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poemas e reflexões da vida cotidiana

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Sentimentos

Um dia de cada vez: só por hoje!

UM DIA DE CADA VEZ: SÓ POR HOJE!

A máxima dos grupos de ajuda

Das pessoas que sofrem qualquer mal

Quer seja mal físico, emocional, dependência química, vícios, é:

Um Dia De Cada Vez.

Só por hoje!

Só por hoje vou ser forte!

Só por hoje vou resistir!

Só por hoje não vou querer!

Só por hoje terei coragem!

Só por hoje não terei saudade!

Só por hoje não vou sentir medo!

Só por hoje não vou sofrer!

Amanhã será novo dia e novamente: só por hoje.

Assim fica mais fácil vencer qualquer dor, tristeza, sofrimento, saudade…

Pensar em lutar contra algo para sempre é tempo demais!

E se houver recaídas, tudo parte novamente daí.

Humanos erram, caem, levantam e seguem…

Humanos acreditam, mesmo sofrendo!

Por isso, quase sempre vencem…

Alda M S Santos

Aprendizados

APRENDIZADOS

Entre as coisas mais difíceis que existem

Estão saber a hora de ouvir, de falar e de se calar.

Quase tudo na vida envolve esses três atos,

Para ajudar a nós mesmos ou para ajudar os outros.

Depois disso decidido, ainda há o melhor meio de fazê-lo.

Aí é aguardar os resultados, as consequências.

Mas fazer aquilo que acredita certo,

Confiar na própria consciência,

Ainda que os resultados não sejam os melhores,

Que seja criticado ou incompreendido,

É, sem dúvida, o melhor meio de agir.

O menor dos saldos ainda é valioso: o aprendizado

Alda M S Santos

Casa cheia

CASA CHEIA

Casa cheia é sempre bom

Lotação total, nos divertimos, sorrimos

Interagimos, distraímos

Quase não nos notamos, perdidos em meio a tudo e todos.

Em “casa cheia” acabamos escondidos de nós mesmos,

E quando todos se vão,

Em meio à nostálgica solidão, nos vazios de uma “casa cheia”,

Podemos nos reencontrar

Ou ao menos tentar fazê-lo,

E ser felizes, ou não…

Alda M S Santos

Sensibilidade e Amor

SENSIBILIDADE E AMOR

Sensibilidade é a capacidade de perceber, participar, se alegrar, se condoer

Com os sentimentos e modo de ser daqueles que se parecem conosco

Amor é a capacidade de fazer tudo isso,

Mas, particularmente, com aqueles que são diferentes de nós!

Alda M S Santos

Nave-mãe

NAVE-MÃE

Quando tudo que se nota ou percebe

É a sensação de não pertencimento

De não fazer parte dessa nau

De estar além de algumas coisas

Aquém de tantas outras

De não ser compreendida em muitas emoções

Não compreender infindas outras

Não corresponder a tanta “normalidade”

Resta esperar que a qualquer momento

Uma luz se abra em cone sobre si

E perceba na chegada da “nave-mãe”

Que uma abdução se realizará

E tudo ficará, enfim, em seus devidos lugares! 

Alda M S Santos

Adubando

ADUBANDO

Doação e gratidão, ambos nobres sentimentos

Tal como flor, brotam de nossos corações

Livremente, sem imposições.

Mas precisam ser cultivados.

Quase sempre o mesmo terreno 

Fértil e capaz de fazer germinar a doação

É o que permite brotar a gratidão.

Um serve de húmus para o outro

E ambos são adubos para o amor.

Os três, doação, gratidão e amor

São partes fundamentais de uma alma em paz e feliz. 

 Cultivemos! 

Alda M S Santos

Sentimentos líquidos

SENTIMENTOS LÍQUIDOS

Diz a sabedoria popular que chorar lava a alma

Essa afirmativa pode ser questionável,

Mas sei que chorar alivia muitas dores

Físicas, emocionais, mentais,

Superficiais ou profundas…

Conter as lágrimas, prender os soluços, segurar o choro

É sufocar as emoções que necessitam de vazão

É represar sentimentos que precisam de manifestação

Lágrimas são sentimentos líquidos

E líquidos sempre encontram uma maneira de extravasar

Abrem caminhos, arrebentam comportas, acham uma saída,

Naturalmente, ou não…

Alda M S Santos

Nossas caixas

NOSSAS CAIXAS

Construímos caixas ao longo de nossas vidas

E as deixamos guardadas em nós.

Umas ficam na mente, outras no coração, outras na alma.

Há pessoas que encaixamos facilmente nas caixas rígidas da mente,

Se não cabem, descartamos.

Outras, vão direto para a caixa do coração, mais maleáveis.

Às vezes deixam umas partes para o lado de fora,

Mas se a caixa não se mexe, ou se a pessoa não flexibiliza, 

Não cabem, não encaixam, vão embora, lamentavelmente. 

Agora, há aquelas pessoas que ficam,

E ajudam a construir uma caixa própria na alma.

Caixas da alma são construídas em conjunto, são personalizadas, 

Essas encontram morada eterna,

Uma caixa-ninho que aquece e protege

E que faz bem à morada e morador. 

Alda M S Santos 

Vidas em 4D

VIDAS EM 4D

Vida “normal” é aquela em que você

Vê, sente e vibra com o que se passa contigo:

Dor, alegria, ansiedade, tensão, medos, desejos…

Vida em 3D é aquela em que você vê e identifica

Mais profundamente o que o outro sente ou passa.

