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Almas afins

Amar é…

AMAR É…

Amar é sentir-se junto, mesmo distante,

A um cômodo de distância ou a um oceano.

É ocupar espaços ociosos, é estar dentro.

Dentro dos pensamentos, da imaginação, da emoção,

Sem, contudo, ser invasão, apenas ser bem-vindo.

É ter necessidade, é tornar-se necessário, imprescindível.

Amar é compartilhar, partilhar, ser parceiro.

De momentos sérios ou bobos, de qualquer coisa.

É Matemática emocional: dividir o tudo ou o nada.

Amar é não sufocar o outro, não se sentir sufocado, tampouco limitar.

Amar é estar disponível, é encontrar disponibilidade no outro,

Por prazer, com prazer, para um sorvete, um filme,

Para fazer amor ou para mudar o mundo.

Amar é aquecer o outro, é aquecerem-se juntos,

As mãos, o abraço, o corpo todo…

Mas, principalmente, aquecer a alma.

Amar é ser indivíduo, é sentir-se ímpar,

Mas saber que nosso melhor se encontra quando somos pares.

Alda M S Santos

 

 

 

Esconde-esconde

ESCONDE-ESCONDE
Sabem aquela sensação de estar sempre só
Em meio a tantas pessoas?
Sentimento de não ser compreendido ou aceito,
De não encontrar seu reflexo em ninguém?
Tal culpa ou responsabilidade
Não pode ser imputada a ninguém.
Ninguém, exceto a nós mesmos.
Quando não nos encontramos em nós,
Não “permitiremos” que ninguém nos encontre.
Não chega a ser dolo, apenas culpa.
Não há intenção de nos esconder de nós mesmos,
Tampouco dos outros.
Apenas falta perícia para nos fazermos achar,
Habilidade de nos refletirmos em nós mesmos,
Para encontramos nosso reflexo no outro.
Brincadeira de esconde-esconde de adulto
Nem sempre é divertida!
Alda M S Santos

Afinidades

AFINIDADES

Interessante como algumas pessoas são para nós mais transparentes: decodificamos suas palavras, a escolha delas, se muitas ou poucas, olhares ou o desvio deles, simples atos, expressões corporais, jeito de andar, e até mesmo o silêncio, principalmente o silêncio, mesmo que de longe. 

Alegrias, tristezas, preocupações, angústias, mágoas, ciúmes, admiração, desejo, amor, nada nos passa despercebido.

Enquanto outras são verdadeiras incógnitas. Podem passar a vida ao nosso lado e serem sempre indecifráveis, fechadas em concha, intransponíveis. Por mais que façamos, o que conseguimos não é confiável. 

Claro que há diferenças de personalidade, características individuais, estilos de vida. Mas é algo além disso. 

Certo também é que essa relação é construída, é uma via de mão dupla, tem que haver reciprocidade. Mas, principalmente, penso que o que determina essa relação é a afinidade das almas. A atração exercida por essa afinidade que gera amor, carinho, amizade. 

Consequentemente, o desejo de compartilhar tudo que somos ou temos. 

Nesse caso, não há necessidade de muitas explicações.

A gente vive e agradece a grande oportunidade. 

Amigos, amores, almas afins não são para qualquer um. 

Alda M S Santos

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