos corroborados

De parecer bem e correto aos olhos dos outros

Ser aprovado é ser aceito, ser aceito é ser amado

Nada mais humano que a necessidade de ser aprovado e amado

Por si e por seus semelhantes, ter companhia e apoio

Porque essa necessidade é sinal de incompletude, de imperfeição própria

E o que é mais humano que a imperfeição?

Alda M S Santos

Bicho-homem

BICHO-HOMEM
Mais um dia…
Um lindo por do sol
A natureza é pontual,
Bichos diurnos se recolhem
Bichos noturnos despertam
Se preparam para a vida.
Bicho-homem é confuso!
Uns buscam repouso, outros, o trabalho…
Outros, deixa pra lá!
Os mais sensíveis, que podem,
Param, olham
Admiram, se encantam,
Agradecem…
Boa noite!
Alda M S Santos

O que nos torna humanos? 

Observando o corre-corre da vida diária, seja na rua, na família, no trabalho, nos jornais ou na TV, ninguém seria capaz de negar o quanto as desigualdades são inúmeras. Vemos pessoas diferentes: altas, baixas, gordas, magras, brancas ou negras, entre outras. Possuem em comum o fato de serem seres humanos. Isso deveria, a princípio, dar a elas as mesmas condições de evolução física, psicológica, espiritual ou material. Na prática não é o que acontece. O que determina que algumas pessoas tenham mais habilidades, dons e capacidade de conquistas que outras? Veio em seu DNA? Recebeu de Deus? Foi desenvolvido? 

Se veio no DNA, não escolhemos. Se recebemos de Deus, qual seria o critério por Ele utilizado para fazer tal distribuição, considerando-O um Deus de amor? Se é desenvolvido pelas pessoas, seria a partir de que base? 

Sabemos que, via de regra, as pessoas com saúde física e mental, espiritualizadas e com algumas conquistas emocionais e materiais são mais felizes. Enfrentam com mais recursos as adversidades que se apresentam. Delas poderia ser “cobrada” uma atitude mais positiva perante a vida.

Mas, e aquelas que desde o nascimento já são acometidas pelos problemas: miséria física, material, emocional, espiritual? Vêm de um lar onde reina a pobreza extrema, em todos os aspectos da vida humana? Falta-lhes alimento para o corpo e para a alma. Seria justo que se cobrasse delas, com o mesmo rigor, a mesma evolução das demais? 

Há aqueles que acreditam que somos um mesmo espírito vivendo em vários corpos, várias vidas, e que estaríamos, de acordo com a evolução de cada um, resgatando dívidas passadas, daí viriam as diferenças. Cada religião explicaria de uma forma diferente as desigualdades. Certo é que quem professa uma fé, conforma-se melhor com a própria situação e é até feliz.

Religiões à parte, o que temos pra lidar são as desigualdades que batem às nossas portas, invadem nossas casas, corpos e mentes de todas as maneiras. Independente de qual seja a causa das diferenças, podemos minimizá-las. Seja qual for a situação em que nos encontremos, sempre haverá alguém melhor ou pior que nós, que tem mais ou que tem menos, que pode mais ou que pode menos. 

Cabe a nós, então, manter os olhos em trânsito: lá na frente, para crescermos sempre, lá atrás, para oferecer a mão a quem tem menos.

Se a humanidade que nos faz uma espécie única não for o bastante para ajudar, usando de tudo que possuímos, material, mental ou espiritual, que independente de religião, possamos nos lembrar que: ” A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido”.(Lucas, 12-48)

Que possamos crescer em nossa humanidade, sempre. 

Alda M S Santos 

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