Vida em 4D é aquela em que você não só vê 

O que se passa com o outro,

Você sente junto, chora junto, ri junto, vibra junto,

Como se estivesse “na pele” do outro, em sincronia com ele,

Podendo, ou não, interferir, agir e ajudar.

Um mundo de vidas em 4D seria mais sensível e amoroso,

Ou só traria mais problemas insolúveis para cada um de nós?

Eis a questão! 

Alda M S Santos

Se eu nascesse de novo

SE EU NASCESSE DE NOVO

Se eu nascesse de novo, o que gostaria que fosse diferente?
Talvez não ter nascido no Brasil, terceiro mundo, corrupção…

Ter a beleza da Penélope Cruz, a fama da Júlia Roberts?

Ser a amada do Antônio Banderas ou casada com Denzel Washington?

Ser dona da fortuna do Bill Gates?

Loucuras à parte, conformo-me com meu tipo físico, minha “pobreza”,

Meu país, meu anonimato, minha profissão, minha família, minha vida…

Mas eu bem que poderia nascer com desejo menor de me envolver nas coisas alheias!

Se fosse difícil, que eu pudesse mesmo ter a capacidade de ajudá-las, não atrapalhar a elas ou a mim mesma.

Na impossibilidade, que eu ao menos não me importasse ou me frustrasse tanto.

Ou, ao contrário, que me importasse tanto, tanto para me tornar uma Madre Teresa de Calcutá!

Já que nada disso é possível, um pouquinho de (in)sanidade agora não me faria mal.

Alda M S Santos

Princesa ou plebeia?

PRINCESA OU PLEBEIA?

Não nasci em berço de ouro, não faço parte de uma linha sucessória, 

Mas dormi num berço de amor, dividindo a cama com meu irmão.

Não tenho uma legião de subordinados a me seguir, proteger, atender e adorar.

Tenho familiares e amigos que partilham de meus dias.

Não tenho um figurino único, original, maravilhoso, midiático,

 Uso o que posso e que me faz sentir bem.

Não busquei um príncipe encantado na janela,

Busquei alguém tão humano e lutador como eu.

Não tenho quem atenda meus desejos ditos ou pensados, 

Levanto todos os dias e corro atrás dos meus sonhos.

Não tenho um futuro todo pensado e organizado,

Construo com amor e esperança cada dia que surge.

Princesa? 

Não, plebeia, com orgulho! 

De “nobres” apenas os sentimentos, que procuro melhorar, transformar e engrandecer! 

Alda M S Santos

Lágrimas

LÁGRIMAS

Lágrimas, quase sempre associadas a sentimentos negativos,

Nada é capaz de expressar tanto sentimento, nada.

Da dor a alegria, do prazer a tristeza

Da angústia a saudade, da raiva a satisfação

Do alívio a culpa, da esperança ao desespero, 

Da vergonha ao orgulho, do amor ao ódio.

Dificilmente se controla, quase nunca se disfarça.

Sufocá-las é contraproducente,

Liberá-las e buscar entendê-las é maturidade. 

Parece nos esvaziar, deixa vácuo,

Espaço para o novo se irrigar, brotar e crescer.

Alda M. S Santos

O que nos habita

O QUE NOS HABITA

Um ambiente externo pacífico 

Aquieta nossa mente, nosso coração

E nos possibilita extrair o que habita lá dentro

E compartilhar com o exterior.

Alda M S Santos

Cabimento

CABIMENTO

O que tem cabimento dentro de nós?

O quanto podemos absorver de tudo e de todos,

Sem embaralhar ou bagunçar o que já tem morada em nós?

Aproveitar cantos, usar gavetas embutidas, box, dependurar coisas?

Sobrepor objetos, escalonar sentimentos? 

Podemos priorizar, revezar, colocar alguns em evidência?

Focar os mais prazerosos, os que nos pareçam verdadeiros?

Necessária se faz essa organização

Para que não percamos o que importa de verdade

E tudo caiba perfeitamente dentro de nós!

Alda M S Santos 

Galáxia Interior 

GALÁXIA INTERIOR

Numa galáxia em constante movimento

Estrelas, planetas, satélites, meteoros, astros diversos

Que giram em torno de si mesmos, dos outros, no espaço sideral

Sentimentos, emoções, sensações, 

Também não param

Ficam à deriva, perdem-se, chocam-se, caem, morrem

Causam até um big-bang

Movem-se, modificam-se, mudam de rota, de morada.

Obtêm luz, se aquecem, ficam na escuridão, sem oxigênio,

Transitam dos nossos para outros corações.

Não encontrando guarida, giram em torno de si mesmos

E, mesmo tontos, cambaleantes, continuam nesse movimento incansável

Em busca de algum pouso, de algum repouso, de um espaço só seu nessa Via Láctea,  

Ainda que temporário. 

Esse é o movimento da vida,

Nossa galáxia interior…

Alda M S Santos

Sede de quê?

SEDE DE QUÊ?

Sedentos estamos todos

A água disponível não é a ideal

Parada, corrente, concentrada, com ou sem sabor.

Inúmeras opções de cores e odores.

E precisamos apenas da velha e boa H2O:

Insípida, incolor e inodora.

Mas perfeita no que lhe cabe: saciar a sede!

Alda M S Santos

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