Busca

vidaintensavida.com

poemas e reflexões da vida cotidiana

Tag

guerras

Não vamos brigar!

NÃO VAMOS BRIGAR!

Cansada desse mundo que só sabe brigar
Não sabe conversar, dialogar, quer guerrear
Pessoas querendo se impor a todo custo
Sem se importar com o que é mais justo

Não quero brigar, prefiro uma boa prosa
Ranço de gente que anda sempre furiosa
Esquece o que é parceria ou respeito
Usa de hipocrisia, esconde o mal feito

Vamos fazer assim: eu sou eu, você é você
O que amo e acredito tem meu porquê
O que você valoriza tem sua razão de ser

Amigos, colegas, famílias, amores
Grupos feitos de indivíduos, abrigos, favores
Nada vale brigar ou guardar rancores

Alda M S Santos

Mundo armado

MUNDO ARMADO

Vivemos num mundo muito armado
Na tentativa de nos manter preparados
Para enfrentar guerras até mesmo atemporais
Vamos levantando barricadas emocionais

Até nosso vocabulário é destravado
Visando disparar verbos para todo lado
Dentro da gente a munição fica armazenada
Mirando um alvo qualquer para serem lançadas

Todos querendo ter poder de fogo
Rajadas fortes para ganhar o jogo,
As trincheiras escondendo alto poder de destruição
Bombardeio, campos minados, risco de explosão

Nesse mundo em que todos estão armados
Falta que todos possam se sentir mais amados
Esse é o meio de levantar a bandeira branca
Ser paz, compaixão, aliança, conversa franca

Alda M S Santos

Minhas guerras

MINHAS GUERRAS

Quero das águas o poder curativo e purificador
Aquele que acalma, relaxa e alivia a dor
Quer seja num gole, banho ou brincadeira
No rio, no mar, no.lago ou na cachoeira 

Quero seu som ou silêncio, sua calma ou sua bravura
Quero que me invada, me abençoe, me afaste a amargura
Que leve para longe aquilo que for decepção
E mantenha intacto o que fizer bem ao coração

Aquele olhar ao longe, perdido no horizonte
Fazendo as pazes com erros e acertos
E livrando a alma de todos os apertos

Água que vem do mar, que brota da terra
Cai do céu, me atinge em cheio, não erra
Faça-me uma mulher valente em minhas guerras

Alda M S Santos

O bom soldado

O BOM SOLDADO

“O bom soldado não deixa seus feridos para trás”

Independente se está ou não em risco

Se se preocupar apenas com a própria integridade física

Ainda que com vários danos emocionais comuns nas “guerras”

Se seguir em frente sem socorrer aquele ferido que lutou a mesma batalha

Deixando-o à própria sorte, visando salvar apenas a própria pele

Atitude essa que denota falta de caráter, de hombridade

Ausência de humanidade, compaixão e amor

Quem abandona um ferido em “guerra”

Não é apto para as batalhas da vida

Não terá forças emocionais para seguir em frente

Sentirá sempre na alma o peso daquele ferido que poderia ter carregado nos ombros

Nunca será um “vitorioso” de verdade

Estamos todos numa “guerra fria”

Soldados vários lutando por espaço, por pão, por água, por diversão

Por emprego, por amizade, por amor…

Nessa disputa, um que se perde, um que é deixado para trás

Afeta toda a humanidade contida em cada um de nós…

Somos todos soldados de um grande exército escolhidos para estar aqui

Desviando dos obstáculos, caminhando nessas trincheiras, curando feridas

O que diremos quando formos questionados onde está aquele irmão que deixamos para trás

Machucado por nós, pelo “inimigo”, ou por si mesmos

E sequer percebemos que estava ferido tão perto de nós?

Sairemos todos vitoriosos quando percebermos que, ao abandonar seus feridos

Um exército não chega mais rápido e mais honradamente em casa…

Alda M S Santos

Em guerra

EM GUERRA
Nosso mundo em constantes guerras:
Religiosas, raciais, culturais, territoriais…
De um povo contra o outro, de uma nação contra a outra,
De uma alma contra a outra.
De uma alma contra seu habitat: o próprio corpo.
Esta, subestimada, a mais duradoura e terrível.
Aquela em que apenas nós mesmos
Poderemos levantar a bandeira branca.
Alda M S Santos

Abrir mão

ABRIR MÃO
Desde pequenos, somos ensinados a lutar pelo que queremos
Mas pouco nos ensinam a abrir mão, a desistir, a deixar pra lá.
Nossa natureza é, quase sempre, lutadora, guerreira.
Porém, isso não elimina a necessidade de aprendermos a abrir mão.
Em retrospecto, podemos calcular quantas vezes, ao longo da vida,
Tivemos que lutar bravamente após várias quedas ou quase nocautes,
E outras, em que fomos obrigados pelas circunstâncias a abrir mão do que queríamos.
Sabemos que recuar, dar um passo atrás, pode ser um modo de reabastecer as energias.
Dar uma trégua, reavaliar estratégias ou planos de combate faz parte de toda luta.
Guerreiros natos afirmam que é preciso perder uma batalha para ganhar a guerra.
Ou que em toda luta alguns soldados acabam por ser sacrificados.
Porém, atrás de uma barricada segura, precisamos saber quais combates vale a luta.
Muitas estratégias boas vão para o brejo por causa de táticas mal aplicadas ou de soldados mal preparados.
Saber a hora de desistir é tão importante quanto a hora de prosseguir.
Abrir mão de uma conquista de território, de espaço ou de qualquer bem precioso,
Exige muita perspicácia, intuição, treino, sabedoria e abnegação.
Voltar para o quartel, para a base de controle, pode ser a diferença entre a vida e a morte.
Duas questões se fazem necessárias: Pelo que temos lutado? Do que temos abrido mão?
A primeira delas deve ter um número maior de itens.
A segunda não deve causar tanta dor, sob pena de voltar pra linha de combate.
Alda M S Santos

Blog no WordPress.com.

Acima ↑