BROTOS DE VIDA
Aquela flor que precisa “morrer”
Suas raizes em batatas necessitam do repouso do solo
Do calor do sol a aquecer a terra
Da água que chega na hora certa
Para que possa romper-se em brotos
E buscar a luz do sol
O sorriso de satisfação de quem por ela esperou
De quem nela acreditou, ou não
Como fênix que renasce das cinzas
Como urso que desperta pós inverno e longo hibernar
Como o sol que se “apaga” e se acende todas as manhãs
Como o amor que mantém-se vivo em meio a tanto desamor
Sabe o momento de se proteger na distância ou na indiferença
E, como flor, procura preservar a raiz das tempestades
Recolher-se é necessário, é sabedoria
Parecer morrer é juntar energia
Para renascer mais forte
A luz brilha mais intensamente onde antes foi escuridão
Para quem tem no coração a força que vem da esperança…
Alda M S Santos