DESCAMINHOS
E quando chegamos naquela parte do caminho
Em que já atravessamos partes leves, agradáveis, floridas
Também as difíceis, duras, pedregosas,
Já fomos longe demais e percebemos que não é mais possível prosseguir?
Descobrimos que pra frente pode haver raios e trovões
Tempestades, tsunamis, maremotos intensos?
É possível descaminhar?
Dar marcha à ré, retornar pelo mesmo caminho,
Voltar ao ponto de largada, retomar?
Como se ao voltar fôssemos desfazendo tudo, desmanchando detalhes
Voltando a fita em câmera lenta
Sorrindo e chorando tudo outra vez
Apagando as pegadas deixadas na areia…
Ou o melhor a fazer é seguir em frente
Por outro caminho, gravando por cima?
Talvez possamos usar nova fita, fazer nova gravação
E deixar esse arquivo guardado num cantinho
Para ser utilizado em momentos de nostalgia e saudade
Ou de novos aprendizados…
De qualquer maneira, perder a “direção” nunca é bom.
É preciso sentar-se à beira do caminho, refletir, retomar as forças e a serenidade.
De quem tanto caminhou, espera-se que logo pegará sua bússola e, cedo ou tarde, vislumbrará uma nova trilha!
Alda M S Santos
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