MENOS ERROS, MAIS GLÓRIAS!
Se existe a eternidade, que seria o paraíso
O que estamos fazendo aqui, será castigo?
Será que aqui não seria o meio do caminho
Em que as atitudes determinam o destino final, com jeitinho?
Será que do lado de lá há tanta desigualdade como cá
Gente que não se importa com gente
Que destrói tudo que vê pela frente
Natureza, bichos, matas, céu e ar
Tentando marcar território, fixar lugar?
Fico por aqui a refletir se durante a madrugada
Em meus sonhos, se não dou uma viajada
Por tantos cantos do outro lado da vida
Fazendo check list de para onde seria atraída…
Sei que aqui há de tudo um pouco, há sim
Gente descrente, má, mas há almas afins
As que se atraem, se unem, propósito comum
De fazer o bem, não ser apenas mais um!
Com essa fé em doces sonhos renovada
Quero seguir o caminho, sei que sou amparada
Se aqui é parte do caminho, é parte da história
Vou lutar para haver menos erros, mais glórias!
Alda M S Santos
OS MEUS, OS SEUS, OS NOSSOS ERROS
Erros sempre serão erros
Ainda que venham disfarçados de acertos
Mesmo que a gente, não muito sabiamente, insista neles
Que tente justificá-los para nós mesmos, para os outros
Eles não costumam ser muito diferentes
Mudam casa, nome, endereço, mas os erros são similares
Quando não mais resistem de pé e desmoronam
Os danos causados costumam ser grandes, dolorosos…
Isso quando não vão além de nós mesmos
E desmoronam outras vidas!
Aí tudo anoitece em nós!
Pior é ver quem a gente ama cometê-los
Saber com certeza que estão errados
E não conseguir impedi-los!
Isso porque temos mais facilidade de identificá-los nos outros que em nós mesmos.
Alguns erros têm como ser corrigidos, outros não,
Mas uma coisa importante todos os erros têm em comum
Os meus, os seus, os nossos erros
Eles ensinam!
Com amor ou com dor!
E cada qual tem o “direito” de cometer o seu
Até de, não muito inteligentemente, repeti-los!
Alda M S Santos
DEFICIÊNCIAS
Ah, se todas as deficiências fossem tão aparentes!
Muitos de nós não sairíamos de casa.
Braços, pernas, mãos…
Esses todos vemos, sabemos lidar com eles, aceitar, ajudar…
Quantas “deficiências” se escondem atrás de um sorriso bonito,
De um “bom dia” simpático,
De palavras animadoras,
De um corpo atraente…
Psicopatias, patologias controláveis, outras não, compulsões, obsessões…
Falhas graves de caráter,
Aquelas que, muitas vezes, depois de um ato inesperado dizemos:
“Fulano? Nossa, quem diria! Não esperava!”
Antes de apontarmos falhas em qualquer um, olhemos para dentro de nós mesmos,
Encontremos nossas próprias deficiências,
Ou daqueles tão próximos de nós e que pensamos saber tudo!
Alda M S Santos